Selecionamos as questões mais relevantes da prova de vestibular Unespar 2018. Confira! * Obs.: a ordem e número das questões aqui não são iguais às da prova original.
Observe o mapa do Brasil:
A área brasileira assinalada no mapa corresponde ao domínio morfoclimático:
Amazônico, caracterizado pela presença de baixos planaltos e planícies, drenados pela bacia hidrográfica do rio Amazonas. Essa paisagem, marcada pela presença da Floresta Amazônica, latifoliada, densa e bastante heterogênea, é dominada pelo clima equatorial (sempre quente e úmido);
Do Cerrado, caracterizado como vegetação complexa, uma vez que reúne estratos arbóreos e herbáceos ao lado do estrato dominante, o arbustivo. Este é composto por espécies de caules tortuosos envolvidos por cascas grossas e raízes profundas, uma adaptação à longa seca;
Da Caatinga, uma associação de cactáceas e gramíneas. A erosão típica local é a pediplanação: o intemperismo físico e o vento aplainam o topo dos morros mais resistentes à erosão. Formam-se assim as chapadas, como a Diamantina, na Bahia;
Das Pradarias, formadas por extensos campos que recobrem os baixos planaltos da região. O relevo dessa área é levemente ondulado e suas colinas são chamadas regionalmente de coxilhas. Seja pelo relevo suave, seja pelas pastagens naturais, a principal atividade econômica no domínio das pradarias é a pecuária, destacando-se a bovina e a ovina;
Dos Mares de Morros, paisagem constituída por maciços antigos que datam do período Pré-Cambriano. Tais formações apresentam-se levemente onduladas, lembrando o aspecto de meia-laranja. Originalmente eram recobertos pela Mata Atlântica. Coincide com as terras altas do Sudeste, segundo a classificação do relevo de Ab’Saber.
A fronteira agrícola é um termo criado para definir a região do país que “sofre” com o avanço das práticas agrícolas devido às devastações das florestas. A fronteira agrícola representa uma área que é “mais ou menos” definida pela expansão das atividades agropecuárias sobre o meio natural. Desta forma, nos últimos anos vem se destacando uma região brasileira que recebeu o acrônimo de “Matopiba”.
Sobre essa nova fronteira agrícola, podemos afirmar corretamente que:
A região do “Matopiba” é constituída por 73 milhões de hectares distribuídos pelas cidades de Macapá (AP), Toledo (PR), Piripiri (PI) e Barreiras (BA), que tem produzido milhões de toneladas de grãos;
É uma região ao norte de Rondônia com grandes espaços ociosos e com graves conflitos pela terra. Sem terem onde trabalhar, muitos agricultores ocupam estas terras abandonadas, onde constroem suas modestas casas e passam a cultivar o solo, ou seja, tornam-se posseiros. Os conflitos ocorrem com grande violência, pois os donos resolvem expulsar à força os ocupantes de suas terras e encontram resistência por parte dos posseiros;
“Matopiba” é formada pela totalidade do estado do Tocantins e parcialmente pelos estados Maranhão, Piauí e Bahia e tem sido responsável pela produção de milhões de toneladas de algodão em pluma, soja, arroz e milho;
Trata-se de uma região ocupada por trabalhadores volantes que estão ajudando a povoar o interior do Brasil. Apesar de ser uma fronteira agrícola, são incluídos na população urbana, pois geralmente estabelecem residência em pequenas cidades;
Corresponde à região da fronteira agrícola com manchas que restaram da antiga vegetação de Mata, comuns no interior da Paraíba, mas que vem sofrendo desmatamento devido à agricultura comercial para exportação.
As curvas de nível nada mais são do que as próprias isoípsas, ou seja, são linhas que unem os pontos que têm a mesma altitude medida a partir do nível do mar. Considere a gráfico e, a seguir, assinale o item CORRETO da representação.
As curvas de nível são equidistantes, isto é, a distância entre elas no mapa é sempre igual, portanto a equidistância nesta representação é de 100m;
As curvas se cruzam, indicando se o terreno é plano, ondulado, montanhoso, íngreme ou de declive suave;
Cada curva de nível se fecha sobre si mesma e todos os pontos nessa curva podem ter altitudes diferentes;
As curvas mais distantes umas das outras, indicam que o terreno naquele ponto é íngreme. Se elas estão muito próximas entre si, o terreno tem um relevo mais suave;
O Pão de Açúcar possui a curva de 350m e representa a parte mais elevada do relevo.
O pensamento geopolítico brasileiro classificou, no século passado, alguns países da América do Sul como “prisioneiros geopolíticos”. Assinale a alternativa que apresenta os países e o motivo pelo qual são assim denominados:
Bolívia e Paraguai, por não possuírem saída para o mar;
Chile e Uruguai, devido aos fracos indicadores sociais;
Venezuela e Bolívia, devido aos conflitos sociais;
Colômbia e Paraguai, devido aos fracos exércitos;
Equador e Bolívia, por não possuírem uma economia integrada ao Mercosul;
Para responder a esta questão, considere o mapa do relevo paranaense.
Assinale a alternativa INCORRETA:
Litoral: Planície litorânea, baías de Paranaguá e de Guaratuba; Ilhas do Mel, das Peças, das Cobras; as praias e os tômbolos;
Serra do Mar: barreira entre litoral e planalto; denominações: Serra Negra, Graciosa, Ibitiraquire; maiores elevações: Pico Paraná e Pico Caratuba;
Primeiro Planalto: Bacia sedimentar de Curitiba;
Segundo Planalto: Planalto dos Campos Gerais (Ponta Grossa);
Terceiro Planalto: Planalto de Londrina com solos arenito-basálticos e escarpas triássicas.
A colonização da América Portuguesa nos séculos XVI e XVII pode ser caracterizada:
Pela exploração do pau-brasil, forte extração de ouro nas Minas Gerais e uma profícua arte barroca;
Pelo tráfico de escravos africanos, disseminação de doenças (como a sífilis), forte presença jesuítica e produção de açúcar para o mercado externo;
Pela urbanização desorganizada, consolidação de instituições de ensino e permissividade de manifestações religiosas variadas, como aquelas de matrizes africanas;
Pela relação hierárquica entre as camadas sociais, forte presença de preceitos protestantes, sobretudo no sul, e nítida separação entre público e privado;
Pela troca de favores entre agentes que representavam a Coroa e indivíduos particulares, formação dos engenhos de açúcar e relações pacíficas e amistosas entre índios, europeus e africanos.
“Os cercamentos tornaram-se, do ponto de vista popular, o bode expiatório das desarticulações inevitáveis em uma redistribuição e realocação da terra de tamanha envergadura, mas não há dúvida de que somente foi possível alimentar os milhões de ingleses a mais ao preço de muito sofrimento individual por parte de tantos pequenos camponeses”. STONE, Lawrence. Causas da Revolução Inglesa (1529 – 1642). Bauru: EDUSC, 2000.p. 131.
A promulgação da lei dos cercamentos na Inglaterra do início do século XVIII:
Atraiu para o campo pessoas que moravam nas cidades, sobretudo aquelas interessadas em ter melhor qualidade de vida;
Permitiu o surgimento de um novo grupo social, yeomanry, constituído por comerciantes ricos que compravam terras, especialmente para criação de carneiros para produção de lã;
Proporcionou a compra de terras por parte dos camponeses pobres;
Pressionou os camponeses a migrarem para os centros urbanos, onde a indústria se desenvolvia e a possibilidade de emprego existia, mesmo que precária;
Concretizou a mecanização da agricultura e permanência dos camponeses em suas terras de origem.
“Coxinhas”, “petralhas”, “mortadela”, “reaça”, “esquerdopata”, “elite branca”, são termos que circulam na internet nos últimos anos e denotam, para além do humor, um desequilíbrio na percepção partidária política nacional, uma vez que vozes dissonantes se fazem ouvir nas diversas manifestações pelo país e, principalmente, nas redes sociais. Após ter ocupado, desde a Revolução Francesa e ao longo dos séculos XIX e XX, um papel central como sistema classificatório de partidos políticos, a escala esquerda-direita passa, nas últimas duas décadas, por uma reavaliação de seu potencial explicativo. Ao resgatar a origem dos termos direita e esquerda durante o processo revolucionário francês, iniciado em 1789, é CORRETO afirmar que:
O absolutismo, representado pela Casa Real de Bourbon, correspondia à esquerda na Assembleia Nacional Constituinte;
Os girondinos, representantes da esquerda, clamavam por um governo centralizador, baseado na coerção e na violência, defendiam a extinção dos privilégios da nobreza e o retorno da burguesia;
O uso moderno dos termos “esquerda”’ e “direita” deriva da Assembleia dos Estados Gerais de 1789, quando radicais jacobinos e liberais girondinos sentaram-se, respectivamente, à esquerda e à direita no salão da Assembleia Nacional;
Os lados à esquerda e à direita passaram, com o tempo, a simbolizar posturas políticas e econômicas associadas às figuras que ocuparam tais lados, isto é, radicais e revolucionários à direita e conservadores e moderados à esquerda;
O nazismo e o fascismo, movimentos respectivamente de esquerda e direita, têm sua origem nos debates iniciados durante a Assembleia dos Estados Gerais.
Sobre a Primeira Guerra Mundial é CORRETO afirmar que:
A Primeira Guerra Mundial tem suas motivações ligadas às disputas nacionalistas e imperialistas iniciadas no século XIX e articuladas à política de alianças das grandes potências à época da eclosão do conflito;
Tendo o Brasil se constituído como República no final do século XIX, sua participação na Primeira Guerra tornou-se obrigatória, afinal era dever dos governos republicanos proteger o mundo de ações expansionistas como a da Alemanha;
A adesão da Rússia na guerra, logo após a Revolução de Outubro de 1917, foi decisiva para o desfecho favorável aos países vinculados à Tríplice Aliança, uma vez que a abertura de duas frentes de batalha desarticulou as forças bélicas alemãs;
Durante a guerra foi preciso instaurar regimes autoritários e ditatoriais em países antes liberais como a França e a Inglaterra, num prenúncio do fascismo ainda por vir;
Do ponto de vista bélico, não representou uma grande novidade, uma vez que as tropas não se valeram de novas tecnologias e continuaram a concorrer homem a homem os espaços em disputa.
Uma das diferenças essenciais entre os processos de Independência da América Espanhola e da América Portuguesa está no:
Carisma de suas lideranças, afinal, Simon Bolívar teve menos impacto na consciência da população do que D. Pedro II;
Padrão de guerra adotado durante o processo: o Brasil preferiu a guerrilha como estratégia de emancipação política com Portugal, ao passo que as independências da América Espanhola foram realizadas por meio de acordos consensuais;
Uso da diplomacia: enquanto no Brasil todo o processo de independência de Portugal se deu de forma pacífica, na América Espanhola ele foi marcado por conflitos e mortes;
Abandono da Espanha nas mãos de Napoleão Bonaparte, permitindo que os líderes espanhóis na América negociassem a vossa independência diretamente com a corte francesa;
Modelo político: na América Espanhola predominou o republicano, enquanto no Brasil foi adotado o monárquico.