Complexos regionais do Brasil

Mestre em Ensino na Educação Básica (UFG, 2021)
Licenciada em Geografia (UFG, 2003)

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Os Complexos Regionais do Brasil ou Regiões Geoeconômicas do Brasil são uma regionalização criada pelo geógrafo brasileiro Pedro Pinchas Geiger, na década de 1960. Essa divisão levou em consideração não apenas a localização dos estados, mas seus aspectos naturais e socioeconômicos. O geógrafo criou então três regiões: Região Amazônica, Região Centro-Sul e Região Nordeste.

Mapa dos complexos regionais (ou regiões geoeconômicas) do Brasil. © InfoEscola

Complexo regional da Amazônia

O complexo regional da Amazônia é a maior das regiões, porém é a menos povoada e seus estados contam com as mais baixas densidades demográficas do país. E uma significativa parcela da população reside nas capitais, sobretudo, em Belém e Manaus.

Esta região compreende os estados:

É uma região em diversidade natural, tem rede fluvial importante e nela está a Floresta Amazônica. As atividades econômicas de maior importância são o extrativismo mineral e vegetal, a agropecuária e a indústria.

Na indústria se destaca a Zona Franca de Manaus, que é uma região industrial que opera pela concessão benefícios especiais para as indústrias que ali se instalaram, como isenção de impostos para produtos industrializados, incentivos fiscais e concessão de terrenos.

A região também é vista como uma importante área da expansão da fronteira agrícola, o que pode agravar o desmatamento da Floresta Amazônica.

Complexo Regional do Nordeste

O Complexo Regional do Nordeste abriga cerca de 25% da população brasileira, que está mais concentrada nas capitais litorâneas, e ocupa 20% do território nacional. Foi a primeira região a ser explorada pelos europeus, porém com o passar dos anos, passou por um movimento migratório para o Centro-Sul, e, posteriormente para a Amazônia. Nos últimos anos vem ocorrendo uma tendência de inversão nesse movimento migratório, muito por conta dos investimentos que a região vem recebendo.

Esta região compreende os estados:

A economia da região é baseada na agropecuária, com a produção de cana-de-açúcar, cacau e algodão. Outro destaque é o turismo fruto da grande diversidade de atrações existentes ao longo do litoral da região. A indústria vem ganhando importância em cidades como Feira de Santana (BA), Goiana (PE), Camaçari (BA), e outras.

No Complexo Regional do Nordeste os maiores períodos de estiagem e alguns dos menores índices socioeconômicos do país. Todavia, o complexo regional têm recebido obras para minimizar essas limitações, como, por exemplo, a construção da transposição do Rio São Francisco.

Complexo regional do Centro-Sul

É a região mais povoada, desenvolvida economicamente e industrialmente, onde estão situados os grandes centros de gestão econômica e política. No Centro-Sul, se concentra as sedes das corporações privadas que participam da produção, distribuição e circulação de mercadorias.

Esta região compreende os estados:

A região tem infraestrutura desenvolvida, com aeroportos, rodovias, portos e ampla rede rodoferroviária, que possibilita a integração entre os três setores econômicos. A região experimentou a modernização agrícola constituindo-se na principal região exportadora de commodities no país.

É a região mais urbanizada e abriga as principais capitais do país, como Rio de Janeiro e São Paulo e capital do país, Brasília. No entanto, apesar de desenvolvida e de centralizar grande parte da produção do PIB do país, é a região onde encontramos os mais expressivos índices de desigualdade social do Brasil, com uma má distribuição de renda, de qualidade de vida e de consumo.

Leia também:

Fontes:

NASCIMENTO, Getulino. Os complexos regionais do Brasil. Disponível em: https://www.getulionascimento.com/news/complexos-regionais/. Acesso em: 22 de maio de 2019.

ROCHA, Aristotelina Pereira Barreto; A Geografia Regional do Brasil. Natal-RN: Ed.EDUFRN, 2.ed, 2011. 312p.

BRASIL, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Divisão regional do Brasil em regiões geográficas imediatas e regiões geográficas intermediárias. IBGE, Coordenação de Geografia. Rio de Janeiro, 2017.

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