As relações entre os diferentes tempos do passado 2: outros tempos verbais
1. As relações entre o “imparfait” e o “passé simple”:
As relações entre “passé simple” (passado simples) e “imparfait” (imperfeito) são aproximadamente as mesmas que aquelas que existem entre o “passé composé” (passado composto) e o “imparfait”.
O “passé simple”, tempo da narrativa, serve para exprimir ações completamente terminadas no passado, que se destacam no primeiro plano.
Os imperfeitos que o acompanham servem de plano de fundo, definem o ambiente, descrevem as circunstâncias, introduzem comentários, detalhes, precisões.
Um texto no passado pode ser perfeitamente compreensível sem a necessária utilização do “imparfait” no seu corpo, mas seria muito mais “seco” que um texto que o utilizasse, já que um texto sem o “imparfait” se contentaria em enunciar os fatos.
2. As relações entre o “passé composé” e o “passé simple”:
* Uma primeira observação: os dois tempos verbais não são absolutamente intercambiáveis.
Quando se escreve um texto no passado, é sempre possível utilizar um “passé composé” no lugar de um “passé simple”. De fato, o “passé composé” tem numerosos empregos e é utilizado frequentemente para contar acontecimentos passados.
Ex: Napoléon mourut (p. simple) à Saint-Hélène = Napoléon est mort (p. composé) à Saint Hélène. (Napoleão morreu em Saint-Hélène).
Mas, inversamente, não se pode em todos os casos substituir um “passé composé” por um “passé simple”, pois este tem uma utilização muito mais restrita (é unicamente o tempo da narrativa) do que aquele.
Ex: Ça y est, elles ont fini d’étudier (Pronto, elas terminaram de estudar).
Neste caso, seria impossível dizer: "elles finirent d’étudier”.
* Mesmo sendo raro encontrar em um mesmo texto no passado o “passé composé” e um “passé simple”, não é impossível, sobretudo quando se quer produzir um efeito de estilo. Nesse caso, os enunciados que estão no “passé composé” indicam a relação com o presente do locutor, seus comentários, por exemplo.