A obsidiana é um produto da lava vulcânica. Quando esta substância esfria velozmente, ao invés de produzir um rochedo – conforme a configuração desta pedra em estado de fusão, ela constituirá basalto, andesito, riolito, ou outro tipo de rocha -, resultará em um vidro estruturado naturalmente, ou seja, na obsidiana, que se distingue dos espécimes de cristal por ser essencialmente composto por átomos dispostos em boa ordem.
Este espécime pode ser revelado por suas características únicas: o fulgor típico dos vidros, uma fissura semelhante ao interior de uma concha, bem acentuada, e coloração escura, que pode tender para o esverdeado, o cinzento, o marrom, o amarelo ou para o tom avermelhado. Estas cores vão sempre se diversificar, conforme as máculas que nela podem ser encontradas.
O tom que vai do verde escuro ao negro é justificado pela presença de ferro e de magnésio. Se a obsidiana apresenta minúsculos cristais brancos e junções de cristobalite na forma de raios – uma das variedades formais assumidas pelo quartzo -, o vidro adota um modelo manchado ou na forma de ‘floco de neve’.
A obsidiana pode igualmente ser constituída por glóbulos de ar, os quais resultam do movimento anterior da lava que a produziu; estas bolhas estarão, então, dispostas nos estratos gerados exatamente quando a pedra liquefeita manava, um momento antes de ser esfriada. Elas têm o potencial de criar resultados intrigantes neste vidro, como, por exemplo, um arco-íris.
Os fragmentos pequenos de obsidiana que foram originariamente desgastados e formatados no feitio circular pela ação do vento e da água são denominados, nesta condição, ‘lágrimas de apache’. Com todas estas múltiplas formas, a obsidiana é predominantemente utilizada para fins decorativos. Além de suas configurações naturais, ela também pode assumir outros formatos, conforme a maneira como é aparada. Até suas cores variam segundo o tipo de corte.
Por seu fulgor e sua transparência, é utilizada como pedra preciosa há pelo menos 5 mil anos. A mais adotada é a que procede do México, particularmente de Querétaro e Hidalgo. Mas também há vidros que provêm da Itália, dos Estados Unidos, Hungria, Nova Zelândia e Rússia. No sul do Brasil é fácil se deparar com obsidiana preta, principalmente no Rio Grande do Sul.
Fontes:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Obsidiana
http://elianeferro.blogspot.com/2008/11/tecnologia-maia.html
https://web.archive.org/web/20091208105347/http://www.portaldasjoias.com.br:80/Marco_05/Gemologia/gemologia.htm