As fibras elásticas são compostas por proteína elastina, miofibrilas e fibrilina. Caracterizam-se por serem separadas umas das outras, não constituindo feixes, como é o caso das fibras colágenas.
Estas fibras podem ser delgadas e longas, com capacidade de estiramento até uma vez e meia o seu comprimento total. Estas fibras são encontradas em locais que requerem flexibilidade, como é o caso do mesentério e nas adjacências dos vasos sanguíneos. Também são observadas nos tecidos conjuntivos densos que apresentam grande quantidade de colágeno que necessitam de certo grau de distensibilidade. As fibras elásticas também podem compor ligamentos e cartilagens.
As fibras elásticas são classificadas em três tipos de acordo com o nível da elastogênese (formação de fibras elásticas), são elas:
- Fibras oxitalânicas: são as precursoras do processo de elastogênese e são compostas por microfibrilas que são secretadas por fibroblastos encontrados no meio extracelular e que se dispõem paralelamente entre si.
- Fibras elaunínicas: são fibras mais espessas quando comparadas à fibra acima, já que resultam da junção de elastina às microfibrilas.
- Fibras elásticas maduras: decorre do acumulo de elastina, originando fibras mais espessas.
A quantidade dos três tipos de fibras varia nos tecidos conforme sua função e, possivelmente, também varia durante o processo de envelhecimento.
Na histologia, quando os tecidos que contêm colágeno são corados com hematoxilina e eosina (HE), as fibras elásticas quase não se distinguem do colágeno tipo I. Reagem com maior intensidade à eosina do que a fibra colágena, porém a diferenciação é sempre difícil. Deste modo, para a evidenciação das fibras elásticas são necessários métodos seletivos (outros tipos de corantes).
A elastina apresenta uma região central amorfa, denominada elastina, que, por sua vez, é revestida por microfibrilas, que são compostas pela glicoproteína fibrilina.
A relação entre a elastina e a microfibrila ainda não foi completamente esclarecida. Sabe-se que as microfibrilas conferem suporte estrutural, como uma armadura de glicoproteína, para nela ser depositada a massa amorfa de elastina, além de, simultaneamente, orientar o direcionamento da fibra.
Quando observadas macroscopicamente, as fibras elásticas, quando novas e encontradas em abundância, habitualmente apresentam-se amareladas.
Fontes:
Tratado de Histologia Veterinária – Samuelson, Don A., 2007.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Fibra_elástica