Rainha é o título nobiliárquico feminino correspondente a rei.
A esposa do rei passou a receber o título de Rainha em lugares que o gênero não era levado em consideração para distinção da liderança. Isso começou a acontecer no Antigo Egito e teve suas situações paralelas em reinos do Pacífico e também na Europa. Até mesmo os bizantinos chegaram a ter uma mulher como Basilissa, o que foi o caso da Imperatriz Irene.
Na bíblia aparece a citação de Salomé Alexandra, que é descrita como a Rainha de Sabá, um reino muito importante na história da Etiópia e do Iêmen. Uma Rainha reinante é uma qualificação que confere toda a soberania à uma mulher, uma monarca que desfruta do poder pleno, absoluto ou constitucional. O título contrasta com o de Rainha consorte, o qual designa a esposa de um homem reinante, um rei, sem exercer poder, mas apenas detendo um título de cortesia, de nobreza. O contrário também é possível, existe a caracterização de rei consorte, porém é raramente utilizada. Esta distinção foi usada somente duas vezes na história da monarquia britânica. Nas monarquias atuais em que as mulheres assumem o trono, o mais comum é a caracterização do homem como príncipe consorte. Em alguns casos, o homem é nomeado rei co-regente. Assim, torna-se também um soberano. Foi o que ocorreu com Guilherme III, marido de Maria II. Por sinal, foi a única ocasião em que houve uma co-soberania na Grã-Bretanha.
A sucessão de tronos segue regras diferenciadas em cada localidade. A sucessão mais típica nas monarquias europeias foi a primogenitura com preferência masculina. Desta forma, os filhos dos monarcas estavam em vantagem em relação às filhas para assumir seus respectivos reinos. Em alguns lugares, as mulheres eram completamente impossibilitadas de assumir o trono, como, por exemplo, na França. Todavia, as mulheres estiveram muito mais presentes na soberania de reinos do que imagina a cultura popular sobre o passado patriarcal. Mesmo que por apenas uma vez, o Sacro Império Romano foi governado por uma mulher, Maria Teresa de Habsburgo, com o título de Imperatriz. Outra notável marca da soberania de uma mulher está no reinado da Rainha Margarida I, a qual foi responsável por unificar todos os reinos escandinavos em um único país que ficou conhecido como União de Kalmar.
No Oriente, as mulheres também marcaram presença em reinos. Na China, Wu Zetian foi responsável por iniciar a dinastia Zhou. E no Japão, embora o trono esteja proibido atualmente para mulheres, elas já reinaram por oito vezes, com destaque para a Imperatriz Kogyoku-Saimei.
Texto originalmente publicado em https://www.infoescola.com/formas-de-governo/rainha/