O clima predominante no Estado de Goiás pode ser classificado como quente e subúmido com quatro a cinco meses secos (NASCIMENTO, 1991). Com características monçônicas marcantes, 80% das chuvas caem de novembro a março, enquanto que de maio a setembro, a umidade relativa do ar permanece abaixo de 70%. A sudoeste e a noroeste do Estado de Goiás, verificamos algumas peculiaridades. A noroeste ocorre estreita faixa onde o clima pode ser classificado como quente e úmido, e a sudoeste como subquente úmido.
A média térmica é de 26 °C, e tende a subir nas regiões oeste e norte, e a diminuir nas regiões sudoeste, sul e leste. As temperaturas mais altas são registradas entre setembro e outubro, e as máximas podem chegar a até 40 °C. As temperaturas mais baixas, por sua vez, são registradas entre os meses de maio e julho, quando as mínimas podem chegar a até 9 °C, dependendo da região do Estado. O tipo de clima tropical se faz presente na maior parte do estado, apresentando como característica os invernos secos e os verões chuvosos. As temperaturas variam de acordo com a região; na porção sul do Estado giram em torno dos 20 °C aumentando ao norte para 25 °C. O índice pluviométrico segue o regime das temperaturas. A oeste do estado de Goiás o índice atinge 1.800 mm anuais diminuindo no sentido leste para 1.500 mm/ano. Em parte do estado, mais precisamente no planalto de Anápolis e Luziânia ocorre o clima tropical de altitude com temperaturas médias anuais baixas, porém, a precipitação ocorre da mesma forma que no restante do estado (EMBRAPA, s.d.).
Convém destacar que as temperaturas variam de acordo com o relevo (altitude), a proximidade com o mar e a latitude. Além disso, devemos sempre nos lembrar que existem diferenças nos conceitos de clima e de tempo meteorológico. Assim, o tempo é uma combinação passageira da atmosfera, já o clima resulta de condições que perduram por um período mais longo. O tempo é uma combinação transitória, concreta, de comportamentos dos elementos, caracterizando um estado atmosférico momentâneo (CONTI & FURLAN, 1996). O clima, segundo MARTINELLI (2010) é a série de estados da atmosfera acima de um lugar em sua sucessão habitual.
Em relação à temperatura, a latitude pode ser considerada o principal fator determinante de sua variação nas mais diferentes regiões do globo. Isso porque a posição latitudinal está diretamente relacionada com a quantidade de radiação recebida. Há também o fator da proximidade com corpos d’água, quanto maior a quantidade e proximidade desses corpos d’água, a temperatura tende a ser amenizada (DIAS CARDOSO et al., 2012). As grandes diferenças de temperatura entre os trópicos, onde está localizado o Estado de Goiás, são usualmente devido ao efeito da variação da altitude. A temperatura do ar diminui, em média, cerca de 0,6ºC a cada 100 metros de altura (DIAS CARDOSO et al., 2012).
Referencias:
CONTI, J.B. e FURLAN, S.A. Geoecologia. O clima, os solos e a biota. In: ROSS, J. L. S. Geografia do Brasil. São Paulo: Edusp, 1996.
DIAS CARDOSO, M. R.; MARCUZZO, F. F. N.; BARROS, J. R. Caracterização da Temperatura do Ar no Estado de Goiás e no Distrito Federal. Revista Brasileira de Climatologia. Ano 8, Vol. 10. UFPR: Curitiba, 2012. Disponível em: http://www.cprm.gov.br/publique/media/Art_Carac_DF.pdf. Acesso em 17 de fevereiro de 2018.
EMBRAPA. Climas. S.d. Disponível em: http://www.cnpf.embrapa.br/pesquisa/efb/clima.htm. Acesso em 08 de fevereiro de 2018.
GALVANI, E. Unidades Climáticas Brasileiras. S.d. Disponível em: http://www.geografia.fflch.usp.br/graduacao/apoio/Apoio/Apoio_Emerson/Unidades_Climaticas_Brasileiras.pdf. Acesso em 07 de fevereiro de 2018.
MARTINELLI, M. Clima do Estado de São Paulo. Confins Online, 2010. Disponível em: http://journals.openedition.org/confins/6348. Acesso em 28 de dezembro de 2017.