Definem-se como secreção as substâncias produzidas pelas células a partir de outras substâncias presentes na corrente sanguínea. O tecido epitelial glandular é a estrutura responsável pela produção e liberação das secreções. As células secretoras dão denominadas parênquimas e o tecido conjuntivo da porção interna da glândula que dá sustentação às células secretoras é denominado estroma.
As secreções podem ser classificadas segundo o tecido epitelial que as produzem: mucosas, serosas e mistas. As mucosas são espessas e ricas em muco (fluidos de alta viscosidade compostos basicamente de glicoproteínas), por exemplo, glândulas salivares. As serosas são mais claras, aquosas, apresentam maior fluidez e também são ricas em proteínas, por exemplo, glândulas secretoras do pâncreas. Já as mistas são uma espécie de mistura de serosas e mucosas, tendo característica de ambas, como é o caso das glândulas salivares parótidas.
As glândulas secretoras também podem ser classificadas de acordo com o local em que liberam secreções, podendo ser, então, endócrinas e exócrinas. As endócrinas não possuem ductos, portanto, depende da corrente sanguínea para serem distribuídas às mais diversas partes do corpo. Bons exemplos de secreção endócrina são os hormônios, que agem em locais distantes de onde são produzidos por meio de transporte do sangue. As exócrinas, ao contrário, são dotadas de ductos, que conduzem a secreção produzida pelas células para a superfície corporal.
Dentre os tipos mais comuns de secreção temos:
- Saliva - secreção produzida pelas glândulas salivares e bucais, que desempenham duas importantes funções no organismo: facilitam a deglutição dos alimentos e auxiliam no processo de digestão. A saliva é líquida, transparente, de pH neutro e tem a água como seu principal componente (95%). Além disso, exercem função de defesa, pois apresentam anticorpos que neutralizam a ação bacteriana.
- Lágrima - é produzida pelas glândulas lacrimais e é responsável pela lubrificação dos olhos e proteção dos mesmos contra corpos estranhos (partículas suspensas no ar e microrganismos em geral). É composta de água, sal e uma enzima denominada lisozima, que combate infecções por microrganismos patogênicos.
- Suor - secreção produzida pelas glândulas sudoríparas, localizadas no extrato tecidual hipodérmico, responsáveis pela regulação térmica do corpo. O suor é uma solução aquosa de sais, como cloreto de sódio e uréia, eliminado do corpo através dos poros da pele.
- Muco - secreção composta de água, células, sais e mucina (glicoproteína), que têm a função de proteger e lubrificar membranas mucosas, além de reter bactérias e partículas de poeira.
- Bile – ou suco biliar, é a secreção produzida pelo fígado e armazenada pela vesícula biliar. Por meio de canais próprios, é transportado ao duodeno, auxiliando na absorção de nutrientes. Também atua na digestão de lipídios, através da fragmentação de tais moléculas.
- Sucos digestivos - são secreções produzidas por glândulas digestivas, que atuam na conversão de moléculas complexas em moléculas mais simples, de modo a facilitar a digestão.
Referências:
http://www.dicio.com.br/secrecao/
http://acd.ufrj.br/labhac/epitelioglandular.htm
http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Histologia/epitelio10.php
Texto originalmente publicado em https://www.infoescola.com/fisiologia/secrecoes/