Dominica

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A Dominica é uma ilha localizada no mar do Caribe. O território forma o arquipélago das Pequenas Antilhas e está mais próximo da Martinica (sul) e das ilhas francesas de Guadalupe (norte). Por ser uma região montanhosa e com área de difícil acesso, apresenta uma floresta tropical em mais de 50% de seu território.

No que se refere ao território, a Dominica contém uma área total de 751 km². A sua capital é a cidade de Roseau, onde também está o seu porto mais importante. Parte das Ilhas Barlavento, a ilha tem o inglês como o seu idioma oficial, mas outros idiomas são utilizados em menor escala, como o crioulo dominiquense e o francês. Etnicamente, a Dominica apresenta uma população composta por 80% de negros, 9% de mestiços e 2% formada por europeus, entre outras. A economia do país é movida por meio da exportação de bananas.

Localização de Dominica no mar do Caribe.

Primeiros habitantes da Dominica

O primeiro grupo nativo que habitou a Dominica era formado pelos aruaques (1000 a.C.). Estes não puderam sobreviver às incursões dos caribes, povos originários que passaram a viver naquela região a partir do ano 900. O primeiro contato de europeus com a Dominica ocorreu em 1493, quando as embarcações lideradas por Cristóvão Colombo realizavam viagem à América (chamada de Novo Mundo) pela segunda vez. A origem do nome Dominica remete àquele período, visto que Colombo batizou em homenagem ao dia que o conheceu, um domingo.

Colonização pela Inglaterra

A partir do ano de 1763, a ilha foi colocada em domínio do império britânico após a realização do Tratado de Paris. A direção do país ocorria por um governo que teve sua instalação em Granada. Porém, os franceses não tinham desistido da dominação do território. Isso ocorreu porque a Dominica localizava-se entre duas áreas de colonização da França, no Caribe: Martinica e Guadalupe. Enquanto ocorriam as guerras de independência dos EUA (1778), houve uma invasão francesa à Dominica. Após a realização de um novo Tratado, o território foi devolvido aos britânicos.

Século XX

Durante o século XX a Dominica passou por situações políticas conturbadas e alterações drásticas no que se refere à soberania nacional. Em 1940 a Dominica realizou sua integração na direção da União Administrativa das Ilhas Barlavento, ferramenta de caráter colonial que funcionou até o ano de 1956. Assim que esta união política foi abolida, a Federação das Índias Ocidentais acabou por absorver seus territórios.

O PTD (Partido Trabalhista da Dominica) teve a sua fundação em 1955. Este partido foi responsável pela governabilidade da ilha entre os anos 1961 e 1980. Um nome importante dentre deste contexto foi o de Edward Oliver LeBlanc, dirigente sindical e atuante em várias movimentações de contexto social no país. Assim, foi nomeado no cargo de chefe de governo e manteve-se nesta posição até o ano de 1974.

Ao final da década de 1960, LeBlanc foi importante na medida em que a Dominica tornava-se um Estado Associado, o que garantia mais autonomia para os governantes no que se refere às políticas internas. Em 1979, ocorreu a substituição de LeBlanc por Patrick Roland John, liderança no Sindicato dos Trabalhadores da Água e ex-prefeito da capital Roseau.

Independência da Dominica

Ao final de 1978 a Dominica passou a ser uma nação independente, mesmo dentro de uma situação em que ocorriam crises nos campos: social, político e econômico. Isso ocorreu devido à instabilidade econômica devido à perda de grande parte referente à safra da banana – seu principal produto de exportação – em 1978. Em maio do ano seguinte eclodiu uma crise social. Para conter a crise, houve repressão com uso da força na direção dos manifestantes contrários aos decretos voltados à restringir a atuação dos sindicatos e da imprensa.

Um grupo formado por fazendeiros, trabalhadores, empresários, membros da igreja e de sindicatos, além de alguns políticos de partidos de oposição, fizeram com que Patrick Roland John renunciasse. A partir de junho de 1979, Oliver J. Seraphine, membro do partido trabalhista, ficou no cargo até 1980.

Com a turbulência política e econômica, a Dominica foi assolada por uma crise causada pelo furacão David, ao final de 1979. Aliando-se os fatores políticos às tragédias causadas pelo furacão, o Partido da Liberdade de Dominica (PLD) – formado por liberais conservadores – chegou ao poder liderado por Mary Eugenia Charles, que foi primeira-ministra de 1980 até 1995.

Com os liberais no poder, os interesses dominicanos foram diretamente ligados às políticas de Estado norte-americanas, atreladas à Doutrina Reagan, plano arquitetado nos EUA que, afirmando combater o comunismo, atrasou diversas políticas de cunho popular e desenvolvimentista na América Latina, além de ter financiado grupos armados de mercenários contra os soviéticos.

O Partido dos Trabalhadores Unidos (PTU) derrotou o PLD e o PTD em 1995. Neste contexto, Edison C. James tornou-se o primeiro-ministro. Em 2000 os trabalhistas venceram as eleições novamente, ficando até 2005, quando houve a indicação de Roosevelt Skerrit para o cargo de primeiro-ministro. Destoando das primeiras atitudes dos trabalhistas dominicanos, Skerrit governou por meio das restrições impostas pelo FMI, optando pelo corte em serviços relacionados à população e políticas neoliberais.

Bibliografia:

Sader, E., Jinkings, I., Nobile, R., & Martins, C. E. (2006). Latinoamericana: enciclopédia contemporânea da América Latina e do Caribe. São Paulo: Boitempo Editorial/ Laboratório de Políticas Públicas (LPP).

https://www.britannica.com/place/Dominica

https://dominica.gov.dm/

https://outraspalavras.net/entrevistas/chomsky-desnuda-a-guerra-ao-terror/

https://www.caribbeanislands.com/pt/dominica/

Arquivado em: América
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