Falácia

Por InfoEscola
Categorias: Filosofia
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Por Thais Pacievitch

Falácia é uma palavra de origem grega utilizada pelos escolásticos para indicar o “silogismo sofistico” de Aristóteles.

Segundo Pedro Hispano: “Falácia é a idoneidade fazendo crer que é aquilo que não é, mediante alguma visão fantástica, ou seja, aparência sem existência”. (p. 426)

Pedro Hispano (Papa João XXI) dedicou metade de sua obra Summulae logicales (séc. XIII) a refutação das falácias. Na lógica medieval, as falácias foram muito cultivadas, perdendo sua importância na lógica moderna.

Atualmente, falácia é entendida como qualquer erro de raciocínio, seguido de uma argumentação inconsistente. Considerando que um raciocínio pode falhar de inúmeras maneiras, as falácias foram classificadas em formais (tentativa de um raciocínio dedutivo válido, sem o ser) e informais (outro erro qualquer). Os vários tipos de falácia foram ainda nomeados.

Os tipos de falácia mais conhecidos são os seguintes

Falácia do homem espantalho – definir um termo para favorecimento próprio, utilizando posições defendidas por um opositor. Falácia muito utilizada por políticos.

Falácia das várias perguntas – muito utilizada pelos advogados em ocasiões oficiais, ao fazer uma pergunta que na verdade é múltipla, ou seja, uma pergunta que vale por duas ou mais perguntas, a qual não caberia como resposta um sim ou um não. Um exemplo clássico desse tipo de pergunta: “Já parou de bater em seu filho?” – que na verdade se desdobra: “Alguma vez já bateu em seu filho?” e “bate hoje em dia?”
Falácia da inversão dos quantificadores – Um exemplo desse tipo de falácia seria a seguinte afirmação: “Todas as pessoas tem uma mãe, então, há alguém que é mãe de todas as pessoas”.

Falácia do apostador – Crer na regularidade de um sistema de jogo (uma roleta, por exemplo) não viciado.

Outros tipos de falácias são as seguintes: da ignorância, da “bola de neve”, "depois disso, logo, por causa disso", (em latim post hoc ergo propter hoc), entre outras.

Vários autores indicam que a falácia se diferencia do sofismo por ser involuntária, não planejada, ao contrário do sofismo.

Fontes
ABBAGNANO, Nicola. Dicionário de Filosofia. Martins Fontes: São Paulo, 2000.
SIMON, Blackburn. Dicionários Oxfort de Filosofia. Jorge Zahar: Rio de Janeiro, 1997.

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