A Planície Amazônica constitui uma unidade do relevo brasileiro que se localiza na região norte do Brasil. A região da Amazônia brasileira possui grande interesse científico e didático pela abrangência de sua biodiversidade e ecossistemas. A planície de 14 a 35 quilômetros de largura margeia o rio Amazonas, em meio a áreas baixas, sendo dividido o relevo em várzeas, tesos ou terraços fluviais e terra firme. A longa planície amazônica, desde a barra do rio Negro, até as proximidades do golfo Marajoara, possui uma própria faixa e seu próprio ecossistema. O rio Amazonas segue ao meio da grande planície, que foi formada no decorrer do Holoceno.
Logo o rio Amazonas, por conta da Planície Amazônica, possui um mosaico terra-água, com extrema diversidade, como diques marginais baixos, florestados, ultrapassados pelas aguas durante as cheias dos rios, florestas de várzeas altas, réstias de florestas com uma grande biodiversidade, bancos de areia branca, vegetação herbácea ou campestre, entre outras inúmeras diversificações.
As várzeas da Planície Amazônica seguem as áreas mais baixas, sendo normalmente inundadas pelas cheias do rio Amazonas. São solos ricos em sua área de cheia e apresentam pequeno gradiente topográfico. A Planície Amazônica apresenta também os terraços fluviais, que são superfícies planas ou levemente inclinadas as margens do rio Amazonas, que foram formados de acordo com o nível das águas através de vários anos. E por fim, a Terra firme, que são áreas que atingem até 350 metros de altura, estando livres das inundações dos rios, sendo um local que perdem sedimentos, já que a água do rio não alcança o local, sendo assim, focado para habitações de povos indígenas e originários locais.
O clima da região é o equatorial, com temperaturas elevadas durante o ano, sendo sua média de 27°C e com baixa amplitude térmica. Assim, não há estações bem definidas. As mudanças climáticas provocadas pelo aumento de gases de efeito estufa e a industrialização afetaram os ecossistemas, logo a Floresta Amazônica possui grandes chances de não resistir às mudanças do regime de chuvas em seu ecossistema de vegetação mais esparsa, ocasionando desertificação ou "savanização" de algumas áreas.
As mudanças climáticas globais já estão em curso. Elas provocam aumento generalizado da temperatura do ar e mudanças nos regimes de precipitação. Com o aumento da temperatura excessiva no bioma, a biodiversidade será afetada. Estudos mostram que será possível a savanização da região até o final do século se continuarem as mudanças climáticas e o desmatamento descontrolado da floresta.
Bibliografia:
https://www.scielo.br/j/ea/a/JRPb4CLSfJP5pBgmZpRJLfy/?lang=pt&format=pdf
http://cienciaecultura.bvs.br/scielo.php?pid=S0009-67252007000300017&script=sci_arttext&tlng=pt