A população do Rio Grande do Norte, inicialmente formada por índios potiguares, se diversificou com a ocupação portuguesa e as invasões francesa e holandesa. Atualmente, o estado possui 3.442.175 habitantes (est. 2015), divididos entre as 167 cidades que o compõem. É o 16º estado do país e o sexto do Nordeste em população. Seus municípios mais populosos são: Natal (869.954 hab.), Mossoró (288.162 hab.), Parnamirim (242.384 hab.), São Gonçalo do Amarante (98.260 hab.) e Macaíba (78.021 hab.). A densidade demográfica do estado é de 65,17 habitantes por quilômetro quadrado, a décima maior do país e equivalente à de países como Etiópia e Benin.
Entre as características dos habitantes potiguares, 51,97% são mulheres, sendo a terceira maior população feminina do Nordeste. Quando o critério é cor, a maioria da população se declara parda (54,31%), seguida por brancos (40,60%), pretos (4,98%) e indígenas (0,12%). Por situação do domicílio, 76,48% vivem em áreas urbanas, ante 23,52% que habitam em áreas rurais. Na divisão por faixa etária, 21,66% da população tem entre 0 e 14 anos, 8,67% tem 65 anos ou mais e 69,67% está entre 15 e 64 anos. Com isso, o estado tem a maior população em idade ativa do Nordeste e a décima maior do país.
A taxa de crescimento populacional do Rio Grande do Norte é de 0,99, acima da média brasileira que é de 0,83. A estimativa é de que uma pessoa nasça no estado a cada 16 minutos e 14 segundos. Com isso, a previsão é de que, em 2030, a população potiguar ultrapasse os 3,85 milhões de habitantes. Na contramão do aumento populacional, a taxa de fecundidade do estado é a terceira mais baixa do Nordeste: cada mulher tem, em média, 1,98 filho, índice abaixo do necessário para a reposição populacional. Em 1991, a taxa de fecundidade no estado era de 3,36, enquanto no ano 2000, este número caiu para 2,54.
No quesito educação, o estado é o sexto colocado no ranking da taxa de analfabetismo do país. Entre as pessoas com 18 ou mais, 19,74% não sabe ler nem escrever. Este número aumenta para 23,16% se considerada apenas pessoas em idade adulta, ou seja, com 25 anos ou mais. Menos da metade da população com 18 anos ou mais tem o Ensino Fundamental completo (48,60%). Em contrapartida, se consideradas apenas as pessoas com 25 anos ou mais, o Rio Grande do Norte apresenta o maior número de concluintes do Ensino Médio entre os estados do Nordeste (31,57%) e o segundo maior número de graduados no Ensino Superior da região (8,32%).
No que tange à pobreza, o estado apresenta o menor número de extremamente pobres do Nordeste. 10,33% da população possui renda domiciliar per capita igual ou inferior a setenta reais mensais. Em relação ao saneamento, apenas 21,74% tem acesso à coleta de esgoto. Outro problema que atinge os potiguares é a taxa de mortalidade infantil. A cada mil crianças nascidas vivas, 19,70 não completam o primeiro ano de vida, o décimo pior valor do Brasil. Nos últimos anos, a violência também foi acentuada no estado. A taxa de homicídios subiu 190,2% entre 2001 e 2011, o terceiro maior aumento entre todos os estados brasileiros.
Além disso, o estado apresenta uma esperança de vida ao nascer abaixo da média nacional. Enquanto que, no Brasil, a estimativa é de 73,94 anos, o Rio Grande do Norte tem uma esperança de vida ao nascer de 72,52 anos – ainda assim, o segundo maior valor do Nordeste. Entre aspectos positivos e negativos, o estado registra o maior IDHM do Nordeste (0,684), justamente com o fator longevidade alavancando o índice do estado.
Referências bibliográficas:
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