Aplicações práticas da Física

Por Thais Marina Fernandes

Mestre em Oceanografia Física (USP, 2019)
Graduada em Física (UFABC, 2016)

Categorias: Física
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Na física estudamos os fenômenos que nos cercam, e isso é feito através de experimentos, equações e teorias. E tudo isso não é apenas teoria, ou seja, pode ser aplicado na nossa vida diária, muitas vezes sem nem nos darmos conta disso. Vejamos alguns exemplos da física no nosso cotidiano.

Física Clássica

Historicamente, definimos que a física clássica é aquela desenvolvida até antes do século XX. Mas nem por isso, ela não está presente no nosso dia a dia. Vejamos exemplos de onde ela aparece:

Garrafa térmica

Dispositivo construído com o intuito de evitar a perda de calor por líquido. Ela é constituída por uma ampola de vidro com paredes duplas, onde há vácuo entre essas paredes, dificultando a perda de calor por condução. A parte interna dessa ampola é espelhada, evitando a perda de calor por irradiação. A tampa da garrafa é feita de material isolante térmico, evitando a perda de calor por convecção.

Ar condicionado

O princípio de funcionamento do ar condicionado também envolve teorias clássicas. O aparelho suga o ar ambiente, levando isso até o chamado evaporador. Lá ar entra em contato com um gás refrigerante líquido, que resfria o ar quente, devolvendo ele com menor temperatura.

Geladeira

A geladeira utiliza mais ou menos a mesma ideia do ar condicionado para refrigerar os alimentos. Porém essa diminuição de temperatura é realizada no compressor e em caminhos internos.

Física Moderna

Os princípios e teorias da física moderna também são base para inúmeras coisas presentes no nosso dia a dia. Seguem alguns exemplos, baseados nos princípios:

Antena parabólica, televisor, computador e monitores de cristal líquido

São tecnologias que surgem a partir da ideia do fóton emissor. Com isso é possível trabalhar com propriedades dos cristais permitem armazenar, ampliar, direcionar, captar e emitir sinais.

Equipamentos envolvendo essa ideia de fóton emissor não se resumem a isso, eles aparecem também em lâmpadas que acendem sozinhas (fotossensíveis), em fotômetros (equipamento usado para medir a luminosidade), etc.

Transmissores de rádio antigos, dispositivos de eletroterapia e geradores de alta tensão

Esses são exemplos do uso da bobina de Tesla, um equipamento que produz tensões alternadas da ordem de dezenas de quilovolts com frequências na faixa de MHz.

Lâmpadas de mercúrio é sódio

Nesse tipo de lâmpada, utilizada em iluminação púbica, temos um tubo interno que emite o espectro característico do Mercúrio e também linhas no ultravioleta, que são barradas por um bulbo externo.

Essas lâmpadas funcionam a partir de descargas elétricas num meio gasoso que utiliza um plasma de vapor de sódio para produzir luz.

Normalmente são utilizadas na iluminação pública porque tem uma alta vida útil.

Entre as duas opções a mais eficiente é a lâmpada de sódio.

Leitor de código de barras

O Leitor de código de barras é um equipamento composto por um fotodiodo emissor e um fotodiodo receptor, dispostos frente a frente. Quando o atendente passa o código na frente do aparelho, o leitor irá captar as variações da luz incidente sobre o fotodiodo receptor, depois, através de um programa, os dados são convertidos do sistema binário para o seu correspondente decimal.

Nanotecnologia

A nanotecnologia é a manipulação da matéria em escala atômica. Seu uso aparece nas mais diversas áreas, entre elas: em displays de telefonia celular, em computadores, em discos rígidos, na medicina, na área de estética, etc.

LASER

Laser são dispositivos que produzem radiação eletromagnética com características específicas: monocromática, coerente e colimada.

Seu uso está nas mais diversas áreas: medicina, estética, iluminação, construção, leitor código barras, cortes, leitor CD e DVD, uso militar, etc.

Tomografia por emissão de Pósitrons (PET)

Esse equipamento funciona detectando raios gamas. Ele é usado para fazer diagnósticos médicos utilizando imagens do corpo. A ideia aqui é injetar no corpo uma substância radioativa, onde a PET irá detectar os raios gama emitidos no local onde um pósitron, emitido da substância radioativa, colidindo com um elétron do tecido a ser investigado.

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