Selecionamos as questões mais relevantes da prova de vestibular Unespar 2017. Confira! * Obs.: a ordem e número das questões aqui não são iguais às da prova original.
Correlacione as colunas a seguir, considerando o nome do artista listado e o gênero da Música com o qual ele se relaciona. Cada artista está ligado a apenas um gênero.
(1) Pixinguinha (2) Frédéric Chopin (3) Cartola (4) Antonio Vivaldi (5) Roger Waters
( ) Era Romântica ( ) Rock Progressivo ( ) Barroco ( ) Samba ( ) Choro
A sequência CORRETA, de cima para baixo, é:
5, 4, 3, 2, 1;
1, 2, 3, 4, 5;
4, 5, 2, 3, 1;
2, 5, 4, 3, 1;
2, 5, 4, 1, 3.
A máscara de Guy Fawkes (1570-1606), apresentada abaixo e que foi usada em diferentes manifestações sociais do começo do século XXI, está diretamente relacionada com o romance gráfico e a produção cinematográfica conhecidos como:
V de Vingança;
O Homem da Máscara de Ferro;
O Fantasma da Ópera;
Sexta-feira 13;
Pânico.
A esfera que delimita o limite natural do espaço pessoal, esteja o indivíduo em movimento ou em imobilidade, e que se mantém constante em relação ao corpo é conhecida como:
Cinética;
Cinestesia;
Cinesfera;
Cinemática;
Cinema.
“Natureza-morta” é:
Uma forma de dança de salão que visa representar o mundo etéreo e espiritual;
Um tipo de pintura que tem foco na representação de objetos inanimados, como frutos, louças, instrumentos musicais, etc;
Uma peça teatral em verso que termina com um acontecimento funesto;
Uma forma de pintura que representa cenas amplas de natureza com montanhas, rios, árvores, etc;
Uma forma de dança folclórica explorada por dançarinos modernos norte-americanos, como Vaslav Nijinsky.
Método teatral da segunda metade do século XX que reúne exercícios, jogos e técnicas teatrais, cujos principais objetivos são a democratização dos meios de produção teatral, o acesso das camadas sociais menos favorecidas e a transformação da realidade através do diálogo:
Teatro dos Jesuítas;
Teatro Macunaímico;
Teatro Rebolado;
Teatro de Revista;
Teatro do Oprimido.
É muito frequente nos livros introdutórios à filosofia e também nos didáticos a ideia de que Platão e Aristóteles procuraram resolver, em suas filosofias, um problema deixado pelos filósofos pré-socráticos. Podemos apresentá-lo brevemente como sendo o problema do movimento ou da mudança, a partir do qual duas posições divergiram, opondo Heráclito e Parmênides: o primeiro afirmando o fluxo constante de todas as coisas, e o segundo, defendendo a via verdadeira, daquilo que permanece independente da mudança.
Considerando essas observações, assinale a alternativa que não pode ser considerada CORRETA.
Platão propôs a imagem de um mundo das ideias, onde o homem, pelo uso da razão, poderia alcançar a visão das verdades permanentes, atribuindo ao mundo sensível a impermanência e instabilidade que se refletiriam no conhecimento;
Platão e Aristóteles são retratados em um famoso quadro de Rafael, o primeiro apontando para cima, indicando o mundo inteligível e o segundo para baixo, apontando para a importância do sensível, o que de fato exemplifica a diferença de ideias entre os dois filósofos;
Os filósofos socráticos passaram a discutir, para além da natureza, conceitos efetivamente metafísicos e ideias relativas à vida política da cidade;
Pela ordem do tempo, primeiro se dá o conhecimento empírico e depois o racional, isto é, procede-se por indução para depois proceder-se por dedução. Contudo, só é conhecimento válido se houver uma demonstração, isto é, uma prova lógica do raciocínio. Assim pensava Aristóteles;
Podemos dizer, de certa forma, que Platão deu continuidade à perspectiva de Heráclito e que Aristóteles sustentou a tese fundamental de Parmênides.
Cada um de nós deve ter uma história para contar sobre um livro cuja leitura tenha sido muito importante, de uma música que emocione toda vez que é escutada, e também de um filme que tenha comovido ou levado às lágrimas. Em geral, podemos admitir que essas emoções nos acometem tanto no sentido de exortar um sentimento, quanto no sentido oposto, de nos fazer recuar por medo ou receio. Na Antiguidade grega, Aristóteles (384 a.C.-322 a C.) notou esse poder nas tragédias que eram apresentadas em praça pública, resumindo sua força formadora de caráter na sua obra intitulada Poética (aproximadamente 335 a. C.).
Marque a opção que indica a teoria que se refere a essa questão.
Teoria da catarse;
Teoria da mimese;
Princípio de identidade;
Teoria da reminiscência;
Princípio de não-contradição.
Immanuel Kant (1724-1804), um dos filósofos mais influentes da modernidade, reconheceu na sua Crítica da razão pura(1781) que sofreu uma influência muito grande do filósofo escocês David Hume (1711-1776), pois este teria sido responsável por acordá-lo de seu sono dogmático, evento que foi determinante para Kant rever algumas convicções e elaborar aquilo que conhecemos hoje como filosofia crítica ou transcendental.
Assinale a afirmação que melhor representa a influência de Hume em Kant.
O empirismo de Hume foi a grande influência que Kant recebeu, pois a partir dele abandonou a racionalidade como critério para a investigação filosófica;
O próprio Hume já havia estabelecido as bases para a filosofia transcendental de Kant, nas suas Investigações sobre o entendimento humano;
A ideia de que todo conhecimento começa na experiência foi fundamental para Kant superar os limites da filosofia tradicional racionalista e oferecer seu método crítico;
O sono dogmático, na verdade, foi apenas uma estratégia retórica de Kant para poder se apresentar como uma terceira via de método de investigação, sem entrar em conflito com suas principais referências, como Leibniz e Wolff;
O empirismo de Hume foi a grande influência que Kant recebeu, pois foi despertando do sono dogmático, que Kant aderiu à tradição inglesa da filosofia, posicionando-se contra a tradição cartesiana.
O ante-projeto de Lei intitulado “Escola sem partido”, que vem provocando mais discussões calorosas do que debates profundos nos últimos meses no Brasil, nos cenários municipal, estadual e federal, prevê em seu artigo segundo, inciso I, “a neutralidade política, ideológica e religiosa do Estado” (http://www.programaescolasempartido.org/pl-federal/).
Trata-se de uma separação entre a liberdade de pensamento como direito resguardado do sujeito e o poder Estado, entendido como entidade máxima que legisla sobre as ações dos cidadãos, neste caso, em especial, àqueles que são servidores públicos, os professores, que devem, segundo o ante-projeto, atender a uma série de restrições nas atividades de ensino. Tais restrições, segundo o projeto, estão previstas na Constituição Federal e já deveriam ser respeitadas, mas o ante-projeto se justifica na medida em que muitos professores vêm fazendo uso indevido do espaço da sala de aula. O assunto é sério, precisa ser debatido amplamente, para que tomemos as decisões mais acertadas no que diz respeito à Educação em nosso país, área que, como todos sabemos, além de ser fundamental para o desenvolvimento dos cidadãos brasileiros e para o futuro de nosso país, nunca foi tratada como área estratégica e pensada como um projeto de desenvolvimento humano e social e de longo prazo na nossa história. Este pequeno texto chama a atenção para a importância de discutirmos não apenas este projeto de lei, mas todos aqueles que são fundamentais para a consolidação do Brasil como um Estado democrático de direito, que respeita os indivíduos e preza pelo cuidado com seus cidadãos. Contudo, a expressão “neutralidade política, ideológica e religiosa do Estado” é de profundo interesse do ponto de vista da filosofia. Sobre a possibilidade de neutralidade do pensamento, seja ele ideológico, religioso, político ou científico, marque a alternativa que expressa essa ideia de forma mais criteriosa da perspectiva da filosofia.
A liberdade do pensamento e da expressão do pensamento são os bens mais valiosos que devemos assegurar, ainda que isto custe a liberdade individual de uma parcela da sociedade, situação esta que deve ser vigiada e controlada pelo Estado;
Apesar de a filosofia defender ao longo da sua história a ideia de que o sujeito pode e deve pensar por si mesmo, condição que garantiria sua liberdade e o exercício de sua emancipação em relação à sociedade e ao Estado, a própria filosofia talvez não tenha conseguido se desvencilhar de todas as formas de opressão, ou mesmo ter se separado totalmente da religião e do Estado. Afinal, a ideia de neutralidade de qualquer discurso é que deve ser problematizada;
A ideia de neutralidade da ciência ainda não foi compreendida e aceita totalmente, e por isso alguns Estados ainda não conseguiram construir um ambiente livre e democrático, que respeite as individualidades e que tenha como parâmetro de julgamento a verdade científica, que é isenta, neutra e pode promover os avanços e o desenvolvimento social que precisamos;
O Estado deveria unificar todas as correntes de pensamento, centralizando tanto o poder religioso e político, quanto a produção do conhecimento científico. Somente quando o Estado for mais forte que o poder das religiões e estiver acima de qualquer interesse político-partidário não correremos o risco de ter que interferir em nossas instituições, com as escolas e universidades, por exemplo, porque não será preciso comparar e discutir as divergências ideológicas;
O ocidente tem feito um esforço histórico enorme, nas últimas décadas, para poder contribuir com o avanço da liberdade e da democracia em todo o mundo. Nosso modelo de Estado, resultante da Revolução Francesa e consolidado depois da queda do muro de Berlim, deve ser levado para os países que ainda não conseguiram se libertar da opressão da fusão entre Estado e religião, e tem contribuído cada vez menos para o progresso da ciência.
Vivemos nos últimos anos um ambiente conturbado no cenário político brasileiro, que não pode ser ignorado. Do ponto de vista filosófico, chama a atenção tanto o discurso de ódio crescente quanto a valorização de uma lógica maniqueísta, que tem simplificado nossos problemas, nossas diferenças e nossas atitudes a duas possibilidades, adotando o bordão popular da eterna disputa “fla x flu”, semelhante a “bem x mal”, “certo x errado”, entre outros. A filosofia surge justamente como negação dessa simplificação, no maniqueísmo e da generalização. Em sua obra, Por uma moral da ambiguidade (1947), a filósofa Simone de Beauvoir (1908-1986) enfrenta essa lógica simplificadora e defende a necessidade de pensarmos a partir da ambiguidade e da diferença, e não tentando ignorá-las.
Pensando a partir da proposta de uma moral da ambiguidade, assinale a alternativa que não condiz com o pensamento de uma ética não maniqueísta.
Ainda no século XIX, Friedrich Nietzsche também contestou a construção de uma lógica maniqueísta em seu livro, Genealogia da moral, no qual ele investiga a gênese da moral no ocidente;
Jean-Paul Sartre, ao sustentar a ideia de que a existência precede a essência, tese fundamental do Existencialismo, também se mostrou contrário a uma perspectiva pré-determinada das ações humanas, negado que elas possam ser julgadas previamente;
Tal lógica simplista, que admite que estabelecer polos antagônicos torna os julgamentos e a compreensão da realidade mais fáceis e objetivos, alimenta uma formação humana mais padronizada e corrobora com a ideia de uma vida administrada pela previsibilidade dos acontecimentos;
Na verdade, o mais acertado seria admitir que essa lógica maniqueísta, mesmo sendo superficial, representa a natureza humana, que é resultado de um conflito entre razão e sensibilidade;
A estrutura dos preconceitos se assemelha bastante à ideia de uma lógica maniqueísta, porque a partir dela julgamos os desconhecidos ou os muito diferentes como sendo aqueles que, por não terem características semelhantes às nossas, podem ser julgados como piores, menos civilizados ou desenvolvidos.