Selecionamos as questões mais relevantes da prova de vestibular UFPR 2014 - C. Gerais. Confira! * Obs.: a ordem e número das questões aqui não são iguais às da prova original.
Segundo o texto, é correto afirmar:
O caráter histórico foi levado em conta na escolha do nome da bola.
As palavras brasuca e brasileiro passaram por mudanças de significação que foram, ambas, de um polo positivo para um polo negativo.
Os dicionários e o Volp apresentam lacunas em relação ao registro da grafia oficial de certas palavras.
O autor compartilha com os demais analistas da língua as razões para condenar o nome brazuca.
A expressão “Brazuca é bola fora” (linha 22) é um jogo de palavras que ressalta a inadequação da escolha.
A partir do texto, considere as seguintes afirmativas:
1. As palavras mixuruca, muvuca e maluca confirmam a afirmação que o autor faz sobre o sufixo –uca. 2. O autor rechaça tanto brazuca quanto brasuca, por serem formas associadas a um patriotismo caricato. 3. Para o autor, o gigante adormecido tem qualidades que não podem ser comprometidas pela escolha de um nome com erro de grafia.
Assinale a alternativa correta.
Somente a afirmativa 2 é verdadeira.
Somente as afirmativas 1 e 2 são verdadeiras.
Somente as afirmativas 2 e 3 são verdadeiras.
Somente as afirmativas 1 e 3 são verdadeiras.
As afirmativas 1, 2 e 3 são verdadeiras.
Numere os parênteses, estabelecendo a ordem em que os argumentos aparecem no texto.
( ) Apresentação de conotações possíveis para o nome brazuca. ( ) Razões relacionadas à grafia que devem ser levadas em conta na avaliação. ( ) Crítica às representações culturais que emanam do nome escolhido. ( ) Ponderações sobre a escolha do nome da bola: críticas dos analistas, a posição normativa. ( ) Razões relacionadas a estratégias de mercado que foram consideradas.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta, de cima para baixo.
3 – 1 – 5 – 2 – 4.
4 – 3 – 1 – 2 – 5.
3 – 2 – 4 – 1 – 5.
2 – 5 – 4 – 1 – 3.
4 – 2 – 5 – 1 – 3.
Considere as afirmativas acerca dos relatores de coesão presentes no texto e identifique como verdadeiras (V) ou falsas (F) as seguintes afirmativas:
( ) A conjunção como (linha 2), estabelece relação de comparação entre os segmentos que une. ( ) A expressão dos que (linha 6) refere-se a uma parte das pessoas que implicaram com o nome escolhido para a bola. ( ) O vocábulo assim (linha 12) remete à maior flexibilidade que as gírias teriam em relação ao modo como são escritas. ( ) A conjunção se (linha 16) implica a negação da grafia como responsável pela não aceitação do nome eleito para a bola.
F – V – V – F.
F – F – V – V.
V – V – F – F.
V – F – V – V.
V – V – F – V.
O autor usa algumas metáforas para se expressar. Qual delas poderia ser parafraseada pela metáfora “cobrir o sol com a peneira”?
Tem de limpar as feridas para facilitar a cicatrização.
O estopim foram o aumento do ônibus e a reação truculenta da polícia.
Não adianta dourar a pílula, na espera de um Brasil que nunca chega.
Na esteira do protesto inicial, vieram as demandas concretas.
Boa parte das manifestações se dá por contágio.
1. As redes sociais propiciaram que os jovens se distanciassem das instituições públicas para poder melhor se mobilizar e criticá-las. 2. A falta de liderança clara confirma a tese de falta de foco do movimento. 3. O movimento das ruas fez com que um estado de insatisfação se transformasse em algo prático. 4. Não se sentir representado foi apenas uma das motivações para as manifestações dos jovens.
Somente a afirmativa 3 é verdadeira.
Somente as afirmativas 2, 3 e 4 são verdadeiras.
Somente as afirmativas 3 e 4 são verdadeiras.
As afirmativas 1, 2, 3 e 4 são verdadeiras.
“É simplista, porém, justificar o que aconteceu com o fato de o jovem não se sentir representado.”
Observe que Jorge Bouer escreveu “de o jovem” e não “do jovem”. Diferentemente do que acontece na fala, a escrita não aceita a contração da preposição com um artigo em certos casos. Em qual das sentenças abaixo a contração é VETADA na escrita culta?
O delegado interrogou o agressor por horas para tentar entender as razões [de+o] sujeito.
No momento [de+o] invasor entrar no palco, o diretor segurou-o e pediu aos seguranças para prendê-lo.
Todos se assustaram com o aparecimento daquele monstro, principalmente com a cara [de+o] bicho.
À maneira [de+o] pai, o filho agiu com absoluta ética.
A atuação [de+o] Daniel no jogo foi impecável.
Observe a charge de Cícero:
Tendo por base a charge, considere as seguintes afirmativas:
1. O autor aponta a falta de propósito das manifestações, representada na charge pelos cartazes em branco. 2. O autor problematiza a alienação dos brasileiros em época de Copa do Mundo. 3. A linguagem não-verbal enaltece a principal característica brasileira: a paixão pelo futebol. 4. A polissemia do título aproxima as manifestações ocorridas de um de seus principais alvos: o gasto com a Copa do Mundo.
Somente a afirmativa 4 é verdadeira.
Somente as afirmativas 1 e 4 são verdadeiras.
Somente as afirmativas 1, 3 e 4 são verdadeiras.
O romance A última Quimera, de Ana Miranda, publicado em 1995, elege como personagem principal o poeta Augusto dos Anjos (1884-1914), inscrevendo-se na linha de ficcionalização da história literária, modalidade bastante frequentada na passagem do século XX para o XXI. A propósito dessa obra, assinale a alternativa correta.
Os versos de Augusto dos Anjos que contêm a expressão do título do romance são registrados em epígrafe, de modo que o leitor estabeleça o diálogo entre os textos desde o início.
A cena literária da capital brasileira à época constitui o pano de fundo em que transcorre a vida e acontece a morte do poeta que se celebrizou pela temática mórbida.
Augusto dos Anjos e o narrador almejam compor poemas seguindo o modelo estético de Olavo Bilac, padrão da poética da época, figurando também como personagem do romance.
O narrador, também poeta, é contemporâneo e conterrâneo de Augusto dos Anjos, situação que determina uma relação que, da parte do narrador, oscila entre a amizade terna e a disputa.
O recurso narrativo empregado no romance é o simulacro do discurso biográfico, seguindo o percurso do poeta em linha cronológica, do nascimento à morte.
Acerca dos personagens de Fogo morto, considere as afirmativas abaixo:
1. O mestre José Amaro é um homem pobre que vive no Santa Fé, mas não é empregado lá, trabalha por conta própria, o que não faz dele um homem independente, já que o proprietário exige que ele saia da casa que ocupa no engenho. 2. O coronel Lula de Holanda faz parte de uma longa linhagem de senhores de engenho, donos há gerações do engenho Santa Fé que, ao final do romance, estará de fogo morto. 3. Apesar da distância social que as separa, tanto a filha de José Amaro quanto a do coronel Lula de Holanda vivem em isolamento e terminam por enlouquecer. 4. O capitão Vitorino Carneiro da Cunha grita o tempo todo que é um homem que não se submete ao poder de ninguém, mas na verdade cede ao comando do cangaceiro, o capitão Antônio Silvino.
Somente as afirmativas 1, 2 e 3 são verdadeiras.
Somente as afirmativas 2 e 4 são verdadeiras.