O Planalto da Borborema, conhecido como Chapada Pernambucana, ou Serra da Borborema, se localiza no Nordeste brasileiro, se estendendo por quatro estados da região, sendo Alagoas, Rio Grande do Norte, Pernambuco e Paraíba. A área se localiza na zona limítrofe dos estados da Paraíba e do Rio Grande do Norte, abrangendo parte das regiões do Seridó, Curimataú e Brejo Paraibano.
Geologicamente, o Planalto da Borborema é caracterizado por um maciço cristalino pré-cambriano, composto por rochas metamórficas e ígneas intrusivas, se destacando o granito, micaxisto e gnaisse. Algumas porções do Planalto da Borborema, localizadas no interior dos estados da Paraíba, e Rio Grande do Norte, constituem tabuleiros capeados pelos sedimentos da formação Serra dos Martins, cuja sua idade é atribuída ao Eoterciário. Além disso, coberturas sedimentares terciárias são encontradas na porção Sul do estado do Rio Grande do Norte e na porção Centro-Leste do estado da Paraíba.
A teoria principal e aceita para a formação do Planalto da Borborema, é atrelada a separação do continente africano e da América do Sul na era mesozoica, gerando estiramento da crosta terrestre em pontos da área nordestina, tendo como consequência o aparecimento de elevações, como o planalto.
As principais características geológicas e geográficas do Planalto da Borborema são seu comprimento, em torno de 470 quilômetros em linha contínua de Norte a Sul, com aproximadamente cerca de 200 metros de altura, marcados por uma série de desnivelamentos topográficos, sendo seu ponto mais elevado, o Pico do Jabre, que se localiza na Paraíba, com 1.197 metros de altura. As cidades localizadas pelo Planalto da Borborema são Caruaru, Gravatá, e Garanhuns em Pernambuco. Em Paraíba, as cidades são Itabaiana e Campina Grande. Em Alagoas, as cidades de Palmeira dos Índios e Arapiraca e por fim, Santa Cruz, em Rio Grande do Norte.
O Planalto da Borborema, é um dos fatores responsáveis pela seca da região nordestina, sendo uma barreira natural que dificulta a entrada da umidade marítima na região, favorecendo a seca do agreste. Assim o clima seco varia de 7 a 8 meses em quase toda sua extensão. Segundo a classificação climática de Koppen, o clima é quente de estepe semiárido, que possui evapotranspiração potencial média anual maior que a precipitação, com temperaturas elevadas durante o ano inteiro, em média 26,5°C ou mais.
Além disso, ela é responsável pela dispersão da drenagem hídrica, que abrange parcialmente seis bacias hidrográficas e o tipo de vegetação. Do Planalto também há o transporte de sedimentos das áreas mais elevadas para a planície fluvial e lagunar, logo regiões que interagem com a Planície da Borborema possuem a presença de substratos rochosos, gerando relevos acidentados, solos argilosos e pedregosos, passíveis de erosão.
A vegetação do Planalto da Borborema é caracterizada por um reflexo do ambiente da existência do planalto, é uma área em entre o bioma Caatinga e Mata Atlântica, possuindo desde vegetações arbustivas e herbáceas, até plantas arbóreas de grande porte. O clima na região é adaptado ao clima semiárido, logo o clima quente e seco predomina e com a precipitação escassa e irregular, variando entre 400 a 650 milímetros anuais. Portanto o Planalto da Borborema possui em uma visão geossistemica, um conjunto de elementos que se ligam entre si, desde sua formação, até a paisagem que a mesma compõe.
Devido as condições naturais do meio, como o solo, a declividade do terreno e clima, é impossibilitado a agricultura em larga escala na região, entretanto, outros nichos econômicos, como mineração, geoturismo, ecoturismo são possíveis e se destacam no Planalto da Borborema.
Bibliografia: