Selecionamos as questões mais relevantes da prova de vestibular Unespar 2015. Confira! * Obs.: a ordem e número das questões aqui não são iguais às da prova original.
Um dos motivos pelos quais parte dos cafeicultores no século XIX não se interessou em adotar técnicas modernas de produção era a abundância de terras disponíveis, já que, esgotada a fertilidade de um dado terreno, novas áreas poderiam ser abertas para a lavoura do café. Em uma comparação entre o plantio de café no Brasil contemporâneo e o do século XIX, pode-se afirmar que:
Há muitas diferenças, pois no século XIX havia apenas disponível mão de obra escrava e imigrante europeia para o cultivo do café, e, nos dias atuais, predomina o trabalho assalariado;
O baixo valor das propriedades rurais no Brasil estimulou e estimula os cafeicultores a adotarem técnicas pouco eficazes no cultivo do café, tanto atualmente quanto no século XIX;
É semelhante, pois ainda é realizada, sobretudo, em grandes propriedades, voltada para a exportação e sem avanços tecnológicos que resultem em uma produtividade significativa;
A forma como os cafeicultores do século XIX e os dos dias atuais se relacionavam e se relacionam com a natureza é diferente em decorrência das características fundiárias de cada época e dos interesses dos produtores;
Tanto no século XIX, quanto contemporaneamente, o preço internacional do café não influi no valor deste produto no Brasil, uma vez que a produção nacional supre a demanda interna.
A Guerra do Paraguai que se estendeu de 1864 a 1870, chamada entre os paraguaios de Grande Guerra ou de Guerra da Tríplice Aliança, reuniu o Brasil, a Argentina e o Uruguai, na Tríplice Aliança, contra o Paraguai. Sobre as consequências da guerra é correto afirmar que:
Ao terminar a guerra, o Paraguai se encontrava arrasado, perdera a maior parte do seu exército e grande parte da sua população. A maioria dos sobreviventes eram velhos, mulheres e crianças;
A Guerra do Paraguai não foi muito prejudicial para o Paraguai, pois o país continuou como Estado independente e sua economia prosperou após a guerra;
O Brasil foi o país mais prejudicado com a Guerra do Paraguai, por ter a maior perda de população por ocasião das batalhas ou em função de doenças que se espalharam;
A Argentina perdeu grande parte do seu território para o Brasil e o Paraguai, tendo que pagar indenizações a estes dois países;
O aumento do território do Uruguai ocorreu em função da participação decisiva na guerra, ao integrar o exército da Tríplice Aliança com grande contingente de soldados, o que levou a derrota do Paraguai.
A crise que começou em 1929 nos Estados Unidos foi piorando nos anos seguintes. Por isso se fala nos anos seguidos de Grande Depressão (econômica). Em 1932, um novo presidente, Franklin D. Roosevelt, assumiu o poder. Ele colocou em prática o plano econômico de recuperação chamado New Deal. Entre as características principais do New Deal está:
A intervenção do Estado para minimizar a crise. Essa prática seria justificada pelas ideias do economista inglês John M. Keynes (1883-1946) e por isso mesmo chamadas de keynesianas;
A ideia de que deveria haver total liberdade econômica para que a iniciativa privada pudesse se desenvolver, sem a intervenção do Estado, a fim de que o mercado se auto-regule;
A auto-organização da sociedade numa rede independente de produção e distribuição, sem controle estatal, o que pode ser interpretado como interação livre ou coordenação livre, conforme o caso;
A centralização da economia na iniciativa privada, sem que o Estado interfira nas economias em momentos de crise e recessão. Essas práticas seriam justificadas pelas ideias do economista inglês John M. Keynes (1883-1946) e por isso mesmo chamadas de keynesianas;
A responsabilidade do Estado pela economia, não apenas numa função reguladora, mas pela prática da coletivação de todos os meios e bens de produção.
Sobre a Segunda Guerra Mundial é INCORRETO afirmar que:
Com o ataque a Pearl Harbor, os Estados Unidos declararam guerra ao Japão, à Alemanha e à Itália, assumindo em pouco tempo a liderança dos países ocidentais do bloco Aliado, tanto na Europa como no sudeste asiático;
A resistência soviética, principalmente na batalha de Stalingrado, enfraqueceu a capacidade militar alemã, pois aproximadamente um quarto das suas forças de guerra foram perdidas nessa batalha;
O nacional-socialismo, ou nazismo, fundamentou-se em uma doutrina cuidadosamente veiculada pelo regime dirigido por Adolf Hitler, utilizando-se de técnicas sofisticadas de propaganda política, sem nunca romper com à ordem legal republicana herdada da década de 1920 e com a importância da manutenção dos direitos individuais sobre os interesses coletivos;
O desembarque das forças aliadas na Normandia, após o dia D, favoreceu o desfecho da guerra, porque o exército alemão enfraquecido teve que se dividir no combate em duas frentes;
O primeiro ato da Segunda Guerra Mundial ocorreu no dia 1º de setembro com o ataque militar alemão à Polônia. Três dias após o início da invasão germânica, a França e a Inglaterra declararam guerra à Alemanha.
“O populismo é produto de uma situação política geradora da ‘proletarização’ de amplas camadas sociais, que em meio à transição para uma sociedade desenvolvida industrialmente perde sua identidade social, transformando-se em ‘massa de manobra’. O fenômeno populista aflora na identificação pelas massas de uma liderança julgada capaz para o exercício do poder de sorte a protegê-la do desemprego e da miséria. O populismo estabelece uma relação direta entre o líder e as massas, exalta o poder público e transforma o líder na própria encarnação do Estado protetor dos trabalhadores pobres e humildes. Nesta relação, os interesses de classe ficam subordinados aos interesses ‘nacionais’, propondo dessa forma a identificação dos trabalhadores com a nação (...) Nestes últimos anos, os historiadores têm procurado reavaliar o sentido que é atribuído ao fenômeno populista. Neste processo em que se estabelece uma relação inorgânica direta entre o líder e as massas, não há apenas uma subordinação mecânica do povo trabalhador com a autoridade no exercício do poder. Há como uma troca que permite, em contrapartida, o fortalecimento dos canais representativos das demandas populares, sejam elas os sindicatos ou partidos, sendo que no caso brasileiro os primeiros foram muito contemplados. Assim, não teria existido uma via de mão única a beneficiar somente os interesses governamentais e sim conquistas – embora tardias – que vieram a atender efetivamente os trabalhadores”. Lincoln de Abreu Penna. República brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1999. p. 197 – adaptado).
Com base no texto acima e nos conhecimentos sobre o populismo no Brasil, pode-se afirmar que:
João Goulart foi um líder populista, ao ponto de concluir reformas sociais profundas com o apoio dos trabalhadores, o que o manteve no poder até o fim do seu mandato, apesar das críticas da elite econômica;
A relação supostamente direta entre o líder populista e o povo evita que os trabalhadores exijam benefícios trabalhistas;
Segundo a nova avaliação dos historiadores, ao mesmo tempo em que os líderes populistas se beneficiam do apoio popular, os trabalhadores reivindicam-lhes mudanças;
O populismo consiste em sobrepor os interesses particulares aos interesses nacionais, de modo que as disputas de classe sejam minimizadas em prol do bem comum;
Por ser o populismo um fenômeno específico do cenário político das décadas de 1940, 1950 e 1960, não é possível encontrar traços populistas nos políticos atuais, uma vez que os elementos que o caracterizam perderam eficiência na conquista por votos.
As expressões “Revolução” e “Golpe” foram e ainda são usadas para designar um mesmo fenômeno político no Brasil, que se iniciou no primeiro semestre de 1964 e perdurou até 1985, um período que ficou conhecido como Regime Militar. As palavras geralmente não são instrumentos neutros para se descrever ações e fenômenos históricos, entre outros motivos, porque elas podem denotar os critérios de classificação ou um determinado juízo de valor de quem as usa. Na caracterização do Regime Militar, o termo:
Revolução era e é usado preferencialmente pelos militantes de esquerda a fim de dar um caráter pejorativo ao fenômeno, uma vez que, para eles, tal vocábulo estava associado a uma transformação abrupta da ordem social;
Golpe foi o predileto dos militares para descrever as ações que redundaram no regime militar, uma vez que demonstrava a força e destreza que eles tiveram para tomar o poder;
Revolução, usado pelos militares, atribui um caráter positivo ao fenômeno, ao passo que Golpe, usado por indivíduos contrários ao regime militar, designava uma tomada de poder ilegítima;
Revolução ou Golpe são palavras que, em geral, têm o mesmo significado, e o uso de uma ou outra não altera as interpretações sobre o fenômeno histórico em questão;
Golpe, usado por pessoas favoráveis ou contrárias ao Regime, traduz uma ação legalmente constituída, ao passo que Revolução revela uma vontade de modificar a estrutura sócio-política, um dos objetivos da esquerda política do período.
Em 1947 foi aprovado o plano de partilha da Palestina pela Organização das Nações Unidas (ONU), que previa a criação de dois estados independentes: um judeu e outro palestino, o que gerou o início de intensos e constantes conflitos. Sobre os conflitos árabe-israelenses é correto afirmar que:
I. Desde a criação do Estado de Israel em 1967, o conflito foi marcado por alguns poucos confrontos, sendo características principal a paz e o diálogo intenso entre Árabes e Judeus, o que tem garantido avanço nas negociações e respeito aos direitos adquiridos. II. Em função dos conflitos, mais de um milhão de palestinos se encontram, atualmente, refugiados em outros países do Oriente Médio, como Líbano, Síria e Jordânia. III. Apesar do apoio da maior parte das populações israelense e palestina pela paz, e dos vários acordos assinados entre os seus líderes, somente com a intervenção de países pacíficos como o Brasil e o Chile, é que as negociações tiveram significativo progresso. IV. Um dos maiores obstáculos aos acordos de paz é o fundamentalismo de alguns grupos, tanto israelenses quanto palestinos. Os nacionalistas radicais israelenses defendem a criação da “Grande Israel”, que ocuparia toda a Palestina. Os radicais palestinos, por sua vez, são contrários à existência do Estado judeu.
I, II e III estão corretas;
II, III e IV estão corretas;
I e IV estão corretas;
II e IV estão corretas;
Todas estão corretas.
A Usina Hidrelétrica de Itaipu foi planejada desde 1966. Os presidentes do Brasil (João Figueiredo) e do Paraguai (Alfredo Stroessner) inauguraram oficialmente a Usina em 05 de novembro de 1982. No entanto, a produção de energia só teve início quando entrou em operação a primeira unidade geradora, em 05 de maio de 1984.
Sobre a Usina Hidrelétrica de Itaipu é correto afirmar que:
É uma obra realizada no Regime Militar brasileiro e sua construção serviu, além da obtenção de energia como propaganda da “grandeza nacional” que os militares diziam construir. A construção envolveu os países do Paraguai e Brasil;
É uma obra realizada no Regime Militar brasileiro e sua construção serviu, além da obtenção de energia, como propaganda da “grandeza nacional”. A construção envolveu os países do Paraguai, Argentina e Brasil;
É uma obra com fins político-militares, pois permitiu aos governos brasileiro e paraguaio, em caso de guerra no Cone Sul, ameaçar a Argentina com a abertura das comportas e a decorrente inundação de parte do território deste Estado;
É uma obra realizada no Regime Militar brasileiro com fins sociais, envolvendo países como o Paraguai e o Brasil, visava principalmente gerar muitos empregos, eletricidade e aumentar a renda per capita das pessoas que viviam próximas ao rio Paraná;
É uma obra realizada pelo governo democrático da época e sua construção serviu, além da obtenção de energia, como propaganda da “grandeza nacional” que o governo dizia construir. A construção envolveu os países do Paraguai, Argentina e Brasil.
Nos últimos trinta anos, a História do Brasil foi marcada por três manifestações sociais de caráter nacional: a campanha pelas Diretas Já, o Impeachment do presidente Collor e a onda de protestos que se iniciou em junho de 2013 por conta do aumento do preço da passagem do transporte urbano em São Paulo, e que, em poucas semanas, incorporou outras reivindicações, manifestantes e se espalhou Brasil afora. A respeito dos três fenômenos, analise as proposições abaixo:
I. Assim como as Diretas Já, as manifestações de 2013 tinham como pauta principal a ampliação da democracia no Brasil contemporâneo; II. Nas três ocasiões, a televisão foi o mais importante canal de comunicação entre os manifestantes; III. O impeachment do então presidente Collor em 1992 foi a única das três manifestações que teve consequências políticas; IV. Nas manifestações de junho de 2013 não emergiu nenhuma liderança partidária, sindical ou estudantil majoritariamente aceita pelos manifestantes; V. A existência dessas três manifestações reforça a ideia de que o brasileiro é politicamente apático.
I e III estão corretas;
II, IV e V estão corretas;
I e V estão corretas;
Apenas a IV está correta;
Apenas a II está correta.
A reta r tangência a circunferência que tem centro no ponto A e equação c: (x-1)2 + (y-1)2 = 25 no ponto B = (4,5), conforme a Figura 1.
Dadas as condições, a equação da reta r é:
3x + 4y = 32;
y = (1/3)x + 8;
- 4x + 4y = -1;
4x - 4y = -1;
4x + 3y = 32.