Selecionamos as questões mais relevantes da prova de vestibular UFSC 2013. Confira! * Obs.: a ordem e número das questões aqui não são iguais às da prova original.
Complexos Econômicos Regionais de Santa Catarina
Sobre as atividades econômicas desenvolvidas no estado de Santa Catarina, assinale a(s) proposição(ões) CORRETA(S).
O Planalto Serrano é marcado por empresas voltadas ao setor mineral.
O setor agroindustrial tem forte desenvolvimento no Oeste do estado.
Devido à sua formação social, o estado de Santa Catarina apresenta grande homogeneidade econômica.
No Vale do Itajaí, destaca-se a indústria têxtil.
Na região da Grande Florianópolis e nas cidades de Blumenau e Joinville, há estímulos para as atividades ligadas às empresas de base tecnológica, inclusive com a criação de incubadoras tecnológicas.
O setor pesqueiro está mais concentrado no sul do estado, destacando-se as cidades de Criciúma e Tubarão.
A questão ambiental vem sendo discutida em conferências mundiais há bastante tempo. Uma das principais delas, conhecida como Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano, foi realizada em 1972, na cidade de Estocolmo, e contou com a presença de vários países para decidirem as ações nos vinte anos seguintes. Em 1992, no Rio de Janeiro, houve outra reunião de avaliação relativa às ações do último encontro. Mais recentemente, na mesma cidade, o encontro conhecido como Rio+20 avaliou o passado e propôs alternativas para as próximas décadas.
Disponível em: <http://pilordia.blogspot.com.br/2012/06/reducao-do-ipi-as-portas-da-rio-20.html>. [Adaptado] Acesso em: 17 ago. 2012.
Assinale a(s) proposição(ões) CORRETA(S).
A energia nuclear não produz emissões atmosféricas, porém os custos para a extração de minérios (urânio, plutônio) são elevados, daí sua baixa utilização.
A queima do petróleo, do carvão e, em menor escala, do gás natural libera gases poluentes na atmosfera, entre eles o clorofluorcarboneto, também conhecido como CFC, que contribui para a formação de ilhas de calor somente nos países em desenvolvimento.
A formação do petróleo vem da deposição, no fundo de lagos e mares, de restos de animais e vegetais mortos ao longo de milhares de anos. A ação do calor e da alta pressão provocados pelo empilhamento dessas camadas possibilitou reações complexas, formando o petróleo.
O solo é o resultado da ação conjunta de agentes externos (chuva, vento, umidade) e de matéria orgânica (restos de animais e plantas).
A suinocultura no Brasil é uma atividade predominantemente de pequenas propriedades rurais, por isso a produção de dejetos suínos não tem causado danos ambientais significativos.
A poluição do solo tem como uma das principais causas o uso de produtos químicos na agricultura, chamados de agrotóxicos.
Sobre o processo de industrialização brasileira e sua relação com as macrorregiões, assinale a(s) proposição(ões) CORRETA(S).
Desde seu início, no século XIX, a atividade industrial brasileira desenvolveu-se de maneira homogênea, englobando as regiões Sudeste e Nordeste, sendo esta última grande fornecedora de mão de obra.
A Região Sul é a segunda mais industrializada do país, tendo forte penetração nos setores alimentício e têxtil, entre outros.
Principalmente nas últimas duas décadas, a indústria brasileira tem experimentado um processo de desconcentração, partindo do estado de São Paulo em direção ao litoral nordestino e também a alguns estados do norte do país, como Rondônia e Acre.
Em alguns estados das regiões Nordeste, Norte e Centro-Oeste, predominam os enclaves industriais, com núcleos dispersos e isolados.
Atualmente, as empresas industriais buscam localidades que apresentem mão de obra com baixa qualificação, pois as principais inovações tecnológicas se dão em países desenvolvidos.
No processo de substituição de importações ocorrido no Brasil a partir de 1930, o Estado brasileiro teve pouca atuação; o referido processo ficou a cargo das empresas multinacionais, convidadas a se instalar no país.
A criação do Mercado Comum do Sul (Mercosul) em princípios dos anos 1990 pouco afetou a economia dos estados do Sul do país, dada a forte penetração deles nos mercados regionais do Sudeste e Centro-Oeste brasileiros.
Sobre o continente africano, assinale a(s) proposição(ões) CORRETA(S).
A grande diversidade étnica e cultural da África não impede a divisão do continente em dois grandes conjuntos separados pelo monte Everest: a África Meridional e a África Subsaariana.
Desde o século XVI, pelo menos, a África passou a integrar o sistema capitalista europeu com as feitorias comerciais portuguesas na costa do oceano Atlântico.
O rio Nilo foi considerado de importância fundamental para a formação do Egito antigo, devido às cheias de suas margens, cuja matéria orgânica era utilizada na agricultura.
As inovações tecnológicas desenvolvidas a partir dos anos 1970, que utilizam baixa quantidade de capital e mão de obra, fazem com que a extração de minérios e as exportações de petróleo em alguns países africanos percam importância.
A África é o único continente cortado pela linha do Equador e pelos trópicos de Câncer (23º27’ N) e de Greenwich (0º).
A forma como foi explorado o continente, principalmente pelos países europeus, mais precisamente, desde o século XIX, após o Congresso de Berlim, é uma das explicações para os conflitos étnicos, culturais e religiosos.
Sobre as relações de poder entre países, assinale a(s) proposição(ões) CORRETA(S).
A queda do muro de Berlim em 1989 e a dissolução da União Soviética em 1991 alteraram as relações de poder entre os países e as destes com instituições internacionais como a Organização das Nações Unidas (ONU).
Atualmente, existem vários conflitos no mundo, todos de cunho eminentemente econômico e religioso, como é o caso dos que ocorrem no Egito, na Síria e no Paraguai.
A Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), criada em 1949 no contexto da Guerra Fria, tinha como objetivo integrar, em um pacto militar, os países capitalistas da Europa ocidental capitaneados pelos Estados Unidos da América. Hoje também fazem parte da OTAN alguns países do leste europeu que eram ligados ao Pacto de Varsóvia.
Um dos principais focos de tensão no Oriente Médio é a histórica luta de um povo sem território – os sionistas – contra um território sem povo – o palestino.
A denominada globalização é um fator que tem redefinido os espaços geográficos locais, regionais, nacionais e mundiais de acordo com as regras impostas pelo neoliberalismo econômico, aprofundado a partir dos anos 1970.
As novas tecnologias de comunicação têm desempenhado importante papel na divulgação de conflitos regionais, como é o caso da chamada “primavera árabe”.
A consolidação e o fortalecimento do Mercado Comum do Sul (Mercosul) têm gerado impactos sobre a gestão do território, criando novos “regionalismos”.
Em relação ao processo de integração regional, a organização espacial brasileira atual apresenta-se como centro de uma região virtual em formação.
O Aquífero Guarani, uma das maiores reservas de águas subterrâneas do mundo, localiza-se totalmente na região sul do Brasil.
A integração brasileira com outros países sul-americanos tem afetado apenas os estados da Região Sul do país, devido à proximidade de suas fronteiras.
Não é apenas a integração regional sul-americana que tem transformado o espaço geográfico brasileiro, mas também as transformações pelas quais as economias regionais têm passado nas últimas duas décadas, principalmente.
Assim como o Tratado Norte-Americano de Livre Comércio (Nafta, em inglês), a União das Nações Sul-Americanas (UNASUL) estabelece relações comerciais privilegiadas apenas com os Estados Unidos da América.
Os mapas abaixo apresentam duas formas de divisão do relevo brasileiro, resultado de conceitos geomorfológicos distintos.
VESENTINI, José W. Geografia: o mundo em transformação - Geografia geral e do Brasil: problemas e alternativas. V. 2. São Paulo: Ática. 2011. [Adaptado]
O mapa 1 apresenta uma divisão do relevo que leva em consideração os processos erosivos sofridos pelas unidades rochosas, sobretudo pela ação climática.
No mapa 2, diferentemente do mapa 1, predominam as depressões. Esta classificação leva em consideração os movimentos tectônicos da crosta terrestre.
A compreensão do relevo é fundamental para que se possa avaliar o potencial energético de um país.
No mapa 2, a planície amazônica é representada como uma estreita faixa e deixa de ser, portanto, se comparada ao mapa 1, a maior planície do Brasil.
A análise mais detalhada das formações de relevo nos dois mapas permite concluir que algumas unidades que não existem no primeiro estão presentes no segundo mapa.
A Guerra do Contestado (1912-1916) ocorreu na área delimitada pela Planície Gaúcha, de acordo com o mapa 1.
A caracterização do clima de uma região depende de elementos como temperatura, umidade e pressão atmosférica. Há também fatores como a distância de uma região para o mar, correntes marítimas, latitude e altitude. Em áreas de baixa altitude, o calor é retido por mais tempo por causa da atmosfera mais densa. Se o ar é rarefeito, como ocorre em áreas de altitude elevada, há menor capacidade para manter o calor que vem do Sol. Em relação à latitude, quanto mais próxima dos polos uma região estiver (latitude maior), mais fria ela será, e, quanto mais próxima da linha do Equador (latitude menor), mais quente ficará a região.
Sobre tipos climáticos brasileiros e seus respectivos regimes termopluviométricos, assinale a(s) proposição(ões) CORRETA(S).
Equatorial: alta amplitude térmica e baixa umidade relativa do ar, o que alimenta o regime hidrográfico regional.
Semiárido: baixa amplitude térmica e regime pluviométrico de longa estação chuvosa, mesmo que com pequena precipitação.
Subtropical: regime pluviométrico regular durante todo o ano; apresenta a mais elevada amplitude térmica dos tipos climáticos brasileiros.
Tropical de Altitude ou Típico: duas estações bem definidas, com verão chuvoso e inverno seco.
Tropical Litorâneo: inverno muito frio e seco, pela ação da mPa, e verão mais úmido, devido à ação da mTa.
O debate que falta sobre o Código Florestal
Nodebate sobre o novo Código Florestal, os dilemas sobre que Brasil o mundo precisa e o que estamos dispostos a construir como nação numa perspectiva de sustentabilidade e justiça social, com democracia, ficam em segundo plano. O debate está restrito aos limites dados pelo agronegócio, entre o que seus promotores acham aceitável para continuar se expandindo e o que a sociedade é capaz de suportar, sem nada mudar no rumo já traçado. Na verdade, como questão pública e política, a mudança legal do Código Florestal é determinada por umavelha agenda desenvolvimentista, hegemonizada pelos grandes interesses e forças econômicas envolvidas na cadeia agroindustrial, um dos pilares do Brasil potência emergente. Tudo que se fará não será no sentido de uma mudança de rumo, mas de flexibilização de regras e condutas para continuar destruindo.
Disponível em: <http://revistaforum.com.br/blog/2012/08/o-debate-que-falta-sobre-o-codigo-florestal>. [Adaptado] Acesso em: 4 set. 2012.
Após a análise do texto acima, assinale a(s) proposição(ões) CORRETA(S).
Um dos debates mais acirrados sobre o novo Código Florestal deu-se em torno da definição da área destinada à mata ciliar, protetora dos cursos d’água e rica em biodiversidade.
Depreende-se do texto que não haverá grandes mudanças quanto à destruição das formações vegetais.
O debate sobre o Código Florestal é, também, uma questão da preservação do regime pluviométrico dos rios.
A “velha agenda desenvolvimentista” se refere ao crescimento econômico a qualquer custo, mesmo que seja em detrimento da preservação da natureza.
Conforme afirma o texto, a proposta do novo Código Florestal assegura o desenvolvimento com sustentabilidade e justiça social.
O novo Código Florestal, para o caso específico de Santa Catarina, em nada altera a situação atual, dado que é um dos poucos estados com menor índice de desmatamento, sobretudo nas áreas litorâneas.
A única classe que apresentou redução, no período de 2002 até 2011, foi a classe E, aquela que representava, em 2002, aproximadamente 1/3 da população brasileira.
Em 2011, as classes E e D correspondiam, juntas, ao que representava aproximadamente a primeira em 2002, o que denota um aumento do rendimento médio entre as classes.
De 2002 até 2011, houve um acréscimo em todas as classes econômicas, que resultou em um maior equilíbrio na renda média do brasileiro.
O aumento do consumo no período citado (2002-2011) é o resultado do aumento da condição econômica da nova classe média.
A elite, que concentra as classes A e B, teve um decréscimo desde 2002, o que demonstra uma concentração de capital nas mãos das classes D e E.
A inserção de pobres e remediados no mercado consumidor é salutar, mas ao mesmo tempo preocupante, pois o aumento do consumo intensifica a degradação ambiental.