Quando falamos de um corpo parado ou em movimento, falamos de sua velocidade, aceleração, distância percorrida ou espaço que ocupa, mas não do que faz esse corpo entrar em movimento (ou cessar esse movimento). Assim, força é o que faz um corpo variar sua velocidade. Ou seja, é o que confere (des)aceleração a um objeto.
Vamos imaginar um livro sobre uma mesa. Ele está parado sobre a mesa. A menos que algo aconteça (alguém o tire de lá, algo se choque com ele ou algo do tipo), ele permanecerá do mesmo modo. Sobre esse livro, agem as forças peso, que atrai o livro para o chão, e a normal, que é uma reação ao contato entre o livro e a mesa. Essas forças têm a mesma intensidade, mesma direção e sentidos opostos. Por isso, se anulam e o livro permanece parado.
Outro exemplo. Você lança uma bola sobre um chão antiderrapante. Ela vai rolar até parar por conta do atrito (um tipo de força, então, modifica a velocidade de um corpo) entre ela e o solo. Imagine, agora, que a chão é liso, a bola vai rolar por mais tempo até parar pois o atrito é menor. Então, é possível concluir, então, que se não houvesse atrito, a bola rolaria infinitamente até que algo a parasse.
Ou seja, a partir dos dois exemplos podemos concluir que se um corpo estiver parado, ele permanecerá parado e se estiver em movimento, assim continuará até que algo modifique seu estado. A essa propriedade de invariabilidade damos o nome de inércia.
Eis, então, a Primeira Lei de Newton, ou Lei da Inércia.
“Todo corpo permanece parado ou em movimento retilíneo uniforme (MRU) a menos que uma força seja aplicada nele”
Para descrever um movimento (ou a ausência dele) é necessário especificar a referência da observação. Por exemplo, quando estamos dentro de um ônibus que anda com velocidade constante estamos parados ou em movimento? A resposta depende de quem vê a situação. Se a pessoa está dentro do ônibus, ela vai falar que os demais passageiros estão parados. Enquanto alguém que está na calçada e vê o ônibus passar, dirá que os passageiros estão em movimento.
Vamos então imaginar que estamos dentro deste ônibus e o mesmo freia bruscamente. Por inércia, somos jogados para frente, pois esta era a tendência do movimento até uma força (da freada) agir sobre o ônibus e modifica-lo.
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