G8 (Grupo dos Oito)

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Por Emerson Santiago

Chama-se Grupo dos 8, ou popularmente, G8 o fórum informal que reunia 8 países desenvolvidos, mais a União Europeia. Seu objetivo era debater assuntos-chave relacionados à estabilidade econômica global, políticas nacionais e cooperação com as instituições econômico-financeiras internacionais. Desde 2008, este grupo foi alargado, e agora atende pelo nome de G20.

Ao contrário do que se pensa, o G8 não reúne as oito maiores economias do mundo, e sim as auto-proclamadas oito mais industrializadas nações democráticas. Daí a ausência da China, cujo PIB supera os de Alemanha, Reino Unido, França, Itália e Canadá, e a inclusão da Rússia, cuja economia regula com a de países como o Brasil, a Índia e o México. A União Europeia participa apenas das discussões econômicas, nunca das políticas.

Desde 1975, um grupo de chefes de estado e diplomatas das seis nações mais ricas e industrializadas se reúne anualmente para discutir questões econômicas e políticas comuns. Inicialmente batizado de G6, o grupo recebeu no ano seguinte a participação do Canadá, tornando-se o G7.

Com as mudanças políticas, econômicas e sociais do final do século e o incremento da globalização, o grupo reconhece a importância da Rússia, (principal herdeira da antiga União Soviética) no cenário internacional, e o país adere ao G7 formalmente em 2006, apesar de participar das conversações desde 1994.

Bandeiras dos países que compõem o G8. Ilustração: Gil C / Shutterstock.com

O G8 tem origem na crise do petróleo de 1973, e na recessão econômica mundial que se desencadeou a partir dela. Naquele ano, os Estados Unidos promoveram uma reunião informal entre os ministros de finanças de alguns governos europeus, Japão e de seu próprio para discutir os problemas criados pela crise.

No geral, as reuniões do G8 oferecem oportunidades para que os líderes das grandes potências discutam importantes questões internacionais e definam prioridades, além de ser uma chance para que eles se conheçam e construam relações pessoais que poderiam se tornar importantes no caso de uma crise global.

Por ser apenas um fórum informal, e não uma organização internacional estabelecida por um tratado, com estatuto e critérios de admissão pré-definidos, o G8 não tem poder para garantir que todas as suas decisões sejam colocadas em prática. Seus líderes podem definir metas e elaborar políticas, mas o cumprimento dos projetos depende sempre de um consenso. As determinações são assumidas por seus integrantes, mas nem sempre são levadas a cabo.

Por não ter o peso de uma instituição mundial como a ONU, por exemplo, o clube costuma ser mais ágil para enfrentar novos desafios que surgem no cenário internacional.

Os críticos do G8 acusam o grupo de representar os interesses de uma elite rica e minoritária, que deixa de lado as necessidades da maioria da população mundial. Países importantes com economias emergentes, como a China e a Índia, são deixados de fora, assim como os africanos e latino-americanos.

Bibliografia:
Reuniões do G8. Disponível em: < http://veja.abril.com.br/idade/exclusivo/perguntas_respostas/reunioes_g8/index.shtml >

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