Meristema secundário

Por Thais Nogueira
Categorias: Histologia
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Meristemas secundários, popularmente conhecidos como sistema secundário, são encontrados em dicotiledôneas e gimnospermas. Meristemas secundários surgem a partir de células diferenciadas, normalmente parenquimáticas. Este meristema adquire a capacidade de realizar a mitose, que em botânica tem a terminologia de desdiferenciação.  As células deste mostram-se com características opostas do meristema primário, com seu núcleo periférico, parede celular espessa, diferença no tamanho das células e vacúolo central. Os meristemas secundários crescem a partir pelo aumento dos tecidos vasculares presentes nos meristemas primários.

Existem dois tipos de meristema secundário: câmbio vascular e felogênio (câmbio cortical).

O câmbio vascular tem origem no centro da raiz ou do caule, na parte interna do xilema secundário e externa do floema. O nome xilema secundário dá-se devido ao seu crescimento que se inicia no câmbio vascular e não no meristema primário. Lembrando que o câmbio vascular não produz tecidos laterais, apenas tecidos lenhosos de caules e raízes.

Existe uma camada de células cilíndricas que passa por toda a raiz, e é responsável pelo aumento em diâmetro do caule e da raiz, podendo também ser responsável pela formação de novos vasos condutores.  O câmbio vascular fica localizado, em plantas mais jovens, próximo ao ápice, enquanto que em plantas mais velha se localiza mais perto do solo.

O felogênio se localiza na periferia da raiz ou do caule na parte externa da feloderme e na interna do súber, e é derivada do câmbio da casca (cortical). Diferenciam-se como células suberificadas que formam uma camada protetora denominada periderme.

A função do meristema secundário é produzir a periderme que é responsável por substituir a epiderme, produzindo um tecido protetor da planta. O súber, podendo ser chamado também de cortiça, é composto por células que variam de forma, podendo ser paliçadas, arredondadas, quadradas, etc. Não apresentam espaço intercelular, geralmente mortas na maturidade, e sua parede contem suberina. A suberina é uma cera que é sintetizada pelas células do súber com crescimento secundário, sendo altamente hidrofóbica.

A feloderme é composta por células parenquimáticas ativas, normalmente constituída por apenas uma camada de células, mas podendo ocorrer em alguns casos três ou quatro camadas. São diferenciadas do parênquima devido seu alinhamento com o felogênio. Estas células podem desempenhar diversas funções como: produção de fenólicos, fotossíntese e as vezes formando estruturas secretoras.

O câmbio vascular e o felogênio são conhecidos também como meristemas laterais, devido a posição em que se localizam.

Fonte:
Taiz, L., and E. Zeiger. "Fisiologia vegetal 3. ed." Porto Alegre: Artmed(2004).
http://www.slideshare.net/EduardoDuarte5/cmbio-vascular

http://www.gepe.ufpr.br/pdfs/aulas/2%20MODELOS%20DE%20CRESC%20E%20DESENV.pdf

Ilustração: http://www.nana-bio.com/e-learning/Meristem.htm

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