Também conhecido como domínio morfoclimático equatorial amazônico, este é o domínio presente na maior parte da região norte do Brasil e se estende por alguns países vizinhos. Como o nome já diz, está diretamente relacionado com a Floresta Amazônica.
O nome Amazônia e Amazonas (este último sendo o nome de um Rio e de um estado brasileiro, com capital em Manaus) tem origem nas mulheres guerreiras da mitologia grega: as amazonas.
O capitão espanhol Francisco de Orellana, que ao cruzar o rio, alega ter visto uma tribo (indígena) de mulheres guerreiras e as batizou de amazonas em referência a mitologia grega. Assim sendo, ficou o Rio das Amazonas (hoje Rio Amazonas) dando nome ao Estado do Amazonas e a floresta amazônica.
O domínio morfoclimático amazônico é caracterizado, considerando a sua localização na altura da linha do Equador e arredores, pelo clima equatorial: intensamente quente e úmido ao longo de todo o ano.
Sendo um domínio tão chuvoso que as chuvas costumam ter um horário relativamente definido para acontecerem, portanto, sendo comum que a população local organize seus compromissos diários para antes e depois das chuvas.
O seu relevo é predominantemente baixo, sendo composto basicamente por planícies e depressões.
A floresta equatorial amazônica atualmente foco de atenção dos ambientalistas por todo mundo, sendo pela grande extensão de área ainda preservada, seja pelo receio do avanço do agronegócio e da exploração madeireira e mineradora sobre as áreas de floresta, causando um constante desmatamento.
A vegetação da Floresta Amazônica pode ser considerada como latifoliada (pois suas árvores possuem folhas grandes), suas folhas não caem ao longo do ano (perene), ela é densa, sua vegetação é adaptada as chuvas intensas da região (ombrófila) e com uma biodiversidade considerável não só na flora, como também na fauna que reside no meio da vegetação e dela se alimenta.
Uma característica deste domínio morfoclimático é que o solo em si é relativamente pobre de nutrientes, sendo muito dependente da serapilheira (também por vezes chamada de serrapilheira), que é a aquela camada de plantas (incluindo aí os galhos, as folhas e frutos que caem das árvores vivas) e animais mortos que cobrem o solo das florestas e que servem de adubo, além de proteger do intemperismo e da erosão pluvial (lixiviação).
Com as queimadas para desmatar esta parte da floresta, visando abrir espaço para a mineração e para o agronegócio (especialmente a pecuária), a serapilheira acaba destruída e o solo empobrecido começa a ter dificuldades para sustentar as plantas e produzir os frutos esperados. Com o tempo, o solo pode se tornar improdutivo e em casos mais extremos transformar a floresta em uma savana como as do cerrado ou até em uma área desertificada.
Se chegar a esse extremo, talvez seja inviável recuperar este domínio morfoclimático, o que acarretará prejuízos incalculáveis ao meio-ambiente e até para a própria economia. Por isso, a preocupação ambiental com a Amazônia é tão grande, mesmo ela estando mais preservada do que por exemplo a Mata Atlântica.
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Referências:
PIRES, Luciana A. et al. Produção, acúmulo e decomposição da serapilheira em uma restinga da Ilha do Mel, Paranaguá, PR, Brasil. Acta Bot. Bras., São Paulo, v. 20, n. 1, p. 173-184, Mar. 2006. Available from < http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-33062006000100016&lng=en&nrm=iso>. access on 15 July 2020. https://doi.org/10.1590/S0102-33062006000100016.