As forças responsáveis pelas mudanças no movimento dos corpos podem ter diversas origens. A mais conhecida do homem, apesar de passar despercebida muitas vezes é a força gravitacional. A matéria se condensa em regiões limitadas do espaço, pura e simplesmente pela atração gravitacional mútua entre as massas que a constitui. Além destas, existem as interações de natureza elétrica, de natureza nuclear forte e nuclear fraca.
A inércia é grande responsável pelo conjunto de fatores que tornam perceptíveis este tipo de interação, sendo ela de relevante necessidade para se tornar a força um ente físico de natureza válida.
Assim sendo, as forças aplicadas são respondidas com as forças de inércia, conforme o princípio do trabalho virtual.
Ao serem analisadas as situações, basicamente se supõe que o sistema está sujeito à interações devido às forças aplicadas e às forças de inércia.
É o caso de uma partícula presa a um barbante, executando um movimento circular. Devido à inércia, o objeto tende a permanecer se movimentando em linha reta e com velocidade constante (NEWTON - 1687), em Principia.
No referencial do observador que acompanha o objeto no movimento rotatório, observa-se apenas que o objeto exerce uma força tal que estica o barbante:
Esta é a força centrífuga. Já para a pessoa que encontra-se num referencial em repouso, vê uma pessoa girando, e o objeto preso ao barbante o faz esticar devido à inércia citada anteriormente. Ou seja, pela força centrípeta aplicada pelo barbante. Matematicamente, a expressão para a força centrípeta Fcp é escrita:
Fcp = m.v²/R
Onde R é o raio da órbita, ou seja, a distância entre o ponto fixo e o objeto que executa o movimento circular.
A aceleração centrípeta é a razão entre a força centrípeta e a massa. Logo, a aceleração centrípeta é dada por:
acp = v²/R
A intensidade da força centrifuga Fcf é a mesma da força centrípeta, e podem ser calculadas pela mesma expressão:
Fcf = m.v²/R
Sendo assim, a aceleração centrífuga assume a forma:
acf = v²/R
Ambas, aceleração centrífuga e aceleração centrípeta, tem mesma direção, porém sentido contrário. Da mesma forma, a força centrípeta tem mesma intensidade e direção da força centrífuga, porém tem sentido contrário. Não pode-se afirmar que são forças de reação, pois dependendo referencial em que se está observando admite-se diferente interpretação.
Referências bibliográficas:
HALLIDAY, David, Resnik Robert, Krane, Denneth S. Física 1, volume 1, 4 Ed. Rio de Janeiro: LTC, 1996. 326 p.
FORATO, Thaís C. M. Em: Isaac Newton. Biografias. Disponível em: [http://www.ifi.unicamp.br/~ghtc/Biografias/Newton/Newton3.htm]