Através da câmara escura é possível obter uma imagem em negativo, com a imagem invertida quanto às cores também na horizontal e na vertical. Isso se dá por conta da propagação retilínea dos raios luminosos.
A partir do surgimento da fotografia por processo de negativo-positivo, ocorreu uma mudança significativa na forma de fazer fotografia no mundo, pois este processo, utilizado até hoje na fotografia analógica, permite a produção de cópias ilimitadas em positivo da mesma fotografia, o que não era possível com processos anteriores que já produziam a imagem em positivo, como o daguerreótipo.
A transformação da foto de negativo para positivo se dá através do uso de um equipamento denominado sanduíche espelho, em uma sala completamente escura. É possível também o uso de lâmpadas ortocromáticas (lâmpadas vermelhas). Coloca-se então um papel fotográfico (fotossensibilizado com nitrato de prata) sobre a superfície e o negativo em contato com a superfície sensível do papel. Por último cobre-se os dois papéis com a chapa de vidro (daí o nome sanduíche espelho ou sanduíche de vidro) para garantir o total contato de ambas as superfícies. Depois disto, acende-se a luz branca por algum tempo para sensibilizar o papel fotográfico e produzir a imagem em positivo.
O aparecimento da imagem em positivo se dá através do processo de revelação de fotografia, o mesmo utilizado para a revelação do negativo. A imagem fica completamente invertida com relação ao negativo, pois a luz sensibilizará no papel fotográfico as áreas em que no negativo não foram sensibilizadas, fazendo com que assim as áreas escuras fiquem claras e vice-versa. Bem como as noções de esquerda e direita.