Veremos os casos em que a duração aberta começou mas ainda não terminou.
Esta duração é marcada pelos indicadores temporais que mostram um estado ou uma ação contínua.
1. DEPUIS, IL Y A... QUE, ÇA FAIT... QUE, VOILÀ... QUE (Desde, há... que, faz... que, eis... que):
> Depuis + expressão de tempo (duração em números, advérbios de tempo, datas, acontecimentos):
Ex: Il habite à Paris depuis six mois / depuis peu de temps / depuis le 3 avril / depuis la mort de ses parents. (Ele mora em Paris há seis meses / há pouco tempo / desde 3 de abril / desde a morte de seus pais).
Como podemos perceber, “depuis” pode ter algumas traduções, segundo a palavra que ela acompanha, mas sempre com o mesmo sentido.
> ÇA FAIT + expressão de tempo (duração em números ou advérbios de tempo) + QUE (mais familiar, coloquial)
Ex: Ça fait deux mois / peu de temps / qu’il habite à Paris. (Faz dois meses / pouco tempo / que ele mora em Paris).
> VOILÀ + expressão de tempo (duração em números ou advérbios de tempo) + QUE:
Ex: Voilà deux mois / peu de temps / qu’il habite à Paris.(Eis dois meses / pouco tempo / que ele mora em Paris).
Observe o lugar de cada uma dessas expressões na frase.
– Que tempo deve-se utilizar com essas expressões?
Tudo depende do verbo. Em princípio, encontraremos o presente de indicativo se o contexto está no presente e o imperfeito do indicativo se o contexto está no passado. Estes dois tempos indicam um estado contínuo, uma ação contínua.
Ex: Elle vit dans cette ville depuis longtemps. (Ela vive nesta cidade há muito tempo). O verbo “vivre” (viver) marca um estado contínuo no presente).
Ex: Ils étaient mariés depuis plusieurs années lorsqu’ils ont eu leur preimier enfant. (eles estavam casados há muitos anos quando eles tiveram seu primeiro filho). O verbo “être” (ser / estar) marca um estado contínuo no passado.
Mas quando o verbo está acompanhado da negação “NE... PAS”, ele pode ser colocado no “passé composé” com “depuis” e as expressões sinônimas: il y a... que, ça fait... que.
Certos gramáticos fazer reparar que o presente traz um valor contínuo, mais geral, enquanto que o “passé composé” exprime um valor mais preciso, mais contextual.