Selecionamos as questões mais relevantes da prova de vestibular UFPR 2018 - C. Gerais. Confira! * Obs.: a ordem e número das questões aqui não são iguais às da prova original.
Considere as avaliações dos memes enquanto prática social e assinale a alternativa que se apresenta coerente com o proposto pelo texto:
Em razão do seu modo de funcionamento, os memes não têm o mesmo efeito que as manifestações convencionais.
As tentativas de controle da disseminação dos memes no espaço virtual, por parte dos poderes instituídos, têm gerado situações de desconforto.
A adesão ao conteúdo dos memes se apresenta de modo convergente para pessoas de diferentes classes sociais e posições políticas.
Por se revestirem simultaneamente de caráter de crítica e de deboche, os memes são a melhor forma de embate tête-a-tête.
Apesar de sua força expressiva, os memes não constituem recurso para mudanças sociais efetivas, porque seu lugar de circulação não goza de legitimidade.
Considere as afirmativas abaixo acerca dos usos de aspas presentes no texto:
1. Em “Tira a Dilma, Tira o Aécio, Tira o Cunha, Tira o Temer. Tira a calça jeans e bota o fio dental, morena você é tão sensual”, as aspas cumprem o papel de demarcar citação. 2. Em “jogando a toalha”, as aspas estão demarcando uma expressão idiomática. 3. Em “memecrítica”, as aspas estão demarcando um deslocamento do sentido usual da palavra. 4. Em “berço esplêndido” as aspas demarcam ironia pela via do recurso da intertextualidade.
Assinale a alternativa correta.
Somente as afirmativas 1 e 2 são verdadeiras.
Somente as afirmativas 1 e 3 são verdadeiras.
Somente as afirmativas 1, 2 e 4 são verdadeiras.
Somente as afirmativas 2, 3 e 4 são verdadeiras.
As afirmativas 1, 2, 3 e 4 são verdadeiras.
Com base no texto B, identifique como verdadeiras (V) ou falsas (F) as seguintes afirmativas:
( ) A função cômica, própria dos memes, é apresentada como atenuante da função social, que também é própria deles. ( ) O autor do texto antecipa-se a uma avaliação negativa acerca dos memes e apresenta contra-argumento em relação a ela. ( ) Os exemplos de memes como peças de museu, apresentados no início do texto, servem de sustentação à ideia de paradoxo entre zoeira e seriedade. ( ) O autor apresenta a denúncia em causas como a feminista e a do movimento negro para explicitar a lógica de funcionamento das hashtags.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta, de cima para baixo.
F – V – V – F.
F – V – F – V.
V – F – F – V.
V – F – V – F.
F – F – V – V.
O que distingue centralmente o texto A do texto B é:
o caráter de seriedade atribuído aos memes no texto A em contraste com o de zoeira no texto B.
a crítica de caráter político atribuída aos memes no texto A em contraste com a crítica de caráter social no texto B.
a referência a alguma forma de efeito produzido pelos memes, presente no texto B, em contraste com sua ausência no texto A.
a crítica aos memes como prática com limites de alcance, explicitada no texto A, em contraste com a ausência dessa crítica no texto B.
a larga circulação dos memes apresentada no texto A em contraste com sua fixidez e imobilidade apresentadas no texto B.
Com base no texto, assinale a alternativa INCORRETA.
Segundo o autor, a organização quilombola, no período pré-abolição, não era constituída exclusivamente como modelo de resistência belicoso.
As lideranças de ambos os tipos de organização quilombola apontados no texto eram ocupadas por indivíduos de prestígio na sociedade circundante.
Cada um dos tipos de quilombo apontados pelo autor do texto, no Brasil, tinha estratégias e finalidades diferentes.
Quilombos inteiramente isolados não eram tão comuns, segundo Silva, contrariamente ao que sempre se acreditou.
Os chamados quilombos abolicionistas eram mais integrados à sociedade circundante, mantendo com ela uma estreita relação.
As expressões ‘cidadãos prestantes’ e ‘instância de intermediação’, no segundo parágrafo, podem ser interpretadas, segundo o contexto de ocorrência, respectivamente, como:
‘pessoas que têm crenças religiosas’ e ‘foro oficial’.
‘indivíduos que prestam serviços’ e ‘lugar de recurso’.
‘cidadãos que se distinguem na sociedade’ e ‘nível de mediação’.
‘cidadãos que são prestativos’ e ‘intermediários eventuais’.
‘pessoas que protestam contra injustiças’ e ‘nível intermediário’.
Assinale a alternativa em que o ‘se’ apresenta a mesma função que a do termo sublinhado na sequência “Por isso, esforçavam-se os quilombolas exatamente para proteger seu dia a dia [...]”.
Cada um dos debatedores questionava se seria possível chegar a um acordo entre as partes.
O desembargador Coelho Bastos quis pôr fim à cantoria abolicionista que se fazia na Gávea.
Abolicionistas e escravos entreolharam-se aturdidos com a situação apresentada.
Agindo de forma violenta, coercitiva e autoritária, os escravocratas prejudicavam-se ainda mais.
Os negros não tinham direito a queixar-se à polícia, por castigo de senhor branco.
O texto abaixo é uma transcrição da fala em vídeo do youtuber Felipe Castanhari:
Segundo a argumentação do texto, identifique como verdadeiras (V) ou falsas (F) as seguintes afirmativas:
( ) A analogia entre a guerra na Síria e o funcionamento de um colégio expõe o atual estado de conflito interno no país. ( ) Os riscos que os sírios enfrentam, sem condições de infraestrutura básica, sustenta o apelo à ajuda humanitária. ( ) A fragmentação das facções de resistência ao governo é apresentada como a causa da distribuição de privilégios pelo governo sírio entre seus aliados. ( ) Felipe Castanhari explicita seu posicionamento em relação à guerra na Síria com a frase “Véio, isso é um P. absurdo”.
V – V – F – V.
F – V – V – V.
F – V – F – F.
V – F – V – V.
Considere o trecho que vem na sequência da fala de Castanhari.
E outra coisa que você podia fazer é não apoiar pessoas de políticas do mal ou contra os refugiados da Síria. Porque no meio disso tudo tem pessoas ignorantes que dizem que os refugiados da Síria são todos terroristas. Porque no meio disso tudo, o que as pessoas precisam é de países dispostos a estender a mão para elas. Porque no meio de todo esse sofrimento, dessa guerra, de toda essa morte, a única esperança que um refugiado tem de ter uma vida normal está nas mãos de um país vizinho disposto a estender a mão pra essa pessoa. [...]
Assinale a alternativa que sintetiza o trecho em formato de discurso indireto.
O youtuber propõe uma política internacional de defesa dos refugiados contra as ameaças de morte que eles encaram em países vizinhos, pois na maioria dos casos esses refugiados são considerados terroristas, e isso põe a comunidade internacional em estado de alerta contra ataques.
Nós, brasileiros, podemos ajudar e lutar contra os políticos sírios que rotularam estrategicamente os refugiados como terroristas. A ajuda está em nossas mãos, pois além dos países vizinhos, os países de outros continentes são também responsáveis pelo acolhimento.
Felipe Castanhari defende que os brasileiros podem colaborar. Apesar de haver pessoas que consideram os refugiados terroristas, eles precisam de ajuda, pois sua única esperança pode estar na solidariedade de outros países.
Os usuários do YouTube concordam com Felipe Castanhari quanto à proposta de que eles precisam diferenciar os bons políticos – que defendem ajuda humanitária de qualquer país, inclusive os mais distantes – dos maus políticos, que consideram os refugiados terroristas.
Os refugiados precisam de ajuda, pois não há condições de vida no país. Você e os usuários do YouTube fazem parte dos países que podem ajudar com amparo humanitário, desfazendo o equívoco internacional do juízo desses refugiados como terroristas.
A fala do youtuber Felipe Castanhari tem características fortes da oralidade, que são diferentes das características da variante escrita da língua. Assinale a alternativa que apresenta uma comparação correta.
As repetições “porque no meio disso tudo...” e “porque no meio de todo esse sofrimento...” são características da escrita e são usadas pelo youtuber para ajudar o leitor a guardar as ideias em sua memória.
Na fala, precisamos nos direcionar ao ouvinte com expressões do tipo “Mano” e “Véio”, ao passo que a escrita não dispõe de recursos para abordagem direta do leitor.
As frases curtas, como “Meteu bala geral”, são típicas da oralidade, e a escrita é o lugar preferencial das frases longas, em períodos complexos.
Os verbos no imperativo, tais como “Lembra que estamos fazendo de conta...” e “vamos entender isso...”, revelam o tratamento que o texto oral dispensa ao ouvinte, enquanto na escrita os imperativos restringem-se à fala de personagens.
Diferentemente da escrita, na fala, o uso do ‘que’ como articulador abre um leque variado de interpretações a ser resolvido pelo ouvinte, como em “E vocês devem ouvir falar muito sobre a tal guerra na Síria. Que estamos o tempo todo na tevê e na internet”.