Lista de questões de vestibulares e do Enem sobre o filósofo Platão e suas ideias. Ler artigo Platão.
Para Platão, o que havia de verdadeiro em Parmênides era que o objeto de conhecimento é um objeto de razão e não de sensação, e era preciso estabelecer uma relação entre objeto racional e objeto sensível ou material que privilegiasse o primeiro em detrimento do segundo. Lenta, mas irresistivelmente, a Doutrina das Ideias formava-se em sua mente.
ZINGANO, M. Platão e Aristóteles: o fascínio da filosofia. São Paulo: Odysseus, 2012 (adaptado).
O texto faz referência à relação entre razão e sensação, um aspecto essencial da Doutrina das Ideias de Platão (427 a.C.-346 a.C.). De acordo com o texto, como Platão se situa diante dessa relação?
Estabelecendo um abismo intransponível entre as duas.
Privilegiando os sentidos e subordinando o conhecimento a eles.
Atendo-se à posição de Parmênides de que razão e sensação são inseparáveis.
Afirmando que a razão é capaz de gerar conhecimento, mas a sensação não
Rejeitando a posição de Parmênides de que a sensação é superior à razão.
Sobre o mito da caverna no livro A República, de Platão, é correto afirmar que ele:
simboliza o esforço do homem para alcançar a sabedoria.
representa o castigo dos homens que infringiram as leis da cidade.
mostra que a sabedoria não pode ser alcançada.
mostra que a sabedoria não está reservada a um só homem.
culpa o sábio pela situação dos prisioneiros.
refere-se à necessidade de investigar o mundo material.
sintetiza a visão platônica da educação.
Trasímaco estava impaciente porque Sócrates e os seus amigos presumiam que a justiça era algo real e importante. Trasímaco negava isso. Em seu entender, as pessoas acreditavam no certo e no errado apenas por terem sido ensinadas a obedecer às regras da sua sociedade. No entanto, essas regras não passavam de invenções humanas. RACHELS, J. Problemas da filosofia. Lisboa: Gradiva, 2009.
O sofista Trasímaco, personagem imortalizado no diálogo A República, de Platão, sustentava que a correlação entre justiça e ética é resultado de:
determinações biológicas impregnadas na natureza humana.
verdades objetivas com fundamento anterior aos interesses sociais.
mandamentos divinos inquestionáveis legados das tradições antigas.
convenções sociais resultantes de interesses humanos contingentes.
sentimentos experimentados diante de determinadas atitudes humanas.
Platão, filósofo grego e um dos pensadores mais influentes da história da filosofia, deixou quase toda sua filosofia escrita em forma de diálogos. Na maioria deles, Sócrates é a personagem principal que debate com demais interlocutores os temas relevantes que constituem, de certa forma, o todo da filosofia de Platão. A forma de diálogo pode ser caracterizada como:
A demonstração de que Platão e os autores de sua época desconheciam outra forma de escrita;
Apenas uma forma que facilitava lembrar o texto, visto que se tratava de uma cultura da oralidade;
Uma estratégia adequada que privilegiava a construção do pensamento de forma dialética através da maiêutica socrática;
A demonstração de que Platão não dominava completamente os problemas que ele discutia e, por isso, precisava recorrer às ideias de outras pessoas;
Uma estratégia pedagógica para facilitar o uso das obras na Academia, escola fundada por Platão.
A República de Platão é uma das obras mais lidas e reconhecidas da História da humanidade. Seu tema principal é:
A construção de uma cidade ideal, que Platão implanta de fato em uma terra distante de Atenas, como nos narra depois em sua Carta Sétima;
O conceito de verdade construído na Alegoria da Caverna, o que demonstra que toda a construção da cidade não passa de uma metáfora e que o tema que interessa realmente a Platão não é política, e sim conhecimento;
A arte e sua necessária submissão à ciência, como fica claro nos livro III e X em que Platão argumenta não ser a arte uma atividade racional;
A ética e a política, embora Platão argumente que a cidade ideal não pudesse ser construída. Ela precisava ser pensada a fim de iluminar os governantes;
Uma política que deve ser submetida não aos desígnios das vontades subjetivas mas a um governo estabelecido em bases racionais.
Platão, em sua obra, A República, fala de uma ética teleológica, isto é, uma ética cujo princípio não é o que realmente se faz, mas o que se deveria fazer. Esta postura de Platão está baseada naquilo que ficou conhecido como Teoria das Ideais, sobre a qual é correto afirmar que:
É a teoria em que Platão, através da imagem da expulsão dos poetas da República, define que devemos nos concentrar no mundo sensível, para conhecer corretamente a realidade;
É a teoria em que Platão separa o conhecimento em dois tipos: o estético e moral;
É a teoria em que Platão define o conhecimento como uma passagem a uma intuição intelectual totalmente diferente do conhecimento dado no mundo sensível;
É a teoria em que Platão define as Ideias como entidades imateriais inacessíveis ao intelecto humano;
É a teoria atribuída a Platão erroneamente, pela tradição Cristã, na Idade Média, uma vez que Platão nunca pensou as ideias como entidades com existência real.