A população da Paraíba é composta por 3.972.202 habitantes (est. 2015) dividida entre os 223 municípios do estado. Dentre as cidades mais populosas estão: João Pessoa (791.438 hab.), Campina Grande (405.072 hab.), Santa Rita (134.940 hab.), Patos (106.314 hab.) e Bayeux (96.140 hab.). A densidade demográfica paraibana é de 70,34 habitantes para cada quilômetro do estado, a nona maior do Brasil, próxima à de países como a Malásia e o Timor-Leste.
Dos quase quatro milhões de habitantes, 51,85% são mulheres. Em relação à cor, a maioria da população se declara parda (56,13%), seguida de brancos (36,20%), pretos (6,67%), indígenas (0,88%) e amarelos (0,11%). Mais de 3/4 dos paraibanos vivem em áreas urbanas do estado (81,61%). Por grupos de idade, os habitantes entre 0 e 14 anos correspondem a 23,49% da população. Os idosos com mais de 65 anos equivalem a 9,54%. O restante (66,97%) é composto pela população em idade ativa, ou seja, pessoas entre 15 e 64 anos, idade considerada adequada para desenvolver atividades remuneradas. O estado tem a segunda menor população em idade ativa de toda a região Nordeste, perdendo somente para o Maranhão.
A taxa de crescimento populacional do estado vem caindo ano após ano, especialmente a partir do ano de 2009. Atualmente, este número é de 0,72, inferior à média brasileira que é de 0,83. Neste ritmo, a expectativa é que a população atinja 4,2 milhões de habitantes apenas em 2026. Isso porque a taxa de fecundidade da Paraíba é a terceira menor do Nordeste, já abaixo do número necessário para a reposição. Em média, cada paraibana tem 1,95 filho, número inferior ao registrado em 1991 (3,72) e em 2000 (2,53).
Um dos grandes problemas do estado é a educação. Paraíba apresenta a terceira maior taxa de analfabetismo do Brasil. Entre a população com 18 anos ou mais, 23,39% não sabe ler nem escrever. Número esse que aumenta para 27,42% se considerada a população com 25 anos ou mais, ou seja, mais de 1/4 dos paraibanos adultos é analfabeto. Nesta faixa etária, apenas 37,67% têm o Ensino Fundamental completo, número que cai para 26,98% entre os concluintes do Ensino Médio e apenas 8,02% entre os diplomados em um curso superior.
A esperança de vida ao nascer na Paraíba também está entre os índices mais baixos em relação aos demais estados do Brasil. A estimativa média é a de que os paraibanos vivam até os 72 anos, dois a menos que a média nacional, que é de 73,94 anos. Além disso, o estado registra a sexta pior taxa de mortalidade infantil do país. Para cada mil crianças nascidas vivas, 21,67 morrem antes de completar um ano de vida.
A pobreza também é um fator preocupante para a Paraíba. De toda a população, 13,39% é extremamente pobre, ou seja, possui renda inferior a setenta reais per capita por mês. Outro dado alarmante é o da violência no estado. Em 2000, os índices de homicídio ficavam entre os mais baixos de todo o país, entretanto, a partir de 2010, a Paraíba passou a figurar na lista dos seis estados mais violentos do Brasil. Para cada 100 mil habitantes, 38,6 são mortos. A Região Metropolitana de João Pessoa é a terceira mais violenta do país, atrás apenas de Maceió e Belém. Tudo isso coloca a Paraíba entre os mais baixos índices de qualidade de vida do Brasil. O estado tem o quinto pior IDHM do país (0,658), número baixo em relação à média nacional (0,727). Isso devido especialmente ao critério Educação – a quarta pior do Brasil segundo as métricas do IDHM.
Referências bibliográficas:
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SANTOS, Patrícia Cardoso dos (et al.). Enciclopédia do Estudante: geografia do Brasil: aspectos físicos, econômicos e sociais. São Paulo: Moderna, 2008.
WAISELFISZ, Julio Jacobo. Mapa da Violência 2012: Os novos padrões da violência homicida no Brasil – Paraíba. Disponível em: <http://www.mapadaviolencia.org.br/pdf2012/mapa2012_pb.pdf>. Acesso em: 13 de agosto de 2016.