Vegetação do Rio Grande do Sul

Mestre em Educação, Comunicação e Tecnologia (UDESC, 2016)
Graduada em Geografia (UDESC, 2014)

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O Rio Grande do Sul apresenta dois biomas, que são os conjuntos da fauna, macroclima, altitude, solo e fitofisionomia, dentre outros de determinado ambiente. Estes são o Pampa e a Mata Atlântica. A partir desses 2 biomas destacamos os principais tipos de vegetação:

  • Savana Estépica: Ocorre na região do Parque do Espinilho, no extremo sudoeste do RS em área de planície alagável, localizada entre os rios Quaraí e Uruguai. Caracterizada por clima sem período seco (ao contrário das demais ocorrências da Savana Estépica no Brasil) e sujeito a frentes frias dessecantes e pela predominância de campos da Campanha, espécies do tipo Prosopis nigra (algarrobo) e o capim-penasco por exemplo, são comuns nesta região.
  • Estepe: O IBGE considera Estepe os campos brasileiros distribuídos desde o contato com o Cerrado (próximo a Ponta Grossa/PR) até o extremo sul do país. As estepes são internacionalmente caracterizadas como vegetações predominantemente campestres na zona temperada com chuvas distribuídas ao longo do ano. A estepe gaúcha se subdivide em três grupos: Estepe arborizada, com predominância de árvores baixas e arbustos e gramíneas nativas ou exóticas. A Estepe parque/Campo Sujo que tem predominância de arbustos baixos como a aroeira-salsa e gramíneas. Por fim, a Estepe Gramíneo-Lenhosa/Campo Limpo é o tipo mais representativo dos campos gaúchos, com predominância de tipos gramíneos largamente utilizados pelo ser humano para pecuária.
Pampas. Foto: Toniflap / Shutterstock.com

Pampas. Foto: Toniflap / Shutterstock.com

  • Floresta Ombrófila Densa: Localiza-se na região nordeste do estado, indo desde a Planície Costeira até o Planalto Meridional. O regime de chuvas bem distribuídas é característico dessa região e espécies como a canela-preta, o angico e o palmito são típicos.
  • Floresta Estacional Decidual: Localiza-se entre a Floresta Ombrófila Mista, no vale do Rio Uruguai e a Estepe nos Campos Gaúchos. É característico neste ambiente a vegetação perder as folhas durante o período desfavorável (inverno). A canafístula e o timbó são espécies características dessa vegetação no estado.
  • Floresta Ombrófila Mista: É a região de predomínio das Araucárias (Araucaria angustifolia) na região do planalto meridional. O Parque de Aparados da Serra preserva diversos exemplares além de no caminho ser possível observar as mudanças internas da vegetação a partir da mudança de altitude.
  • Áreas de formações pioneiras: É a vegetação da região das planícies marinhas, é chamada de vegetação pioneira pois tratam-se dos primeiros tipos vegetais que se instalam nesses terrenos de deposições marinhas, lagunares ou fluviais.
  • Áreas de tensão ecológica: São as áreas de contato entre a Mata Atlântica e as áreas de formação pioneiras ou entre o Pampa e as áreas de formações pioneiras. Em geral são uma faixa com ocorrência mista dos dois tipos de vegetações.

O modo como ocorre a ocupação do solo, principalmente com a pecuária e a agricultura intensivas tem se mostrado um obstáculo para a preservação da vegetação no Rio Grande do Sul, da Mata Atlântica restam apenas 7,5% de áreas remanescentes, e o Pampa, apesar de recobrir 63% do território gaúcho, já perdeu mais de 54% de sua área original.

Mapa dos biomas do Rio Grande do Sul. Fonte: Atlas Socioeconômico do Rio Grande do Sul.

Referencial Bibliográfico:

VELOSO, Henrique Pimenta et al. Manual técnico da vegetação brasileira. Rio de janeiro: IBGE, 1992.

http://www.atlassocioeconomico.rs.gov.br/biomas

http://www.biodiversidade.rs.gov.br/portal/index.php?acao=secoes_portal&id=26&submenu=14

http://www.estadao.com.br/noticias/geral,ibge-traca-o-retrato-do-desmatamento-no-brasil,887875

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