O período Ordoviciano (488-443 milhões de anos) sucede o período Cambriano. Possui seu limite inferior marcado pelo aparecimento de graptozoários plantônicos. Durante o Ordoviciano, ocorre uma expansão e diversificação dos animais conchíferos (braquiópodes e gastrópodes), o surgimento dos moluscos nautilóides, como predadores, e de peixes primitivos. Houve também, o surgimento e o desenvolvimento de grupos que sobreviveram e foram evoluindo até o presente, além da flora primitiva, que inicia a transição para o ambiente terrestre. As trilobitas, que dominaram os mares durante o Cambriano, também evoluíram, e passaram a dividir os mares com toda essa biodiversidade de invertebrados e vertebrados marinhos.
Do Cambriano para o Ordoviciano, os fragmentos de continentes trocaram sutilmente de posição, em virtude do movimento das placas tectônicas. O Gondwana permaneceu sendo o maior continente, e foi deslocando-se mais para o sul do hemisfério sul. Havia um grande oceano, o Pantalassa, que ocupava quase todo hemisfério norte. As rochas do período Ordoviciano caracterizam-se de argilitos escuros, orgânicos, contendo restos de graptolitos, podendo apresentar sulfeto de ferro.
O clima durante o Ordoviciano apresentava temperaturas amenas e muita umidade. Ao final do período, quando o Gondwana se estabeleceu ao sul, formaram-se as geleiras, causando grandes extinções, e exterminando com cerca de 60% de todos os gêneros, sendo que 25% dos invertebrados marinhos foram extintos.
Referências
1. TEIXEIRA, W.; FAIRCHILD, T.; TOLEDO, M.C.M. & TAIOLI, F. (2007). Decifrando a Terra. 2ª edição, São Paulo, SP; Companhia Editora Nacional, 623p.
2. PRESS, F.; SIEVER, R.; GROTZINGER, J. e JORDAN, T.H. (2013). Para entender a Terra. Tradução R. Menegat (coord.), 6ª edição, Porto Alegre, RS; Bookman, 656p.