O Fanerozóico (do grego phaneros = visível, e zoikos = vida) é o éon que abrange a existência de toda a vida que já ocorreu e ocorre na Terra, ou seja, os últimos 542 milhões de anos da Escala do Tempo Geológico. Este Éon é marcado pela explosão da vida nos mares, seguindo ao domínio total dos continentes. As rochas fanerozóicas abrigam 15% de todo o registro geológico, e são caracterizadas pela abundância de registro fóssil, contendo desde impressões de organismos mais simples, como os da Fauna de Ediacara, até conchas e fósseis de invertebrados, fósseis de vertebrados e elementos da flora fóssil.
O Éon Fanerozóico se divide em três grandes Eras: a Era Paleozóica (=vida antiga), de 542 a 251 milhões de anos atrás; a Era Mesozóica (=vida intermediária), de 251 a 65 milhões de anos atrás; e a Era Cenozóica (=vida recente), de 65 milhões de anos atrás até o presente. A transição entre estas três grandes eras são marcadas por catástrofes geológicas que tiveram como consequência as principais extinções em massa que ocorreram no globo, exterminando principalmente os grupos dominantes dessas eras geológicas. Estas grandes Eras são subdivididas em Períodos, determinados de acordo com o nome da localidade onde as formações estão bem expostas (chamadas de seção tipo) ou por outras características distintas. Os períodos são subdivididos em Épocas, sendo mais conhecidas as épocas que fazem parte dos Períodos mais recentes, como as épocas Pleistoceno e Holoceno, do atual Período Quaternário.
A Era Paleozóica (=vida antiga), de 542 a 251 milhões de anos atrás, se subdivide nos períodos Cambriano, Ordoviciano, Siluriano, Devoniano, Carbonífero e Permiano. Esta Era inicia com o período marcado pela explosão da vida nos mares durante o período Cambriano (fig.1), e encerra com a maior das extinções que ocorreram na Terra, resultante de um período de aquecimento global durante o Permiano, o que resultou na extinção de 95% da vida na Terra, destas, 96% de espécies marinhas e 70% de espécies continentais, exterminando com o grupo das trilobitas, entre outros grandes grupos. Essa extinção é conhecida como a “extinção do Permo-Triássico”, que marca a passagem da Era Paleozóica para a Mesozóica.
A Era Mesozóica (=vida intermediária), de 251 a 65 milhões de anos atrás, se subdivide nos períodos Triássico, Jurássico e Cretáceo. Esta Era é marcada pela separação do Pangea, e especialmente, pelo aparecimento, domínio e extinção dos dinossauros, das gimnospermas, dos mamíferos e insetos (fig.2). O final da Era Mesozóica e transição para a Era Cenozóica são marcados pela 2ª maior extinção da história da Terra e a mais conhecida, a extinção do K-T (Cretáceo-Terciário – o antigo período da Era Cenozóica), com a extinção dos dinossauros, entre outros grandes grupos continentais e marinhos. A causa mais aceita para essa extinção, é que a queda de um asteroide tenha desencadeado uma reação em cadeia a partir da sua colisão, como o efeito estufa, ativação de vulcões, e consequente acidificação das águas da chuva e dos oceanos.
A Era Cenozóica (=vida recente), de 65 milhões de anos atrás até o presente, se subdivide nos períodos Paleogeno, Neogeno (antigo período Terciário) e Quaternário. Esta Era é marcada pelo domínio e diversificação dos mamíferos, e principalmente, pelo aparecimento do homem (fig.3). Os continentes já apresentavam a configuração de hoje, assim como a biodiversidade chegou à complexidade atual.