Expectativa de sobrevida é a quantidade de anos a mais que, espera-se, ainda continue vivendo uma pessoa que já alcançou uma determinada idade. Apesar de ter certa relação com a expectativa de vida, se diferencia dela pois não avalia o total da população e sim cada idade e/ou faixa etária previamente determinada.
Cada faixa etária possui uma expectativa de sobrevida diferente, considerando que em cada idade, após superar os fatores de morte que afetam mais ou apenas as faixas etárias anteriores, as pessoas tendem a viver mais do que a expectativa de vida geral da população que é baixada pelas mortes dos mais jovens (mortalidade infantil e outros fatores).
Como a expectativa de vida da população é calculada por uma média geral da população, ela tende a apontar uma idade menor máxima que seja menor do que aquela apontada pela expectativa de sobrevida das faixas etárias mais elevadas que já não são mais afetadas por esses fatores de mortalidade das faixas anteriores (como os fatores que aumentam a mortalidade infantil entre outros).
Por exemplo, no Brasil (conforme os dados relativos ao ano de 2018 divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE) um adulto de 30 anos tinha 48,7 anos de expectativa de sobrevida, somando assim 78,7 anos de expectativa de vida, enquanto um idoso com 80 anos possui uma expectativa de sobrevida de 9,6 anos de idade, somando um total esperado de vida de 89,6 anos de idade. Bem superior aos 76,3 anos de expectativa de vida da população brasileira no geral em ambos os casos e a média da idade máxima que será alcançada é bem maior entre aqueles que já possuem 80 anos do que a média da idade máxima daqueles que ainda estão nos 30 anos de idade.
É importante não deixar de observar que apesar de ter ainda uma quantidade menor de anos pela frente, a média dos mais idosos tendem a conseguir alcançar uma idade maior do que aquela que os jovens vão alcançar.
A expectativa de sobrevida é muito utilizada pelos governos na definição de políticas de previdência social, pois para conseguir definir uma idade sustentável de aposentadoria é necessário avaliar quantos anos é esperado que uma pessoa viva após alcançar aquela idade mínima de aposentadoria. Este é um dos elementos a ser considerado no cálculo do chamado fator previdenciário.
Assim como ocorre na expectativa de vida, diversos fatores ligados à qualidade de vida da população influenciam na expectativa de sobrevida: desenvolvimento tecnológico, maior acesso aos adequados tratamentos de saúde, prática saudável, paz e segurança, dentre outros.
Assim como na expectativa de vida, o gênero é um dentre outros fatores que influenciam o resultado final quando se faz um recorte que separe as pessoas de acordo com este critério. Geralmente, as mulheres vivem mais anos do que os homens, causando a chamada sobremortalidade masculina.
Para observar as diferenças de gênero na questão de vida e sobrevida da população, comparando os dados do IBGE de 2018, se a expectativa de vida geral da população brasileira era de 76,3 anos, a expectativa de vida das mulheres brasileiras era de 79,9 anos de idade, enquanto a dos homens era apenas 72,8 anos de idade.
Referência: