A economia de Alagoas, desde a chegada dos portugueses, baseia-se no cultivo da cana-de-açúcar. O coronelismo e as oligarquias açucareiras predominaram no estado, permitindo a criação das primeiras vilas e desenvolvendo a economia na região. A produção de açúcar e gado se desenvolveu através da mão de obra escrava (indígena e negra). Somente a partir da década de 1960 que a economia alagoana começou a se diversificar com a exploração de petróleo e sal-gema. Entretanto, na metade da década seguinte, o Programa Nacional do Álcool (Proálcool) incentivou a monocultura da cana-de-açúcar no estado, inclusive sobre áreas impróprias para o cultivo, promovendo assim uma maior dependência do açúcar e do álcool para o desenvolvimento da região.
Nos dias atuais, Alagoas tem a terceira economia mais baixa entre os estados do Nordeste. Em 2013, o Produto Interno Bruto (PIB) atingiu o R$37,223 bilhões, com uma participação de 0,7% no PIB nacional, colocando-se na 20ª posição entre todos os estados do Brasil. Em comparação a 2012, o crescimento foi de 0,7%, um dos mais baixos do país, a frente somente dos estados de Rondônia (0,6%), Minas Gerais (0,4%) e Espírito Santo (0,1%). No que se refere ao PIB per capita, o estado também aparece nas últimas colocações em relação às demais unidades federativas brasileiras. Em 2013, o índice foi de R$11.277, o terceiro pior de Brasil, superando apenas Piauí e Maranhão. Ou seja, na média, cada alagoano produz apenas R$939,75 por mês (a média brasileira é de R$2.406,33).
Quanto à composição do PIB estadual, o setor de serviços tem a maior participação (72%), seguido por indústrias (17,6%) e pela agropecuária (10,4%). No âmbito dos serviços destaca-se o setor de turismo, uma das principais fontes de recursos do estado. Somente em Maceió, são mais de 16 mil leitos, distribuídos em 6,3 mil unidades hoteleiras. No ano de 2014, a rede hoteleira local recebeu mais de 750 mil hóspedes.
Em relação à agropecuária, Alagoas é o estado com a maior produção de cana-de-açúcar do Nordeste. Em 2014, foram produzidas 28,7 milhões de toneladas, número que coloca o estado como o sétimo maior produtor do Brasil. 78% da área plantada no território alagoano é dedicada à cana-de-açúcar, proporcionalmente, o maior índice de todo o Brasil. Além da cana, os produtos mais produzidos pelo estado são: mandioca, coco-da-baía, abacaxi, laranja e banana.
No ramo industrial, destacam-se a produção de petróleo e gás natural, a produção de açúcar e etanol, além da produção de cimento do tipo Portland. Este último é desenvolvido pela fábrica da InterCement, em São Miguel dos Campos, na Região Metropolitana de Maceió. Já a produção açucareira se divide entre 20 usinas instaladas especialmente na porção leste do território. Apesar da produção de petróleo se destacar mais no estado de Sergipe, Alagoas também conta com a exploração do mineral, mas predominantemente em áreas terrestres. O único campo marítimo do estado é o de Paru, descoberto em 1985 e explorado pela Petrobras, de onde é extraído essencialmente gás natural. Ao todo, quatro gasodutos passam pelo estado, três deles ligando Alagoas a Pernambuco.
Por fim, a balança comercial alagoana é favorável ao estado, que exporta mais do que importa. Em 2014, as exportações somaram US$672,2 milhões tendo à frente itens como o açúcar (93%), o álcool etílico (3%) e a soja (1%). Já as importações totalizaram US$581,3 milhões. Entre os principais produtos importados estão vestimentas (13%), produtos petroquímicos (9%), máquinas (5%), trigo (4%) e ácido acrílico (4%). Os principais destinos dos produtos alagoanos são a Rússia, a Tunísia e a China. Já os maiores fornecedores do estado são a China, os Estados Unidos e a Itália.
Referências:
ALAGOAS em Dados e Informações. Disponível em: <http://dados.al.gov.br/>. Acesso em: 30 de julho de 2016.
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JOFFILY, Bernardo. Atlas Histórico IstoÉ Brasil. São Paulo: Três, 2000.
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SANTOS, Patrícia Cardoso dos (et al.). Enciclopédia do Estudante: geografia do Brasil: aspectos físicos, econômicos e sociais. São Paulo: Moderna, 2008.
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