Recebe o nome de capilaridade a tendência que algumas substâncias apresentam de subirem ou descerem por paredes de tubos finos (tubos capilares) ou de se deslocar por curtos espaços existentes em materiais porosos, como tecidos de algodão ou esponjas. Esse mecanismo permite que os fluidos se desloquem ainda que estejam contra a força gravitacional.
Um líquido, ao entrar em contato com uma superfície sólida, é submetido a duas forças contrárias entre si: a coesão e a adesão. A coesão é o fenômeno capaz de manter as moléculas do líquido unidas (atração intermolecular); já a adesão consiste na atração das moléculas do líquido com as moléculas do tubo sólido. Sendo assim, quando estão dentro do tubo, as moléculas do líquido conseguem se aderir às paredes internas do tubo por adesão e arrastam as demais moléculas por coesão, e resulta no fenômeno da capilaridade.
O líquido pára de se deslocar pelo tubo capilar no momento em que a adesão passa a ser menor que a força de coesão. A altura atingida pelo líquido no interior do tubo depende do diâmetro do capilar: conforme aumenta o diâmetro do tubo, menor é o número de moléculas de líquido que se aderem à parede em relação às que são arrastadas para cima por coesão. Dessa forma, sabendo quanto mede o diâmetro de um tubo é possível calcular a altura que o líquido alcançará em seu interior, graças às forças de capilaridade.
Nas plantas, a capilaridade atua no deslocamento da seiva bruta, desde as raízes, onde ela é absorvida do solo, até o topo das árvores. É também possível observar o fenômeno da capilaridade nas gotas de água da chuva que molham o pára-brisa de um veículo parado e não escorrem, ou na absorção da água por um guardanapo, por exemplo.
Para observar um pouco do mecanismo de capilaridade pode ser feita uma experiência com flores brancas e corantes alimentícios. Basta fazer uma mistura de água com bastante corante (de preferência nas cores azul ou vermelha) e mergulhar as hastes das flores brancas nessa solução (como num jarro de flores). Depois de alguns minutos, essas flores ganharão a cor do corante em que foram submersas. Isso ocorre devido ao fenômeno de capilaridade, que faz com que a água corada seja conduzida até as pétalas das flores, colorindo-as também.
Referências:
http://www2.bioqmed.ufrj.br/ciencia/Cravo/cravo.htm
http://pt.wikipedia.org/wiki/Capilaridade
http://educacao.uol.com.br/quimica/capilaridade-a-passagem-natural-do-liquido-por-um-tubo-muito-fino.jhtm
Ilustração: http://cast.ap.buffalo.edu/courses/s08/arc640/Moran/log1.htm