Selecionamos as questões mais relevantes da prova de vestibular UFPB 2008. Confira! * Obs.: a ordem e número das questões aqui não são iguais às da prova original.
As equações, abaixo, representam, respectivamente, os processos de fotossíntese e respiração.
Com relação a esses processos, identifique a(s) afirmativa(s) verdadeira(s):
A taxa respiratória aumenta com a elevação da intensidade luminosa.
O ponto de saturação luminosa é atingido quando, mesmo com o aumento da luminosidade, não ocorre mais aumento na taxa fotossintética.
A taxa de fotossíntese, quando a planta encontra-se em condições ideais de luminosidade e de concentração de CO2, diminui a partir de temperaturas superiores a 35ºC.
O ponto de compensação fótica atinge valores mais altos quando a planta consome, através da respiração, todo açúcar e CO2 produzidos durante a fotossíntese.
Os estômatos, responsáveis pelas trocas gasosas e fundamentais para o processo de fotossíntese, fecham-se quando ocorrem altas taxas de CO2 em suas células-guardas.
A figura, abaixo, ilustra a evolução das plantas atuais.
(Adaptada de: PURVES, K. W.; SADAVA, D.; ORIANS, G. H.; HELLER, H. C. Vida: a ciência da biologia. 6. ed. Porto Alegre: Artmed, 2005, p. 508.).
Sobre os diversos grupos vegetais pertencentes às Traqueófitas (plantas vasculares), identifique a(s) afirmativa(s) verdadeira(s).
Licopódios e Cavalinhas apresentam alternância de geração e são plantas homósporas.
Cícadas e Gnetófitos fazem parte do grupo de plantas com flores, sem frutos e com sementes, conhecidas como Gimnospermas.
Angiospermas são plantas que, além de apresentarem dupla fecundação, possuem endosperma triplóide.
Angiospermas possuem dois grandes grupos monofiléticos: as dicotiledôneas e as monocotiledôneas.
Gimnospermas e Angiospermas apresentam as traqueídes como as principais células condutoras do xilema.
Observe a figura.
(ALMEIDA, Lúcia Marina de; RIGOLIN, Tércio Barbosa. Fronteiras da globalização: geografia geral e do Brasil. São Paulo, Ática, 2004, p. 228).
Sobre os movimentos migratórios da globalização, pode-se afirmar:
I. O processo migratório provocado pela globalização é uma contradição do capitalismo, visto que, por um lado, houve um acentuado crescimento industrial nos países em desenvolvimento; e, por outro, uma relativa redução da oferta de emprego.
II. Os imigrantes são indispensáveis para o desenvolvimento da economia de alguns países europeus. Isso justifica a posição da União Européia ao defender o ingresso e a legalização de imigrantes, mesmo que essa posição vá de encontro à opinião pública.
III. Muitos trabalhadores que perderam seus empregos, nos países desenvolvidos, não conseguem nova colocação com as vantagens anteriores. Isso tem provocado a redução da oferta de empregos para os imigrantes.
IV. A perda de postos de trabalho, provocada pelo progresso tecnológico nos países em desenvolvimento, poderá provocar o aumento da pressão por mais emprego nos países desenvolvidos.
Está(ão) correta(s) apenas:
I, III e IV
I e IV
I e III
II e III
I, II e IV
(Adaptado) A figura representa a pobreza e a exclusão social na cidade de Daca, Bangladesh. Sobre as desigualdades sociais no mundo, identifique a(s) afirmativa(s) verdadeira(s).
(COELHO, Marcos Amorim Coelho; TERRA, Lygia. Geografia geral: o espaço natural e socioecômico. São Paulo: Moderna, 2001, p. 216).
Uma maior concentração de riqueza pelos países desenvolvidos pode ser observada atualmente. Isso se dá, principalmente, pela redução das tarifas de importação, o que beneficia ainda mais os produtos exportados por esses países
Os países mais pobres, quando exportam seus produtos agrícolas, enfrentam a concorrência desleal dos países mais ricos, pois estes subsidiam sua própria produção.
Os custos sociais da globalização, para os países pobres, são muito altos, mesmo assim, nos últimos anos, a taxa de desemprego nesses países manteve-se estável, bem como o número de excluídos.
A mão-de-obra menos qualificada é descartada e adota-se a prática da terceirização do trabalho, que, mesmo mantendo todos os direitos dos trabalhadores, ainda é mais viável economicamente.
A economia informal ganhou espaço, tornando-se a única opção para muitos desempregados, para os quais faltam escolas e assistência social; conseqüentemente, a violência, de maneira geral, aumentou.
A maneira como a humanidade enxerga-se e relaciona-se com a natureza é fruto do momento histórico em que vive. Pode-se compreender, portanto, que, em diferentes tempos e espaços, são configuradas inúmeras formas de se perceber a natureza e de com ela se relacionar. Os movimentos ecológicos dos países industrializados ocidentais passaram por diversas fases desde que se iniciaram. Nesse sentido, em relação às fases por que passaram os movimentos ecológicos, é correto afirmar:
Surgem da preocupação específica com a natureza, expressa pelo lançamento do Relatório Brundtland, nos anos de 1970; seguem com as discussões da Rio+10, no Rio de Janeiro, RJ; e têm continuidade com a fase da ecologia radical e o surgimento do movimento Greenpeace no final do século XX.
Originam-se com a contracultura nos anos de 1950, representada pelos movimentos pacifistas, hippies e feministas; continuam na fase de contestação mundial dos anos de 1980 com a Eco-92, no Rio de Janeiro, RJ; e encontram-se na fase dos fóruns mundiais e do surgimento de ONGs.
Têm início com a proteção ambiental tradicional, nos anos de 1940; seguem com a fase da ecologia política nos anos de 1980, com o movimento Hippie nos Estados Unidos; e têm continuidade com os debates da ecologia global a partir dos anos de 1990.
Iniciam-se com a defesa tradicional da natureza, no final do século XIX e início do século XX; intensificam-se entre os anos de 1970 e 1980; e encontram-se, atualmente, na fase da crise ecológica globalizada.
Iniciam-se com a defesa da natureza no início do século XX; têm continuidade com a fase da radicalidade ecológica dos anos de 1970; e encontram-se na fase da responsabilidade e da ética ecológica mundial, surgida no final dos anos de 1980, com o compromisso dos países industrializados de reduzir seus poluentes.
A existência do Muro de Berlim era uma das marcas da velha ordem bipolar, separando a Alemanha em dois regimes políticos e econômicos: um capitalista e outro socialista. Essa forma de produção do espaço afastou as pessoas de mesma origem, história, credo e cultura. O poder estava configurado na capacidade militar das superpotências mundiais. Com a queda do Muro, em novembro de 1989, um dos assuntos mais discutidos, na imprensa e nos círculos acadêmico e escolar, era a emergência de uma nova ordem mundial com integração globalizada (Adaptado de: MOREIRA, João Carlos; SENE, Eustáquio de. Geografia: espaço geográfico e globalização. São Paulo: Scipione, 1998, p. 59).
Nesse sentido, identifique as características relativas à nova ordem mundial:
Abertura de novos espaços para um mundo multipolar, com destaque e valorização de projetos direcionados à mundialização do sistema financeiro.
Aprofundamento das disparidades políticas, sociais e econômicas, resultantes de uma elevação dos deficits público e comercial e da melhoria da distribuição de renda nos países subdesenvolvidos.
Nova organização do espaço, mostrando a presença de muros que delimitam territórios nacionais, impedindo a entrada dos indesejados imigrantes oriundos dos países pobres e separando povos e grupos que se enfrentam militarmente pela defesa de territórios.
Incentivo às ditaduras de partido único e à exclusividade da propriedade estatal, retirando o poder político da iniciativa privada e valorizando o papel do Estado.
Aumento da circulação do capital no sistema financeiro, incentivo à pesquisa, com vistas aos avanços tecnológicos e à implementação de projetos educacionais, que buscam qualificar a mão-de-obra para elevar a produtividade e o índice de competitividade.
Superada a indeterminação provocada pela Segunda Guerra Mundial, a economia do mundo voltou a crescer em ritmo mais acelerado. Nesse cenário de prosperidade, as empresas dos países industrializados passaram a exercer maior relação de poder sobre as dos países não-industrializados. A partir das informações apresentadas, identifique as proposições verdadeiras relativas às empresas multinacionais:
São grandes corporações capitalistas, geralmente organizadas em conglomerados, as quais passaram, sobretudo, após a Segunda Guerra Mundial, a instalar filiais em vários países, além do território onde se originaram.
São aquelas empresas que se expandiram pelo mundo em busca de custos menores de produção e de novos mercados consumidores, instalando-se em países de industrialização recente com grande contingente populacional.
São empresas com escala de produção regional, que usam mão-de-obra qualificada pelos órgãos gestores da produção, recorrem à tecnologia e seus produtos são comercializados além dos territórios de origem.
São empresas geradas de acordos ou combinações entre elas, geralmente ilegais (trustes), com o objetivo de restringir a concorrência e controlar os preços.
São aquelas empresas que se encarregaram de globalizar, gradativamente, não somente a produção, mas também o consumo, construindo filiais em vários países.
A rápida expansão econômico-industrial de Cingapura, Coréia do Sul, Hong Kong e Taiwan valeu a esses países o título de Tigres Asiáticos. O início da transformação radical dessas economias ocorreu, a partir da instalação de filiais de indústrias norte-americanas e, principalmente, japonesas, que tiveram vantagens na nova localização. Entende-se, portanto, que a indústria é um fator determinante na organização do espaço geográfico.
Nesse sentido, identifique as proposições verdadeiras relativas às vantagens para a localização de indústrias na região:
A adoção de valores japoneses, como a obediência, a disciplina, o trabalho e a cultura, possibilitou maior dedicação dos trabalhadores às suas atividades.
A mão-de-obra barata, abundante, qualificada e disciplinada, se comparada com a européia e a norte-americana, tornou a produção mais barata e competitiva no mercado internacional.
Os investimentos em educação, regulados pelo Estado e financiados pelas empresas, são baixos em decorrência dos altos índices de analfabetismo.
Os governos democráticos desses países investiram maciçamente na indústria de base e na construção de infra-estrutura necessária à circulação de mercadorias.
O Estado encarregou-se de promover e garantir as condições para a instalação de indústrias, subsidiando as exportações, o que dificultou a concorrência de produtos estrangeiros.