Os lençóis maranhenses, um dos principais pontos turísticos do estado do Maranhão, no Brasil, faz parte do Parque Nacional dos Lençóis que tem uma área de 156,5 mil hectares. A paisagem é composta principalmente por dunas de areia branca, que lembram lençóis jogados na cama, formadas pela força dos ventos que constantemente mudam de posição alterando a aparência da região. A época da chuva vai de janeiro até maio, e a época seca começa em junho e vai até dezembro. A temperatura média da região é de 28° C.
Por causa da falta de chuva, as lagoas podem ser encontradas secas nos meses que vão de outubro até fevereiro. Durante o período mais seco, o parque se transforma em um verdadeiro deserto e com as chuvas que ocorrem no final no primeiro semestre do ano, forma-se uma incrível sequência de dunas e lagoas. O final do primeiro semestre do ano, além da formação das lagoas, características da região, devido ao acúmulo da água da chuva, também marca o início da alta temporada no Maranhão, época em que o turismo é mais rentável.
O parque está situado no bioma Cerrado, mas sofre influência dos biomas Amazônia e Mata Atlântica, contendo espécies de animais que transitam entre estes três biomas do Brasil. O Parque abriga ecossistemas diversos e frágeis, como restingas, manguezais e um campo de dunas que ocupa dois terços da unidade de conservação.
A flora dos lençóis maranhenses tem espécies de ampla utilidade, desde aquelas com propriedades medicinais, passando por plantas têxteis, taníferas, ceríferas e produtoras de óleo, além de madeiras úteis. Entre as espécies mais comuns encontram-se: o capim-da-areia (Panicum racemosum), o capotiraguá (Iresine portulacoides) que se desenvolvem nas áreas banhadas pela água do mar, o alecrim-da-praia (Hybanthus ipecacunha), pimenteira (Cardia curassanica), capim paratuá (Spartina alternifolia), campainha braca (Ipomea acetosaefolia), acariçoba (Hidrocotyle umbellata), carrapicho-da-praia ou espinho-de-roseta (Acicarpha spathuslata), cardo-da-prais (Cereus pernambucencis), comandaiba (Sophora tomentosa), grama-da-praia (Sporobolus virginicus), feijão-da-praia (Canavalia obtusifolia).
A grande maioria das espécies, tanto de aves quanto de mamíferos que habitam a região dos lençóis apresenta ampla distribuição geográfica, são relativamente comuns e têm baixa especificidade de habitat, tendo, portanto, um baixo grau de vulnerabilidade à extinção. Algumas espécies são consideradas ameaçadas de extinção pelos órgãos ambientais brasileiros como é o caso da ave guará (Eudocinus ruber), da lontra (Lontra longicaudis), do gato-do-mato/pintadinho (Leopardus tigrinus) e do peixe-boi-marinho (Trichechus manatus). Na área dos manguezais encontram-se animais como o jacaré-de-óculos, o veado-mateiro e a paca.
Grande parte dos solos da região litorânea dos lençóis é considerada sem aptidão agrícola. Por outro lado, algumas atividades extrativistas são exercidas dentro da área do Parque como a exploração de palmeiras de buriti, babaçu, tucum e carnaúba, das quais se extraem, principalmente, palha, cera, amêndoa e coco. Há ainda extrativismo de castanha de caju e de madeira para a produção de carvão e lenha.
Referências Bibliográficas:
ARAYA, Maurício. 2015. Lençóis Maranhenses, MA: quando ir, como chegar, o que visitar. http://g1.globo.com/ma/maranhao/noticia/2015/07/lencois-maranhenses-ma-quando-ir-como-chegar-o-que-visitar.html
PARQUE LENÇOIS. Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses. https://parquelencois.com.br/
POMPÊO, Marcelo L. M. & MOSCHINI-CARLOS, Viviane. http://ecologia.ib.usp.br/portal/index.php?option=com_content&view=article&id=71&Itemid=410
WIKIPARQUES. Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses. < http://www.wikiparques.org/wiki/Parque_Nacional_dos_Len%C3%A7%C3%B3is_Maranhenses>