A Geografia Econômica faz parte da área chamada de geografia humana. Essa área da geografia estuda a localização, organização e distribuição das atividades econômicas no planeta.
Essa área analisa as atividades econômicas que ocorrem em certo espaço, suas influências produtivas e por consequência as influências na sociedade. Esse estudo auxilia na compreensão do processo de globalização, isto é, uma união social, política, cultural e econômica entre países do globo, além das questões sobre a competitividade nos mais diversos ramos da economia.
A economia de uma região pode variar de acordo com as características físicas dela, como questões climáticas, tipos de solo, formação do relevo, características das rochas, entre outros. Essas características podem afetar a disponibilidade de recursos presentes naquela área, por exemplo, as condições climáticas podem interferir diretamente na produção agrícola de uma região.
Instituições políticas e sociais também são importantes agentes econômicos dentro de um espaço, pois suas decisões afetam os impactos da economia local.
A geografia econômica aborda os aspectos espaciais da produção em diversas escalas, desde as questões logísticas para implementação de indústrias próximas aos recursos de matéria prima para poupar gastos de transporte, até mesmo a busca de um mercado promissor para o desenvolvimento de uma empresa. A relação de escoamento dos produtos também é importante, principalmente pela proximidade com o mar e portos, além da presença de recursos de maior valor em determinados territórios, como o caso do petróleo.
É nesse ramo da geografia que se estudam as formas de estruturas sociais presentes entre campo e cidade. As formas de produção ou sistemas econômicos são basicamente dois atualmente: o capitalismo e o socialismo. É compreendido como capitalismo aquele sistema que se baseia no capital, ou seja, tem como base os bens econômicos, acreditando que a acumulação de capital é o que gerará mais capital, por consequência as riquezas. Por outro lado o socialismo é visto como um sistema que visa um bem comum para a população, onde todos têm os mesmos direitos básicos e recursos mínimos em comum, porém historicamente sua aplicação não obteve bons resultados.
A geografia econômica pode ser definida a partir de três abordagens, sendo elas a histórica, a teórica e a regional. A parte histórica se refere ao desenvolvimento das atividades produtivas em determinada área de acordo com as consequências políticas, sociais e culturais ao longo da história daquela região. A teórica diz respeito às teorias relacionadas às atividades econômicas e a sociedade de determinado espaço. Por fim a abordagem regional compreende a influência de uma produção econômica sobre as áreas ao seu redor.
Os setores econômicos também são campos de estudo desse ramo da geografia, sendo compreendidos em três setores, onde cada possui uma relação específica com o setor produtivo e econômico, sendo eles:
- Setor primário: setor que está relacionado diretamente com a produção de matérias primas, tem como atividades econômicas aquelas voltadas a agricultura, pecuária, extração mineral e extração vegetal;
- Setor secundário: esse setor lida com as atividades industriais e a construção civil, é característico nele a transformação e manipulação da matéria prima;
- Setor terciário: é o setor que compreende as atividades chamadas de prestações de serviço, isto é, as atividades que dependem das relações humanas onde um indivíduo presta serviço a outro (ou entre empresas). Exemplos de atividades econômicas deste setor estão o comércio, dentistas, médicos, professores, advogados, entre outros.
Em geral a geografia econômica compreende as diversas atividades relacionadas à produção econômica de determinados espaços a fim de compreender seus impactos ambientais, sociais, culturais, políticos e econômicos.
Texto originalmente publicado em https://www.infoescola.com/geografia/geografia-economica/