O isolacionismo é um termo utilizado para se referir a uma metodologia política na qual um Estado Nacional opta por não manter relações oficiais com os demais, isto é, um país cessa suas relações políticas, econômicas, sociais e culturais com outras nações, além de se recusar ou relutar a assinar tratados, alianças e demais compromissos que possam ser estabelecidos entre dois ou mais países.
De maneira geral o isolacionismo é adotado por governos a modo de não sofrerem influências externas em seu país, as chamadas políticas intervencionistas. Essas políticas ocorrem quando um governo influencia direta ou indiretamente as decisões políticas, militares, econômicas, sociais, culturais em outro país.
Os defensores da política isolacionista alegam que ao ser adotada possibilita um desenvolvimento melhor ao país, em meio aos seus recursos econômicos, aumentando os esforços para seu progresso e mantendo a paz, já que essa política inibe a presença do país em confrontos de terceiros.
Ao longo da história alguns países adotaram essa política de modo a tentar garantir um desenvolvimento econômico sem interferências internacionais nesse processo, entre eles estão os Estados Unidos, o Japão e a União Soviética.
Os Estados Unidos possuíram um sistema isolacionista mais comedido, em que não cortaram todas as relações com as demais nações do globo. Suas opções foram em cessar assuntos específicos acerca de alguns países ou grupos. No período pré independência do país alguns defensores do isolacionismo propunham que os Estados Unidos cortassem todas as relações com outros países, se removendo do cenário mundial. As principais políticas isolacionistas que os Estados Unidos adotaram foi a relutância de se envolver nos conflitos ocorridos no continente europeu até a Segunda Guerra Mundial, quando sua entrada é definida e oficializada após o ataque japonês na base aérea de Pearl Harbor no Havaí.
O isolacionismo japonês recebeu o nome de Sakoku, que tem por significado “país fechado”. Essa política se iniciou por volta da primeira metade do século XVII durando até meados do século XIX. Teve uma grande duração e uma metodologia mais intensa. A saída de nativos japoneses era proibida, da mesma maneira que estrangeiros não poderiam chegar ao país, destruíam navios que se aproximassem da costa, também houve a expulsão e morte de povos não nativos que habitavam o território no início da aplicação do sakoku. Essa política auxiliou uma grande expansão do Japão além de aumentar o protecionismo econômico e cultural no país. Uma marca desse processo são as tradições japonesas que são carregadas até os dias mais atuais.
No caso do isolacionismo soviético ele ocorre em resposta a expansão capitalista no mundo na primeira metade do século XX, uma vez que os países que compõem a URSS adotam o sistema político e econômico chamado socialismo. Nesse sentido a União Soviética corta relações com países capitalistas e mantém acordos comerciais, políticos e militares com países que também se declaram socialistas, principalmente durante o período da Guerra Fria, quando o país buscava aliados para manter sua influência como grande potência mundial. Nesse sentido as políticas isolacionistas abordam um protecionismo sobre a URSS e os seus aliados, desde o sentido econômico, militar e político. Esse sistema chega ao fim com o desmembramento da União Soviética na década de 1990, fazendo com que países que possuíam acordos e políticas com o grupo mudem seu sistema político para o capitalismo, influenciados pelos Estados Unidos.
O fim das políticas isolacionistas ocorrem de forma progressiva nos países, que acabam deixando esse sistema de lado por fatores ligados a necessidades econômicas ou políticas. Mesmo que alguns Estados Nacionais adotem posturas de políticas que envolvam alguma base do isolacionismo, ela não é presente de forma totalizada nas nações do globo atualmente.
Atualmente, os países mais isolados política e economicamente são Coréia do Norte e Cuba, ambos comunistas.