Arte colonial brasileira

Por Liane Carvalho Oleques

Mestre em Artes Visuais (UDESC, 2010)
Graduada em Licenciatura em Desenho e Plástica (UFSM, 2008)

Categorias: Artes, Brasil Colônia
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Enquanto o Renascimento estava em alta na Europa com a arte voltada para os ideais clássicos, o Brasil estava sendo colonizado pelos portugueses e nesse contexto chamado de Período Colonial o foco artístico era bem diferente. Na história da arte este período que se estende, aproximadamente, do ano 1500 a 1822 ficou conhecido como Arte Colonial Brasileira.

A Arte Colonial Brasileira se expressou especialmente pela escultura, desenho, pintura e arquitetura que eram utilizados, sobretudo na construção e ornamentação de igrejas, conventos e mosteiros. Por meios de desenhos e pinturas desse período é possível conhecer o cotidiano do país que estava sendo transformado. A igreja católica que foi uma grande financiadora da arte na Europa, também, investiu no Brasil trazendo para cá os Jesuítas responsáveis pela construção de grandiosas igrejas, repletas de ouros e esculturas de santos católicos.

Na arquitetura é possível destacar as primeiras construções logo após a chegada dos portugueses no Brasil. Eram casas bastante simples feitas de madeira ou taipa e coberta por palha. Com o passar do tempo começam a aparecer as capelas que compunham o centro das pequenas vilas formadas pelos portugueses. O início da arquitetura religiosa no Brasil se desenvolveu de forma sóbria e seguiu o estilo maneirista caracterizado pelas fachadas geométricas, janelas simples e com decoração quase inexistente. O estilo Barroco pode ser identificado no Brasil a partir do século XVII, estendendo-se para os séculos posteriores, especialmente na arquitetura religiosa. Apesar desse estilo começar a ser difundido no Brasil ainda com traços do Barroco europeu, aos poucos foi ganhando características singulares em cada região do país. O interior dessas igrejas se destaca sobretudo pelo requinte, com decoração baseada em anjos, pássaros, cachos de uvas e flores tropicais, além de esculturas em pedra sabão ou madeira. A construção de naves poligonais e plantas em elipses entrelaçadas também, são de origem desse período. Destacam-se nesse período os artistas portugueses Manuel de Brito e Francisco Xavier de Brito.

A escultura desse período, também está intimamente ligada a arte religiosa e serviu para facilitar o doutrinamento católico além da decoração de igrejas.

Na escultura se evidencia, especialmente a dramaticidade e teatralidade das expressões, o movimento e exuberância das formas. Aleijadinho e Mestre Ataíde na Região de Minas Gerais são os nomes que mais se destacam nesse cenário. A escultura do período colonial se sobressai pelo estilo próprio que eliminou qualquer proximidade com a escultura Barroca europeia. As obras eram feitas em pedra-sabão e madeiras e eram pintadas com cores fortes e comumente douradas, além de serem ornamentadas com coroas de ouro e prata, olhos de vidro, dentes de marfim, vestimentas de tecidos e cabelos reais.

A pintura também é de cunho religioso. Suas principais características cromáticas eram o vermelho, o azul, o dourado e o branco e eram realizadas geralmente com tinta óleo ou tempera sobre madeira ou tela. A perspectiva, também, era bastante usada na pintura do teto das igrejas.

Referências:

Arte Colonial. In: História das artes. Disponível em: <https://www.historiadasartes.com/nobrasil/arte-no-seculo-16/arte-colonial/ >. Acessado em: 15 de abril de 2018.

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