Foi na Bahia, em 1500, que os portugueses pisaram nas terras brasileiras, especificamente onde hoje é Porto Seguro, município ao sul do estado. Em 1501, os portugueses se adentraram nas terras em uma nova expedição, para fazer o reconhecimento da região. Com o passar dos anos, mais portugueses chegando pela Baía de Todos-os-Santos. Assim, a Bahia começou a ser colonizada, povoada e conquistada para exportação do pau-brasil no primeiro século após a descoberta. E seguiram o ciclo da cana-de-açúcar, do ouro e diamante. A partir das Capitanias Hereditárias, a Bahia, foi dividida em cinco partes: Bahia de Todos os Santos, Porto Seguro, Ilhéus, Itaparica, e o Recôncavo. A região baiana habitada primeiramente pelos povos indígenas, depois negros africanos e pelos brancos, o que resultou na miscigenação de raças que caracteriza o estado. O porto de Salvador foi o principal ponto de entrada de povos escravos trazidos da África pelo Atlântico, o resultado é visto na população e na cultura afro-brasileira da cidade.
Em 1549 Thomé de Souza fundou a cidade de Salvador, trazendo cerca de 10 mil habitantes junto, a partir daí a cidade se torna uma das principais do Brasil e América, recebendo as várias ordens católicas do velho mundo, que fundaram suas primeiras igrejas aqui. A região foi invadida por holandeses em 1624, mas logo recuperada no ano seguinte. A região onde está a cidade costumava ser habitada pelos índios tupinambás. No século XVI, essas tribos foram alvos das missões, guerras e do escravismo. Com o passar do tempo, Salvador contou com uma Escola de Engenharia e uma universidade, a primeira do Brasil. Se tornou capital do Estado do Brasil e a maior e mais rica cidade, mas acabou perdendo esses títulos para o Rio de Janeiro, quando a capital foi transferida para lá, mais tarde o Recôncavo Baiano seria o palco da Guerra da Independência do Brasil. Assim Salvador, capital da Bahia, guarda um rico patrimônio histórico. Possui por volta de três mil edifícios construídos, em grande parte monumentos, edifícios religiosos, civis e militares, também é rica em templos do culto afrodescendente. Esses monumentos históricos datam do século XVII até o século XIX, formando um centro histórico na cidade e atraindo grande número de turistas. A UNESCO considera o Centro Histórico de Salvador como Patrimônio Mundial da Humanidade. O Elevador Lacerda é uma das construções principais da cidade, pois é o primeiro elevador urbano do mundo ainda operacional.
Salvador foi a primeira capital do país até o ano de 1763, durante essa época foi a região que mais exportava açúcar, foi palco da guerra de Canudos e a partir de 1916 teve início uma forte urbanização da cidade. Já no séc. XIX foi produtora de cacau e devido a esta produção se industrializou, com uma crise por conta de uma praga que atingiu as plantações de cacau. Hoje em dia possui uma população de mais de 2,6 milhões de habitantes, sendo considerada a cidade mais populosa da região Nordeste. A economia de Salvador é atualmente é baseada no turismo, que durante o Carnaval movimenta em torno de R$ 600 milhões. É a cidade mais desenvolvida economicamente na Bahia, com forte produção comercial e industrial, mas manteve suas raízes culturais.
Segundo o IBGE, mais de 2,9 milhões de pessoas habitam Salvador. Por conta da densidade populacional, a cidade apresenta muitas desigualdades e problemas ambientais. Por conta do salto demográfico significativo, que duplicou sua população entre os anos 1970 e 2000, ocorreu a edificação das periferias em áreas de riscos e destruição das matas, essas áreas possuem poucos hospitais, escolas, áreas de lazer e cultura, contribuindo para o aumento da violência.