Selecionamos as questões mais relevantes da prova de vestibular UFPB 2009. Confira! * Obs.: a ordem e número das questões aqui não são iguais às da prova original.
O Brasil é um país que apresenta um dos maiores índices de concentração de renda do mundo. A dimensão espacial dessa realidade traduz-se, na escala nacional, pelas disparidades regionais e pela concentração das atividades econômicas nas grandes cidades. Na escala urbana, a desigualdade se reflete na enorme diferença entre os bairros mais nobres e os de ocupação espontânea. Nesse contexto, identifique as afirmativas que expressam a espacialidade desigual das regiões e das cidades brasileiras:
A região Sudeste e a sua maior cidade, São Paulo, apresentam os maiores índices de urbanização no país e possuem uma influência econômica, cuja extensão tem como limites as cidades do Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Vitória.
As sedes dos municípios mais pobres das regiões Norte e Nordeste, no Brasil, são tão insignificantes economicamente, que não são consideradas cidades pelo IBGE.
A criação do Estado de Tocantins refletiu, à época, a modernização agrícola e a conseqüente urbanização da região Centro-Oeste, sendo Palmas a cidade que mais se beneficiou com a rápida riqueza da região.
Os incentivos fiscais oferecidos às indústrias do Norte e Nordeste do país, a partir dos anos de 1960, visavam estimular a desconcentração industrial e urbana do Sudeste, mas não resolveram os problemas econômicos e sociais nas cidades do Norte e Nordeste.
As desigualdades regionais que diferenciam as regiões mais ricas das mais pobres, a exemplo do Sudeste e do Nordeste, não impedem que a favela (reflexo espacial da pobreza) seja encontrada nas principais cidades dessas regiões.
Quanto à criação da zona franca da cidade de Manaus, que buscou instalar um pólo industrial na região Norte, identifique os fatores em que esse empreendimento se apoiou:
Isenção de impostos sobre importação de equipamentos.
Exploração da mão-de-obra especializada.
Instalação de pequenas e médias empresas, tanto nacionais como estrangeiras.
Exportação de produtos.
Destinação de produtos eletrônicos para consumidores da região Nordeste do Brasil.
(Adaptado) Em 1517, o monge Martinho Lutero divulgou suas noventa e cinco teses, nas quais criticava duramente a venda de indulgências e as arbitrariedades cometidas pela Igreja. Esse fato marcou o início da Reforma Protestante. Quanto às características da Reforma Protestante, assinale as alternativas verdadeiras.
Lutero acreditava que o dinheiro obtido com a venda de indulgências deveria ser aplicado, diretamente, nas regiões de sua arrecadação, e não enviado à Roma. Com essa tese, ele obteve o apoio dos príncipes germânicos, que lutavam contra o domínio do Papa.
Lutero considerava que a relação entre o cristão e Deus deveria ser direta, sem interferência dos sacerdotes. Segundo essa tese, cada pessoa poderia interpretar livremente a Bíblia, o que se confrontava com o dogma de Roma, afirmativo da autoridade exclusiva da Igreja na interpretação dos textos sagrados.
A salvação do crente, para Lutero, vinha unicamente da fé, e não de suas obras ou da intercessão dos santos. Com isso, Lutero reafirmava a independência do indivíduo em relação às hierarquias religiosas, o que representou mais um ponto de conflito com a Igreja.
As teses de Lutero motivaram uma série de revoltas e guerras civis disseminadas pela Europa. Uma trégua provisória só foi alcançada em 1555, com a Paz de Augsburgo, um tratado segundo o qual a religião de cada país deveria ser escolhida por meio de eleições livres.
A conquista de Constantinopla pelos turcos, em 1453, interrompeu o comércio por terra entre a Europa e a Ásia, obrigando os europeus a buscarem novas rotas comerciais, agora pelo mar. Esse fato beneficiou os países atlânticos e ajudou a deslocar o eixo econômico para a Europa Ocidental. Portugal e Espanha tomaram a dianteira nesse processo, que ficou conhecido como expansão marítima.
Além do acontecimento da tomada de Constantinopla e suas decorrências, algumas outras condições favoreceram os países ibéricos na expansão marítima, entre elas:
A existência de uma burguesia mercantil forte, responsável pelo financiamento e administração do empreendimento marítimo sem a participação do Estado.
Um sólido conhecimento das rotas do Oceano Atlântico, apesar da inexistência de instrumentos seguros de navegação.
A centralização política e administrativa dos Estados português e espanhol, em torno de monarquias absolutistas.
A disponibilidade de um grande excedente populacional para as viagens marítimas, além dos pequenos riscos dessas viagens para as tripulações das embarcações.
A restrição do mercado de especiarias do Oriente, com a busca conseqüente de novos mercados no Ocidente.
A conquista, pelos portugueses, do atual território da Paraíba, em 1585, foi marcada por um duro enfrentamento militar.
Sobre essa guerra, leia o fragmento do texto do Sumário das Armadas.
“Chegando (os portugueses) à boca da barra do Paraíba, com a armada que trouxe, e alguns caravelões destas duas capitanias, Tamaracá e Pernambuco, entraram pelo rio acima, por terem aviso que sete ou oito naus francesas, que lá estavam surtas, estavam bem descuidadas, e varadas em terra, e a maior parte da gente nela, e os índios metidos pelo sertão, a fazer pau para a carga deles. E dando de súbito sobre elas, queimaram cinco, esbulhando-as primeiro, que foi um honrado feito: as outras fugiram com quase toda a gente.”
Fonte: Anônimo. História da Conquista da Paraíba. Brasília: Senado Federal, 2006, p. 34.
Com base no texto e nos conhecimentos históricos sobre o tema nele abordado, é correto afirmar:
Portugal e suas colônias, entre elas o Brasil, eram parte, em 1585, do império espanhol, que desejava construir um porto em Cabedelo e expulsar os potiguara dessa área. Os portugueses mantinham boas relações com esse povo indígena, mas a Espanha impôs suas ordens aos lusitanos, que foram forçados à guerra contra os potiguara.
Os portugueses e os franceses haviam entrado em acordo, uma vez que ambos eram inimigos da Espanha. Por esse acerto, os franceses poderiam retirar o pau-brasil da Paraíba, mas os potiguara, senhores do território, não aceitaram a aliança franco-lusitana, o que impediu a exploração do território pelos franceses.
Portugal e suas colônias, desde 1580, estavam sob domínio da Espanha, o que gerou conflitos entre portugueses e espanhóis não só na Europa, mas também na América. Os espanhóis aliaram-se aos potiguara, habitantes do território hoje paraibano, e guerrearam contra os portugueses, o que levou os últimos a se apossarem das terras potiguara.
Os franceses aliaram-se aos índios potiguara, com os quais trocavam presentes e armas por pau-brasil. Essa aliança ameaçava os engenhos de açúcar da Capitania de Pernambuco e motivou os portugueses à guerra e à conquista do território que se tornaria a Capitania da Paraíba.
Os franceses já ocupavam, desde a metade do século XVI, as terras da atual Paraíba, em que estabeleceram contatos e acordos com os índios tabajara para a exploração do pau-brasil. Os portugueses consideravam essa aliança uma ameaça ao seu domínio e se aliaram aos índios potiguara, que eram inimigos dos tabajara.
(Adaptado) Leia o texto abaixo sobre a ocupação holandesa do Nordeste brasileiro.
“Bem triste era o aspecto das coisas em Pernambuco. Para onde quer que se volvesse o olhar, só se viam engenhos incendiados, e vastos canaviais cobertos de cinza, dos quais emergiam negros restolhos. Os bois necessários ao funcionamento das moendas eram levados ou mortos pelo fugaz inimigo. Muitas das caldeiras e utensílios que serviam para a fabricação do açúcar achavam-se espalhados pelos matos, e os pretos escravos haviam fugido em todas as direções.” Fonte: WÄTJEN, Hermann. O Domínio Colonial Holandês no Brasil. Recife: CEPE, 2004, p. 419.
“Bem triste era o aspecto das coisas em Pernambuco. Para onde quer que se volvesse o olhar, só se viam engenhos incendiados, e vastos canaviais cobertos de cinza, dos quais emergiam negros restolhos. Os bois necessários ao funcionamento das moendas eram levados ou mortos pelo fugaz inimigo. Muitas das caldeiras e utensílios que serviam para a fabricação do açúcar achavam-se espalhados pelos matos, e os pretos escravos haviam fugido em todas as direções.”
Fonte: WÄTJEN, Hermann. O Domínio Colonial Holandês no Brasil. Recife: CEPE, 2004, p. 419.
A partir do texto e de conhecimentos históricos sobre o fracasso do domínio holandês no Brasil, assinale a(s) alternativa(s) verdadeira(s).
Os holandeses foram bem sucedidos em conseguir o apoio dos habitantes das cidades e vilas brasileiras, mas não conseguiram o apoio dos índios, o que provocou a derrota militar dos invasores.
O objetivo da conquista holandesa foi o controle da produção de açúcar do Nordeste brasileiro, mas a guerrilha dos luso-brasileiros, inicialmente, criou impedimentos e desorganizou a produção açucareira, depois recuperada no período de Nassau.
Os holandeses, mesmo com o constante apoio dos senhores de engenho, não conseguiram manter o controle sobre o mercado de escravos e sobre os próprios escravos, que fugiam constantemente para os quilombos.
A adesão dos senhores de engenho à Insurreição Pernambucana relaciona-se com a sua situação financeira, pois a produção açucareira estava em crise, o que impedia o pagamento das dívidas desses proprietários junto à Companhia das Índias Ocidentais.
Os holandeses enfrentaram dificuldades de compreensão de sua língua e de rejeição à religião protestante, por parte dos habitantes dos territórios invadidos, o que impediu uma integração cultural com as populações locais.
A Revolução Francesa teve numerosos desdobramentos, possibilitando transformações políticas no Estado e na sociedade em vários países. Considerando os impactos sociais e políticos da Revolução Francesa, identifique as afirmativas corretas:
O fim do Absolutismo e a instauração de Monarquias e Repúblicas constitucionais, especialmente na Europa.
O fim da propriedade privada, como resultado direto dos ideais inscritos na Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, de clara inspiração socialista.
Uma base político-ideológica, a partir do jacobinismo, para os modernos movimentos de origem popular de contestação à ordem burguesa.
O fim da servidão e a afirmação da igualdade jurídica entre todos os cidadãos, independente da sua origem social.
O fortalecimento do domínio ideológico da Igreja, especialmente sobre o ensino, e a consolidação da sua hegemonia nas questões de Estado.
Leia o fragmento da Carta Régia assinada pelo Príncipe Regente D. João, logo após sua chegada ao Brasil, decretando a abertura dos portos da Colônia portuguesa na América.
“Conde da Ponte do meu Conselho, governador e capitão general da capitania da Bahia, Amigo. Eu o Príncipe Regente vos envio muito saudar, como aquele que amo. Atendendo a representação que fizestes subir a minha real presença sobre se achar interrompido e suspenso o comércio desta capitania com grave prejuízo dos meus vassalos, e da minha Real Fazenda, em razão das críticas, e públicas circunstâncias da Europa [...] sou servido ordenar interina e provisoriamente, [...] o seguinte. Primo: Que sejam admissíveis nas Alfândegas do Brasil todos e quaisquer gêneros, fazendas, e mercadorias transportadas, ou em navios estrangeiros das Potências que se conservam em paz e harmonia com a minha Real Coroa, ou em navios dos meus vassalos pagando por entrada vinte e quatro por cento [...] Segundo: Que não só os meus vassalos, mas também os sobreditos estrangeiros possam exportar para os Portos que bem lhes parecer a benefício do comércio, e agricultura, que tanto desejo promover, todos e quaisquer gêneros e produções coloniais, à exceção do pau-brasil, ou outros notoriamente estancados [...] O que tudo assim fareis executar com o zelo, e atividade que de vós espero. Escrita na Bahia aos vinte e oito de janeiro de 1808.” [...] Fonte: BONAVIDES, P. & VIEIRA, R. A. Amaral. Textos políticos da História do Brasil. Rio de Janeiro: Forense, 1973. In: COSTA, Luís César Amad; MELLO, Leonel Itaussu A. História do Brasil. 11. ed. São Paulo: Scipione, 1999, p. 138.
“Conde da Ponte do meu Conselho, governador e capitão general da capitania da Bahia, Amigo. Eu o Príncipe Regente vos envio muito saudar, como aquele que amo.
Atendendo a representação que fizestes subir a minha real presença sobre se achar interrompido e suspenso o comércio desta capitania com grave prejuízo dos meus vassalos, e da minha Real Fazenda, em razão das críticas, e públicas circunstâncias da Europa [...] sou servido ordenar interina e provisoriamente, [...] o seguinte. Primo: Que sejam admissíveis nas Alfândegas do Brasil todos e quaisquer gêneros, fazendas, e mercadorias transportadas, ou em navios estrangeiros das Potências que se conservam em paz e harmonia com a minha Real Coroa, ou em navios dos meus vassalos pagando por entrada vinte e quatro por cento [...] Segundo: Que não só os meus vassalos, mas também os sobreditos estrangeiros possam exportar para os Portos que bem lhes parecer a benefício do comércio, e agricultura, que tanto desejo promover, todos e quaisquer gêneros e produções coloniais, à exceção do pau-brasil, ou outros notoriamente estancados [...] O que tudo assim fareis executar com o zelo, e atividade que de vós espero.
Escrita na Bahia aos vinte e oito de janeiro de 1808.” [...]
Fonte: BONAVIDES, P. & VIEIRA, R. A. Amaral. Textos políticos da História do Brasil. Rio de Janeiro: Forense, 1973. In: COSTA, Luís César Amad; MELLO, Leonel Itaussu A. História do Brasil. 11. ed. São Paulo: Scipione, 1999, p. 138.
Sobre as repercussões da Abertura dos Portos, identifique as afirmativas corretas:
O Ato de D. João representou o início de um intenso processo de industrialização no Brasil, porque a liberdade de comércio possibilitou o acesso de brasileiros ao maquinário obsoleto das fábricas da Inglaterra.
A medida do Príncipe Regente significou um sério abalo no Pacto Colonial, que, até aquela época, mantivera o monopólio dos comerciantes portugueses sobre os negócios de brasileiros com o mercado externo.
A Abertura dos Portos gerou um forte movimento de reação nacionalista por parte dos proprietários coloniais agro-exportadores, porque a liberalização do comércio lhes trouxe prejuízos financeiros.
A liberalização dos portos brasileiros possibilitou condições favoráveis para a instauração da hegemonia comercial inglesa no mercado brasileiro, as quais foram ampliadas com os Tratados de 1810.
O decreto de D. João afetava a dominação portuguesa, uma vez que eliminava um dos entraves para a expansão da economia colonial, já em processo de crescimento maior do que a economia metropolitana desde a segunda metade do século XVIII.
O nome de Bolívar tem sido associado às atuais mudanças políticas por que passam alguns países latino-americanos, especialmente a Venezuela, cujo presidente, Hugo Chavez, faz referência a esse processo, denominando-o de Revolução Bolivariana. Simon Bolívar, o Libertador, teve um importante papel tanto nas guerras de libertação colonial das atuais Venezuela, Colômbia, Bolívia, Equador e Peru, quanto na consolidação da independência das ex-colônias espanholas na América.
Sobre esse personagem da história da América Latina e sua participação nos processos anticoloniais, identifique as afirmativas corretas:
Bolívar era membro da aristocracia colonial, com uma formação republicana e liberal, e tornou-se célebre, principalmente, por sua defesa de uma unidade latino-americana.
A origem de Bolívar era indígena e ele ficou famoso pela defesa da união de todos os povos da sua etnia para a formação de uma república indígena na América Latina.
Bolívar era membro das classes médias coloniais, com uma formação jacobina, e foi pioneiro na defesa de uma república socialista na América.
O Libertador era um ex-escravo alforriado e inspirou-se na Guerra de Independência do Haiti, em defesa de uma revolução de escravos na América.
Bolívar, mesmo oriundo de uma família de proprietários, libertou escravos e índios e, por isso, foi combatido pelas oligarquias locais das ex-colônias espanholas.
Ao chegar a um posto de gasolina, um motorista vai ao calibrador e infla os pneus do seu carro, colocando uma pressão de 30bars (considere 1 bar igual a 105N/m2). Nesse momento, o motorista verifica que a temperatura dos pneus é de 270C. Depois de dirigir por algum tempo, a temperatura dos pneus sobe para 810C. Desprezando-se o pequeno aumento no volume dos pneus e tratando o ar no seu interior como um gás ideal, é correto afirmar que, em bar, a pressão nos pneus passará a ser:
35,4
90,0
45,5
70,0
54,5