Estado mais a leste do Brasil e, consequentemente, a porção mais oriental da América do Sul, o território paraibano tem 56.468,427 km². É a sétima menor unidade federativa do país em área. Mesmo assim, a Paraíba apresenta as três principais formações geomorfológicas do Brasil: planície (Zona da Mata), planalto (Borborema, Agreste e Sertão) e depressão (Sertão). A grande maioria de sua estrutura geológica (89%) é composta por rochas do Pré-Cambriano, sendo o restante formado por bacias sedimentares, rochas vulcânicas, coberturas plataformais e formações superficiais.
A planície paraibana, no leste do estado, é formada por áreas sedimentares marinhas e flúvio-marinhas. O litoral possui 117 km de extensão, foi originado durante o Quaternário e é quase todo marcado por coqueirais e areias finas. Nesta porção do estado, recifes de coral se proliferam, especialmente próximos à desembocadura do rio Mamanguape e ao sul do estuário do rio Paraíba. Já a baixada litorânea compreende porções planas com sedimentos muito recentes, onde se desenvolvem dunas, lagos, mangues, restingas e várzeas.
Ainda na Mata Paraibana, mais adentro do continente, registra-se a presença de tabuleiros costeiros com formas convexas ou tabulares. Tais formações se sobrepuseram sob os sedimentos areno-argilosos e mal consolidados da Formação Barreiras. A região dos tabuleiros recebe muita influência do Planalto da Borborema, tanto que as fontes dos sedimentos da área são de rochas características dos planaltos. Os trechos ao norte do rio Gramame (divisa de João Pessoa com o município de Conde) possuem cotas altimétricas que variam de 49 (João Pessoa) a 177 metros (rio Miriri). Ao sul do rio Gramame, a altitude pode ultrapassar 200 metros com porções ora soerguidas, ora rebaixadas.
Mais ao centro do estado está a região do Borborema que apresenta as porções mais altas da Paraíba, onde os índices altimétricos variam de 400 a 800 metros de altitude. O ponto mais elevado do estado é o Pico do Jabre, na Serra do Teixeira, cuja altitude atinge 1197 metros. O Planalto do Borborema é composto por rochas cristalinas com formações agudas, convexas ou tabulares, além de áreas marcadas pela presença de maciços e pediplanos. Os solos rasos e pedregosos estimulam a aridez na região, dificultando o desenvolvimento da agricultura. É na Chapada do Borborema, também, que estão as nascentes dos rios Camaratuba, Mamanguape e Paraíba, importantes fontes fluviais do estado, que desaguam no Oceano Atlântico.
Já o oeste paraibano é caracterizado pela depressão sertaneja com formas agudas, convexas ou tabulares, distribuídas em superfícies erosivas ou pediplanos. Neste último, destacam-se as elevações residuais alongadas e alinhadas com a estrutura geológica regional. Nas proximidades de Sousa, cortada pelo Rio do Peixe, o relevo é plano ou levemente ondulado. Os níveis altimétricos na região ficam em torno dos 200 metros. Tanto a norte como a sul da cidade, o embasamento cristalino predomina com um relevo um pouco mais ondulado. Na Serra do Bongá, divisa da Paraíba com o Ceará, está um importante manancial do estado, já que é ali a nascente do rio Piranhas.
Mapa geomorfológico do Estado da Paraíba:
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