Radiação Gama

Por InfoEscola
Categorias: Física Nuclear
Ouça este artigo:
Este artigo foi útil? Considere fazer uma contribuição!

Por André Luiz Silva da Silva

Processos nucleares ou radioativos são aqueles oriundos do núcleo atômico, ou diretamente pela emissão de partículas (massa), ou através de uma modificação de sua estrutura interna (energia). A radiação gama, também denominada de raios gama, é um tipo de radiação de natureza eletromagnética (pode se propagar no vácuo, pois, assim como a luz, não necessita de um meio material para propagação). É representada na forma 0γ0.

A radiação Alfa é barrada facilmente por uma folha de papel; a beta, por uma chapa de alumínio, e a gama, por uma chapa grossa de chumbo.

A radiação gama geralmente é produzida por elementos químicos radioativos, como o urânio ou o polônio. Apresentam comprimentos de onda muito baixos, da ordem de picômetros, o que aumenta o seu poder de penetração. Devido a sua alta taxa de energia, apresenta um efeito ionizante, podendo causar danos irreparáveis ao núcleo celular, sendo muitas vezes empregadas na esterilização de equipamentos médicos e hospitalares, assim como em determinados alimentos.

Sua produção está sempre associada às radiações alfa ou beta. Ocorre que após a emissão desse tipo de radiação, muitas vezes o núcleo atômico sofre um processo de reorganização, isto é, de passagem de um estado excitado para outro de menor energia, dando origem à emissões eletromagnéticas. Dessa forma, é comum ter-se uma emissão alfa seguida por uma gama, ou uma emissão beta seguida por uma gama. “Analogamente a raios X, a radiação gama é produzida pela transição de um estado excitado para um de menor excitação, porém no núcleo. Uma transição (pela emissão de raio m sempre leva diretamente ao estado de menor excitação possível para um determinado núcleo. Em muitos casos ocorre a emissão de diversos raios gama em cascata, até que seja atingido o estado de menor excitação”¹.

Algumas enfermidades são hoje tratadas com utilização da radiação gama, como é o caso do câncer. O paciente fica exposto por determinado período à radiação, sem contato direto de sua fonte emissora. O nome dado a esse procedimento é teleterapia, e tem se mostrado efetivo na desaceleração da replicação de células defeituosas.

Referências:
1. http://apostilas.cena.usp.br/Elisabete/aula_gama.pdf
ATKINS, Peter; JONES, Loreta; Princípios de Química: questionando a vida moderna e o meio ambiente, Porto Alegre: Bookman, 2001.
Ilustração: http://edtech2.boisestate.edu/lindabennett1/502/Nuclear%20Chemistry/types%20of%20decay.html

Este artigo foi útil? Considere fazer uma contribuição!