Rochas sedimentares são aquelas rochas formadas pela deposição e compactação de diversos tipos de sedimentos ao longo de milhões de anos.
A maior parte da superfície da Terra é composta por sedimentos, que são partículas soltas de origem diferentes, como diferentes tipos de rochas dos continentes e oceanos, restos de organismos que secretaram conchas minerais, e cristais inorgânicos que precipitaram de elementos químicos dissolvidos nos oceanos e lagos.
Os principais agentes atuantes na área de origem dos sedimentos são o intemperismo e erosão. O intemperismo físico desagrega as rochas. O intemperismo químico transforma minerais e rochas em sólidos alterados, soluções e precipitados. Já a erosão remobiliza as partículas produzidas pelo intemperismo para outras áreas de deposição.
Após a deposição dos sedimentos, os produtos finais são agrupados como sedimentos clásticos, ou carbonáticos (químicos e bioquímicos). As partículas clásticas são fragmentos de rochas fisicamente transportados e produzidos pelo intemperismo de rochas preexistentes. Os sedimentos clásticos são acumulações e empilhamentos de camadas formadas por partículas clásticas, que variam de tamanho, desde matacão até seixo, areia, silte e argila. Os sedimentos clásticos também são chamados de siliciclásticos, pois são produzidos pelo intemperismo de rochas compostas predominantemente por silicatos. Os sedimentos carbonáticos (químicos e bioquímicos) são os íons ou moléculas em solução nas águas dos solos, rios, lagos e oceanos que são produtos dissolvidos pelo intemperismo. Os sedimentos bioquímicos constituem-se de minerais não-dissolvidos de restos de organismos, e minerais precipitados pelos processos biológicos. Em ambientes marinhos, consistem de conchas inteiras ou quebradas, depositadas como sedimentos bioclásticos.
As rochas sedimentares são formadas através da deposição e acumulação desses sedimentos, e sua subsequente consolidação (diagênese). A diagênese é o conjunto de transformações e processos químicos, físicos e biológicos que o depósito sedimentar sofre após sua deposição, e podem conduzir o depósito sedimentar inconsolidado à rocha. Litificação é o processo de tornar-se rocha. Os processos de litificação mais conhecidos são a compactação, dissolução, cimentação, e recristalização diagenética.
As rochas sedimentares clásticas são classificadas principalmente pelo tamanho do grão (granulometria), como grossa (cascalho e conglomerado), média (areia e arenito), fina (silte e siltito; lama, lamito ou folhelho; argila e argilito). Esse tipo de classificação já revela uma informação interpretativa importante sobre a rocha: a intensidade da corrente quando o depósito sedimentar se formou.
Já as rochas sedimentares carbonáticas revelam as condições químicas do oceano, o ambiente onde esse tipo de sedimentação predomina. Os ambientes de sedimentação carbonáticos ocorrem em regiões marinhas onde as plataformas carbonáticas são construídas em mares quentes e rasos por organismos construtores de recifes, como corais e minúsculos foraminíferos que precipitam carbonato de cálcio, como calcita e aragonita. Se o nível do mar sobe, o recife continua a crescer em direção à luz, acompanhando o nível do mar. Depósitos carbonáticos são encontrados em margens continentais passivas e em regiões de arcos de ilhas vulcânicas nas regiões quentes dos oceanos. A rocha sedimentar carbonática bioquímica mais comum é o calcário, composto principalmente de carbonato de cálcio (CaCO3), na forma do mineral calcita, e é formado a partir de areias e lamas carbonáticas.
As rochas sedimentares possuem grande importância econômica, dentre as quais destacam-se as jazidas de carvão, petróleo e gás, que são originadas de partículas orgânicas depositadas junto a outros sedimentos nas bacias sedimentares. Além disso, são as rochas sedimentares que abrigam os fósseis, que são os restos de animais e plantas que viveram no passado, e se preservaram nesse tipo de rocha, possibilitando a compreensão e interpretação da evolução da vida ao longo dos diferentes períodos de idade da Terra.