Selecionamos as questões mais relevantes da prova de vestibular UFPR 2013 - C. Gerais. Confira! * Obs.: a ordem e número das questões aqui não são iguais às da prova original.
A tabela abaixo mostra como é distribuída a população brasileira por regiões da Federação, com base em dados do censo de 2010.
Qual dos gráficos de setores a seguir melhor representa os dados dessa tabela?
Considerando a circunferência C de equação (x-3)² + (y-4)² = 5, avalie as seguintes afirmativas:
Assinale a alternativa correta.
Somente a afirmativa 1 é verdadeira.
Somente a afirmativa 2 é verdadeira.
As afirmativas 1, 2 e 3 são verdadeiras.
Somente as afirmativas 1 e 2 são verdadeiras.
Somente as afirmativas 1 e 3 são verdadeiras.
Suponha que o número P de indivíduos de uma população, em função do tempo t, possa ser descrito de maneira aproximada pela expressão
Sobre essa expressão, considere as seguintes afirmativas:
1. No instante inicial, t = 0, a população é de 360 indivíduos. 2. Com o passar do tempo, o valor de P aumenta. 3. Conforme t aumenta, a população se aproxima de 400 indivíduos.
Somente as afirmativas 2 e 3 são verdadeiras.
Considere as seguintes afirmativas que comparam o sistema republicano da Roma Antiga com o sistema republicano brasileiro atual:
1. Uma das principais diferenças entre o sistema republicano moderno e o sistema republicano romano antigo refere-se à incorporação feita pelo sistema atual da divisão de poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário), defendida por pensadores iluministas para conter regimes absolutistas. 2. O sistema republicano romano antigo constituiu uma representatividade ampla e igualitária para patrícios e plebeus, cujo modelo foi adotado pelos sistemas republicanos modernos, que inspiraram o modelo brasileiro. 3. O Senado vigente na república romana antiga era composto por membros vitalícios, que exerceram grande poder legislativo e executivo, e representou os interesses de uma parcela da população (os patrícios), enquanto o Senado brasileiro atual pertence ao poder legislativo, sendo eleito por sufrágio universal direto para mandatos de tempo limitado. 4. Em ambos os casos, a república foi instituída para substituir uma monarquia e inicialmente conferiu poder a uma restrita parcela da população, em sua maioria proprietária de terras, deixando boa parte da população sem acesso direto à representatividade no poder.
Somente as afirmativas 1, 3 e 4 são verdadeiras.
Somente as afirmativas 3 e 4 são verdadeiras.
Somente as afirmativas 1, 2 e 4 são verdadeiras.
Considere o excerto abaixo, escrito pelo filósofo John Locke em 1689:
Ninguém pode impor-se a si mesmo ou aos outros, quer como obediente súdito de seu príncipe, quer como sincero venerador de Deus: considero isso necessário sobretudo para distinguir entre as funções do governo civil e da religião, e para demarcar as verdadeiras fronteiras entre a Igreja e a comunidade. Se isso não for feito, não se pode pôr um fim às controvérsias entre os que realmente têm, ou pretendem ter, um profundo interesse pela salvação das almas, de um lado, e, de outro, pela segurança da comunidade.
(LOCKE, John. Carta acerca da tolerância. São Paulo: Abril Cultural, 1973, col. Os Pensadores, vol. XVIII, p. 11.)
Sobre a relação desse pensamento de Locke com o contexto político e religioso da Europa do século XVII, identifique as afirmativas a seguir como verdadeiras (V) ou falsas (F):
( ) John Locke defende a separação entre poder político e poder espiritual como base para o estabelecimento de novas comunidades religiosas na Europa ocidental, em referência às novas ações da Inquisição nos reinos católicos. ( ) John Locke defende a tolerância religiosa e a separação entre a religião e o poder político civil como bases para a convivência pacífica entre os povos de religiões diferentes, em referência às guerras entre católicos e protestantes nos reinos europeus. ( ) John Locke defende a separação entre Igreja e Estado no contexto das perseguições empreendidas pelos puritanos na Inglaterra, após saírem vitoriosos da Revolução Gloriosa. ( ) John Locke defende a tolerância religiosa como condição primordial para a convivência entre diferentes religiões que nasciam na Europa no século XVII e que eram perseguidas pela Igreja Católica, como o espiritismo kardecista.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta, de cima para baixo.
F – F – V – F.
F – V – F – F.
V – F – F – F.
F – F – F – V.
V – F – F – V.
No período posterior à independência, houve um esforço entre os intelectuais do Império em definir uma identidade nacional para o Brasil. Enquanto o historiador Varnhagen afirmava que, para os índios, “povos na infância, não há história: há só etnografia”, escritores como José de Alencar e Gonçalves Dias retratavam os indígenas no movimento indianista romântico, em obras como “Iracema”, “O Guarani” e “I-Juca-Pirama”. Sobre essas duas posturas em relação aos indígenas e a construção de uma identidade nacional brasileira, é correto afirmar:
A posição de Varnhagen compreendeu que os indígenas não tinham ainda capacidade de escrever sua própria história, por não conhecerem a escrita, enquanto os escritores indianistas procuraram fazer um levantamento histórico e etnográfico dos povos indígenas para escrever a história da jovem nação.
A posição de Varnhagen visava excluir os povos indígenas da identidade nacional brasileira, por considerá-los povos inferiores e sem herança cultural, enquanto os indianistas os incluíram nessa identidade de forma idealizada, como heróis românticos e nobres selvagens, que encarnariam os ideais desejados para a jovem nação.
A posição dos escritores indianistas assemelhou-se à de Varnhagen, tomada com base em levantamento etnográfico dos povos indígenas, pois ambas consideravam esses povos despojados de uma cultura própria que pudesse ser analisada e incorporada à identidade nacional brasileira.
A posição dos escritores indianistas concordou com a postura de Varnhagen no que se refere ao papel negativo dos indígenas no processo da colonização, que teria causado um atraso cultural ao povo brasileiro, mas enquanto os indianistas tratavam os indígenas como seres idealizados, Varnhagen defendeu o combate a eles.
O historiador Varnhagen defendia o uso da etnografia para se conhecer a cultura indígena, incluindo-a na História do Brasil, enquanto que os escritores indianistas não viam necessidade desse recurso, por acreditarem que os indígenas já estivessem assimilados à identidade nacional brasileira.
As imagens a seguir retratam a mesma passagem bíblica – a dúvida do apóstolo Tomé diante do Cristo ressurrecto. A primeira, acima, é uma ilustração medieval do saltério de Saint Albans, do século XII (“A dúvida de São Tomé”, artista desconhecido), e a segunda, abaixo, é a pintura de Caravaggio “A incredulidade de São Tomé”, de 1599.
A partir da análise dessas ilustrações e dos conhecimentos sobre o papel das imagens no período medieval e no período moderno, identifique as afirmativas a seguir como verdadeiras (V) ou falsas (F):
( ) Enquanto as imagens produzidas no medievo tinham a função de evangelizar os fiéis dentro e fora dos templos, as pinturas produzidas no período de Caravaggio tinham a função de promover a fé católica por meio da arte barroca, em reação à Reforma Protestante. ( ) Enquanto as ilustrações produzidas na Idade Média serviam para combater heresias, as pinturas barrocas tinham o objetivo de questionar a contrarreforma, para se alinhar aos ideais humanistas do século XVII. ( ) Ambas as ilustrações indicam a intenção da Igreja Católica em renunciar ao seu poder político, motivo pelo qual esses exemplos enfatizam passagens de dúvida e de angústia. ( ) Enquanto as produções de ilustrações medievais eram anônimas, imprimindo uma interpretação simbólica para passagens e personagens religiosos, as pinturas de Caravaggio e de outros artistas barrocos conferiam maior dramaticidade e realismo aos personagens bíblicos, com dinamismo e jogos de claro-escuro.
F – V – F – V.
V – V – F – V.
V – F – V – F.
F – V – V – F.
Assinale a alternativa correta sobre o papel social e econômico das cidades no período colonial da América Portuguesa.
As cidades nunca tiveram um papel significativo na economia colonial, pois toda a riqueza que interessava ao comércio português era de origem agrária. Dessa forma, as cidades eram núcleos administrativos sem qualquer povoamento significativo, que só se tornaram alvo de investimentos após a vinda da Família Real portuguesa.
As cidades passaram a ter um papel econômico primordial na colônia a partir da fundação de São Paulo, que se tornou um grande entreposto comercial. Posteriormente, com o ciclo do ouro, as cidades de Minas Gerais tornaram-se um centro irradiador de progresso econômico, superando a importância das áreas rurais na economia colonial. Isso impulsionou um maior desenvolvimento urbano, trazendo progresso material e cultural a toda a sociedade.
Mesmo com papel econômico secundário, a partir dos séculos XVII e XVIII, algumas cidades foram valorizadas com o aumento da participação da colônia no comércio ultramarino, em especial após as políticas pombalinas de incentivo às Companhias de Comércio. Além de possuírem órgãos administrativos e políticos, as cidades agregaram boa parte dos elementos sociais da colônia, definindo em seus espaços as diferenças de gênero, raça e status social.
Além de serem centros administrativos, as cidades formaram pequenos centros educacionais de catequese dos indígenas e de evangelização dos colonos, agregando uma população majoritariamente masculina. Por serem muito pobres, as cidades eram vilas incipientes, o que gerava uma concentração populacional e econômica nas áreas rurais.
As cidades foram centros administrativos importantes para o desenvolvimento econômico e social da colônia, por concentrarem escolas, jardins botânicos e assistência médica e jurídica à população. Escravos frequentemente fugiam para tentar uma vida melhor nas cidades, o que gerava uma rivalidade entre os centros urbanos e as áreas rurais.
Com base na figura, publicada em 1932, considere as seguintes afirmativas:
1. A figura refere-se à Revolução Constitucionalista, em que os paulistas exigiram do governo Vargas a implantação de uma Constituição democrática. 2. No contexto de 1932, a imagem do bandeirante servia de propaganda para mostrar que os paulistas eram avessos à submissão a um tirano, tal como os bandeirantes teriam sido avessos à tirania da Coroa portuguesa. 3. A chamada Revolução de 1932 culminou na derrota dos paulistas pelas forças de Vargas e com a continuação do Estado Novo. 4. Apesar da derrota dos paulistas, uma das principais consequências do movimento de 1932 foi a promulgação da Constituição de 1934.
Somente as afirmativas 1, 2 e 3 são verdadeiras.
Somente as afirmativas 2, 3 e 4 são verdadeiras.
Em 2012 completaram-se 30 anos da Guerra das Malvinas (Malvinas para os argentinos; Falklands para os ingleses), sendo que as animosidades entre Argentina e Inglaterra na disputa pelas ilhas inglesas situadas ao extremo sul da América do Sul foram recentemente relembradas pela presidenta argentina Cristina Kirchner. Sobre esse conflito, é correto afirmar:
O conflito foi iniciado pelos ingleses, por conta da existência de petróleo na região, que começava a ser explorado por companhias argentinas de forma clandestina. A superioridade militar e econômica da Inglaterra contou para a derrota dos argentinos, que foram pegos desprevenidos em um ataque-surpresa. Como resultado, a Argentina amargou uma grave crise econômica.
O conflito foi iniciado pela Argentina no contexto da intensa ditadura peronista iniciada em 1976. A herdeira política de Perón, Isabelita, recorreu à elite militar para retomar as Ilhas Malvinas, cujos recursos se esgotavam com a exploração inglesa. Apesar da derrota argentina, o tratado de paz garantiu que a população argentina habitante das ilhas pudesse controlar a ocupação inglesa.
O conflito foi iniciado pelos ingleses, que não toleravam a ocupação desordenada dos argentinos sobre as suas ilhas. Os argentinos, por sua vez, nunca aceitaram o domínio inglês sobre as ilhas, e desde o início dos anos 1980 prepararam-se para retomar o território. A prosperidade econômica pela qual a Argentina passava foi decisiva para que o país vencesse a guerra.
O conflito foi desencadeado pela Argentina no contexto da ditadura militar iniciada em 1976. A fim de angariar apoio popular no início dos anos 1980, o governo almejou reconquistar as Ilhas Malvinas, retomando um discurso nacionalista. Contudo, com a rápida derrota dos argentinos, o regime militar logo foi derrubado, sucedido por um governo democrático e civil em meio a uma grave crise econômica.
O conflito foi iniciado pelos argentinos, que desejavam retomar o território por conta de seus recursos minerais, a fim de aplacar a grave crise econômica que assolava a Argentina. A Inglaterra não queria deixar as Ilhas, por se beneficiar das riquezas naturais em um período de instabilidade financeira após o desmantelamento do Estado de Bem-Estar Social. Aproveitando-se da fragilidade inglesa, a Argentina venceu a guerra.