Lista de questões feitas em vestibulares sobre a América Latina. Ler artigo América Latina.
Recentemente, aspectos de ordem política e humano-econômica da América Latina têm contribuído para modificar a participação desse Subcontinente no cenário mundial. Considerando-se esses aspectos, é INCORRETO afirmar que o Subcontinente Latino-Americano:
é um dos grandes exportadores mundiais de combustíveis fósseis e oferece outras possibilidades energéticas em diversidade e volume que permitem sua utilização em outras partes do mundo.
exerce grande poder de atração sobre empresas multinacionais, por abrigar considerável mercado potencial, formado por população numerosa e, ainda, com grande parte de suas necessidades não-atendidas.
registra, hoje, graças ao emprego de tecnologias nele geradas, ritmo de desenvolvimento industrial que supera aquele verificado em outras regiões do mundo, que também abrigam países em desenvolvimento.
tem gerado dúvidas sobre a segurança dos investimentos externos na região, devido às recentes nacionalizações de unidades industriais estrangeiras localizadas em alguns dos países que o constituem.
Sobre conflitos vividos na América Latina, é incorreto afirmar:
Hugo Chavez fechou um canal de televisão na Venezuela, provocando protestos naquele país.
No Chile, Augusto Pinochet liderou um golpe que pôs fim ao governo democraticamente eleito de Salvador Allende.
A Argentina teve uma das mais violentas ditaduras, e externamente se envolveu na Guerra das Malvinas, em 1982, contra a Inglaterra.
O escândalo chamado Irã-Contras mostrou a interferência do governo norteamericano nos destinos da Nicarágua .
Entre as ditaduras sul-americanas, o governo de Alfredo Stroessner, no Paraguai, destacou-se com a Guerra ao Contrabando , que transformou aquele país em potência produtiva mundial.
É incorreto afirmar, em relação à América Latina:
O Mercosul tem sido eficiente na consolidação de uma autêntica América Latina.
Existem novos movimentos sociais, de caráter urbano e também rural, comuns em quase todos os países latino-americanos.
Existe um inchaço das metrópoles, nos países da América Latina, e grandes dificuldades em relação à habitação e à saúde, nas grandes cidades.
Em relação às ações sociais, cresce o número de organizações de caráter não governamental que buscam alternativas para enfrentar problemas sociais comuns aos países latino-americanos.
Mesmo se admitindo que houve um crescimento das idéias de democracia e de liberdade de expressão na América Latina, ainda precisamos amadurecê-las.
A política norte-americana para a América Latina, no período de 1945 a 1975, pode ser dividida em duas ações distintas. Essas distinções estão relacionadas, de um lado, ao processo da Guerra Fria, e de outro, aos controles econômicos e políticos da região. Assinale a alternativa que indica corretamente as duas fases da política externa norte-americana para a América Latina.
Até a Revolução de 1964 no Brasil, tinha como principal ação a defesa dos governos caudilhistas, com o propósito de manter os estados latino americanos rurais; a partir da Revolução Cubana, o ponto forte da política norte-americana foi apoiar os movimentos de guerrilha contra os estados democráticos do continente.
Até 1958, tinha como base a industrialização dos países subdesenvolvidos com o incremento da produção de produtos terciários; após a vitória política de Allende no Chile, esta política agiu no sentido de apoiar os movimentos de esquerda.
Até a Revolução Cultural Chinesa, era de modernização dos estados da América do Sul, com apoios concretos aos setores médios urbanos; após a Guerra da Coréia, esta política teve como base o favorecimento dos governos liberais.
Até a Revolução Cubana, esta política promovia o desenvolvimento de regimes liberais; após o fracasso da invasão da Baia dos Porcos, sua ação é de apoio aos setores militares para criação de regimes autoritários e combate ao avanço dos partidos de esquerda.
Até a crise dos mísseis, tinha como eixo a defesa dos governos autoritários de base rural; após o colapso político da União Soviética, a política norte americana definiu-se como de luta pelo mundo livre.
Leia o segmento abaixo, sobre a história da América Latina em fins do século XIX e início do XX.
O meio século seguinte, e particularmente o período que vai até a Primeira Guerra Mundial, foi para a maioria dos países latino-americanos a “Idade de Ouro” do crescimento econômico com base predominantemente na exportação, da propriedade material (pelo menos para as classes dominantes e as classes urbanas), do consenso ideológico e da estabilidade política. BETHELL, L. Introdução. In: BETHELL, L. (org.). História da América Latina: da Independência até 1870. Edusp: São Paulo, 1994. v. 3. p. 17.
O meio século seguinte, e particularmente o período que vai até a Primeira Guerra Mundial, foi para a maioria dos países latino-americanos a “Idade de Ouro” do crescimento econômico com base predominantemente na exportação, da propriedade material (pelo menos para as classes dominantes e as classes urbanas), do consenso ideológico e da estabilidade política.
BETHELL, L. Introdução. In: BETHELL, L. (org.). História da América Latina: da Independência até 1870. Edusp: São Paulo, 1994. v. 3. p. 17.
A “Idade de Ouro”, referida no segmento, vincula-se a um fenômeno social e político mais amplo.
Assinale a alternativa que indica esse fenômeno.
A estruturação de sociedades aristocráticas de Antigo Regime em toda a América Latina.
A dominação dos Estados latino-americanos pelas oligarquias vinculadas à produção agroexportadora.
A ampla democratização da vida econômica e política dos países da América Latina durante o período.
A massiva industrialização e modernização econômica ocorrida em toda a região, ao longo daqueles anos.
A dissolução dos estados oligárquicos através de revoluções sociais e democráticas, como ocorreu na Bolívia e na Nicarágua.
Leia as afirmações abaixo, sobre a história da América Latina contemporânea.
I - Entre o fim da década de 1990 e início dos anos 2000, a Argentina enfrentou uma forte crise econômica, causada pela adoção de políticas neoliberais e pelo aumento de sua dívida pública, que culminou nos distúrbios políticos de 2001. II - Em junho de 2009, o presidente hondurenho Manuel Zelaya foi deposto por um golpe de estado judicial-militar, preso e levado de forma clandestina à Costa Rica, em episódio amplamente condenado pela comunidade internacional. III - Em 2011 e 2012, ocorreram no Chile importantes manifestações estudantis que demandavam a ampliação do ensino público e a ampla reforma do sistema educacional do país, herdado da ditadura de Augusto Pinochet.
Quais estão corretas?
Apenas I.
Apenas II.
Apenas III.
Apenas I e II.
I, II e III.
Leia o segmento abaixo.
Nenhum dos grupos em disputa pelo poder pretendia modificar a estrutura econômica e social herdada da colônia. Assim, os novos países permaneceram predominantemente agrários, com base no latifúndio; mantiveram as relações produtivas pré-capitalistas, inclusive com o crescimento do trabalho compulsório (servil, semisservil e escravo). WASSERMAN, Claudia. História Contemporânea da América Latina, 1900-1930. Porto Alegre: Editora da Universidade, 1992. p. 9-10.
Nenhum dos grupos em disputa pelo poder pretendia modificar a estrutura econômica e social herdada da colônia. Assim, os novos países permaneceram predominantemente agrários, com base no latifúndio; mantiveram as relações produtivas pré-capitalistas, inclusive com o crescimento do trabalho compulsório (servil, semisservil e escravo).
WASSERMAN, Claudia. História Contemporânea da América Latina, 1900-1930. Porto Alegre: Editora da Universidade, 1992. p. 9-10.
O segmento faz referência a um contexto histórico da América Latina. Assinale a alternativa que representa esse contexto.
Derrota dos diversos movimentos de independência latino-americanos, no início do século XIX, e manutenção da dominação espanhola até o início do século XX.
Manutenção das estruturas sociais herdadas do período colonial e constituição de Estados oligárquicos em toda a América Latina, no século XIX.
Diversificação produtiva, característica das economias nacionais latino-americanas no século XIX.
Criação de Estados democráticos em toda a região, após as guerras de independência do século XIX.
Vitória das diversas revoltas de indígenas e escravos, logo após as independências, e fim do trabalho compulsório por toda a região.
Leia as afirmações abaixo, sobre o processo de redemocratização na América do Sul.
I - Na Argentina, o retorno à democracia ocorreu após a derrota do país na Guerra das Malvinas, com o julgamento dos integrantes da Junta Militar que governou o país entre 1976 e 1983. II - No Chile, a transição democrática ocorreu de forma negociada com o ex-ditador Augusto Pinochet, que se manteve como comandante das Forças Armadas até 1998. III - No Uruguai, a redemocratização ocorreu após a guerra civil, quando os Tupamaros venceram as forças do governo militar.
Apenas I e III.
Apenas II e III.
Há dois lados na divisão internacional do trabalho [DIT]: um em que alguns países especializam-se em ganhar, e outro em que se especializaram em perder. Nossa comarca do mundo, que hoje chamamos de América Latina, foi precoce: especializou-se em perder desde os remotos tempos em que os europeus do Renascimento se abalançaram pelo mar e fincaram os dentes em sua garganta. Passaram os séculos, e a América Latina aperfeiçoou suas funções. Este já não é o reino das maravilhas, onde a realidade derrotava a fábula e a imaginação era humilhada pelos troféus das conquistas, as jazidas de ouro e as montanhas de prata. Mas a região continua trabalhando como um serviçal. Continua existindo a serviço de necessidades alheias, como fonte e reserva de petróleo e ferro, cobre e carne, frutas e café, matérias-primas e alimentos, destinados aos países ricos que ganham, consumindo-os, muito mais do que a América Latina ganha produzindo-os. Eduardo Galeano. As Veias Abertas da América Latina. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1981. Adaptado.
Há dois lados na divisão internacional do trabalho [DIT]: um em que alguns países especializam-se em ganhar, e outro em que se especializaram em perder. Nossa comarca do mundo, que hoje chamamos de América Latina, foi precoce: especializou-se em perder desde os remotos tempos em que os europeus do Renascimento se abalançaram pelo mar e fincaram os dentes em sua garganta. Passaram os séculos, e a América Latina aperfeiçoou suas funções. Este já não é o reino das maravilhas, onde a realidade derrotava a fábula e a imaginação era humilhada pelos troféus das conquistas, as jazidas de ouro e as montanhas de prata. Mas a região continua trabalhando como um serviçal. Continua existindo a serviço de necessidades alheias, como fonte e reserva de petróleo e ferro, cobre e carne, frutas e café, matérias-primas e alimentos, destinados aos países ricos que ganham, consumindo-os, muito mais do que a América Latina ganha produzindo-os.
Eduardo Galeano. As Veias Abertas da América Latina. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1981. Adaptado.
Sobre a atual Divisão Internacional do Trabalho (DIT), no que diz respeito à mineração na América Latina, é correto afirmar:
O México é o país com maior produção de carvão, cuja exportação é controlada por capital canadense. Para tal situação, o padrão de dominação Norte/Sul na DIT, mencionado pelo autor, é praticado no mesmo continente.
A Colômbia ocupa o primeiro lugar na produção mundial de manganês, por meio de empresas privatizadas nos dois últimos governos bolivarianos, o que realça sua posição no cenário econômico internacional, rompendo a dominação Norte/Sul.
O Chile destaca-se pela extração de cobre, principalmente na sua porção centro-norte, que é, em parte, explorado por empresas transnacionais, o que reitera o padrão da DIT mencionado pelo autor.
A Bolívia destaca-se como um dos maiores produtores de ferro da América Latina, e, recentemente, o controle de sua produção passou a ser feito por Conselhos Indígenas. Essa autonomia do País permitiu o rompimento da dominação estadunidense.
O Uruguai é o principal produtor mundial de prata, e o controle de sua extração é feito por empresas transnacionais. Nesse caso, mantém-se o padrão da inserção do país na DIT mencionada pelo autor.
A História dos países latino-americanos está repleta de contradições e lutas sociais durante o século XX.
Acerca desse contexto é correto afirmar, exceto:
O México teve em sua Revolução um dos marcos da política no início do século XX. Na atualidade, o país tem uma ampla aproximação com os EUA, que é elogiada pelos setores mais identificados com as ideias liberais, e criticada por analistas que julgam que essa relação causa muita dependência em relação a seu vizinho do norte.
A Argentina passou por períodos de grande prosperidade no século XX mas, ao mesmo tempo, viveu uma das ditaduras mais violentas da região que ainda causa debates no país.
Os atuais países da América Central formavam uma única República, a Centro-Americana. Em função dos projetos de construção do Canal do Panamá houve uma fragmentação desses países, que foi incentivada pelos EUA para melhor controlar a construção do canal.
Colômbia e Bolívia são talvez os dois países da América Latina que mais foram marcados pela questão da produção e tráfico de drogas. O primeiro é um dos aliados mais fiéis dos EUA, o segundo possui um governo de forte inspiração indígena e rejeita o perfil e percepção das políticas antidrogas da potência do norte.