Ao nascer, o bebê pode ser saudável ou pode apresentar alguma anomalia congênita, que pode ser ancorada a um problema genético ou pode ser induzida por uso de substâncias nocivas durante a gravidez, ou ainda, causada pela falta de líquido amniótico.
Muitos termos são usualmente conhecidos, tais como: malformação, perturbação, deformação ou displasia. Tanto faz qualquer um desses termos, o resultado de nossos pensamentos é o mesmo: não correspondem a algo de bom. Pesquisas em escala mundial nos revelam que o principal indício de mortalidade infantil pode ser atribuído à pelo menos um desses termos. Então, para melhor entendermos esses termos, a seguir teremos a descrição de cada um:
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Malformação
Se um órgão apresenta uma alteração em sua estrutura morfológica (em parte ou na totalidade), temos um defeito morfológico. Se for comprovado que este defeito foi causado por uma anormalidade cromossômica, pode-se dizer que é uma alteração morfogenética. Esta pode ser herdada.
Perturbação
Se um bebê nasce com um defeito morfológico provocado por uma interferência externa, tal como teratógenos (drogas ou vírus, por exemplo), será classificado como perturbação. Este fator não é hereditário, mas fatores hereditários podem predispor a uma perturbação.
Deformação
Isto ocorre graças às forças mecânicas, causando uma forma ou aparência anormal de uma determinada porção corpórea. Pode-se citar como exemplo o “pé equinovaro”, que é causado pela insuficiência de líquido amniótico, resultando no pé torto do bebê. Esta alteração é causada por forças mecânicas externas.
Displasia
É a formação alterada de um determinado tecido, aonde as células irão se dispor de forma inusitada e não esperada, considerando os padrões. Não há uma causa específica para o acontecimento da displasia.
Para tantos termos e tantas alterações, existe atualmente um ramo da ciência que se dedica a estudar minuciosamente as causas de cada evento ocorrido: a teratologia. Algumas dessas anomalias podem ser detectadas antes do nascimento, mas outras só após por serem quase que imperceptíveis. Apesar das causas quase sempre serem os fatores genéticos ou ambientais, separadamente, ainda pode acontecer o que denomina-se herança multifatorial (a combinação e ação dos dois fatores).
Com base no esquema abaixo pode-se concluir que a maioria das causas é ainda desconhecida, mas a perseverança da herança multifatorial é relevante.
Bibliografia:
MOORE, K.L.; PERSAUD, T.V.N. The developing human: clinically oriented embryology. 7ª ed. Elsevier. USA, 2003.
https://web.archive.org/web/20090919061850/http://www.msd-brazil.com:80/msd43/m_manual/mm_sec23_254.htm
http://www.scielo.br/pdf/csp/v21n4/08.pdf