Relevo de São Paulo

Por Renato Candido da Silva

Mestre em Ciências Humanas (PUC-RJ, 2016)
Graduado em Geografia (UFF, 2009)

Categorias: Geologia, São Paulo
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O relevo é o conjunto de saliências e reentrâncias que compõem a superfície terrestre. É um componente da litosfera relacionado com o conjunto rochoso subjacente e com os solos que o recobre. Sua escultura modelada numa grande variedade de formas resulta da atuação simultânea e desigual, tanto no espaço como no tempo, não só dos fatores climáticos, bem como da estrutura da litosfera. Desta maneira, o relevo encontra-se em permanente transformação (MARTINELLI, 2009).

Martinelli (2009) destaca que o relevo é o resultado da ação de duas forças, a endógena (interna) e a exógena (externa). As primeiras são responsáveis pelas formas, ou seja, pelas estruturas, enquanto que as segundas tomam parte na modelagem das formas. Se expressa na configuração plástica concreta e heterogênea das formas que compõem a superfície da Terra (ROSS, 1999).

O relevo do Estado de São Paulo é formado, a partir do leste, por um faixa de terras mais altas, seguida por uma área rebaixada e aplanada, tradicionalmente conhecida como Depressão Periférica Paulista, e por um conjunto de terras mais ou menos uniformes, aplanadas e altas, que cobrem quase todo o interior do Estado.

Com 85% de seu território entre 300 e 900 metros de altitude, a maior parte do território do Estado de São Paulo é formada por planícies litorâneas estreitas, limitadas pela Serra do Mar, além de planícies no resto do território. O ponto mais alto do estado é a Pedra da Mina, com 2.797 metros de altitude.

Podemos dividir o relevo do Estado de São Paulo nas seguintes formas geomorfológicas: planície costeira, planalto atlântico, depressão periférica, cuestas basálticas e planalto ocidental.

A planície costeira é encontrada no litoral, estendendo-se de norte a sul, abrangendo, além do litoral, os morros, as serras (Serra do Mar, Paranapiacaba e Itatins) e o Vale do Ribeira, no sul do estado. O planalto atlântico, estende-se desde o sul do Estado, próximo ao litoral, até partes do Vale do Paraíba, no leste do Estado e o nordeste paulista, abrangendo uma grande faixa de rochas cristalinas.

A depressão periférica paulista é formada, majoritariamente, por sedimentos da Bacia do Paraná, existentes desde os períodos paleozoico e mesozoico, estendendo-se desde o planalto atlântico às cuestas basálticas. Nessa forma de relevo, as altitudes se concentram em torno de 600 e 750 metros.

As cuestas basálticas, são encontradas desde o sudoeste até o extremo nordeste do Estado de São Paulo, nessa forma de relevo, existem sedimentos erosivos compostos por rochas vulcânicas. E, por fim, o Planalto Ocidental Paulista, que cobre quase metade do território do Estado de São Paulo, abrange o norte, oeste e o noroeste do Estado. Seu relevo é composto por ondulações, com colinas de topos aplainados, amplos e baixos (MARTINELLI, 2009).

Referências:

Martinelli, M. Relevo do Estado de São Paulo. Confins Online, 2009. Disponível em: http://journals.openedition.org/confins/6168. Acesso em 22 de dezembro de 2017.

OSS, J. L. S. Os fundamentos da geografia da natureza. In: ROSS, J. L. S. (org.). Geografia do Brasil, São Paulo, EDUSP, 1996.

ROSS, J. L. S. Relevo brasileiro: planaltos, planícies e depressões. In: CARLOS, A. F. A. (org.). Novos caminhos da geografia, São Paulo, Contexto, 1999.

ROSS, J. L. S. Ecogeografia do Brasil: subsídios para planejamento ambiental. São Paulo, Oficina de Textos, 2006.

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