Antes da colonização do Brasil, a região onde atualmente está situado o estado do Pará, era povoada pelos índios Amanaiés, Anambés, Assurinis-do-tocantins, Assurinis-do-xingu, Caiabis, Parakanã, Suruís; Zoés (Tronco Lingüístico: Tupi-Guarani); Aparai, Arara, Katxuyana, Uaianas (Tronco Lingüístico: Karíb); Paracatejê-gavião (Tronco Lingüístico:Timbira Oriental); Curuaias, Mundurucus (Tronco Lingüístico: Munduruku); Caiapós-xicrins (Tronco Lingüístico: Kayapó); Xipaias (Tronco Lingüístico: Juruna); entre outras populações que foram dizimadas.
Os primeiros europeus que povoaram à região eram holandeses e ingleses, que tinham como objetivo a exploração de especiarias. Com a finalidade de consolidar a região como território português, em 1616 foi fundado o Forte do Presépio, primeira construção significativa, na então chamada Santa Maria de Belém do Grão-Pará, a atual capital do estado, Belém.
Além de defender o território, expandindo a ocupação pelo vale amazônico, outro objetivo do impulso militar dos portugueses na região era de cunho econômico, sobretudo com a exploração da biodiversidade local. No entanto, tal ocupação foi tensa, considerando o massacre e/ou escravização da população indígena e a resistência dos grupos de holandeses e ingleses que já haviam se estabelecido na região. Inicialmente, o modo de produção da região, a atividade extrativista, a diferenciava do restante da América Portuguesa, na qual a monocultura predominava.
Por volta do século XVIII, o território que hoje pertence ao estado do Pará fazia parte de duas capitanias: a do Grão-Pará e a do Maranhão. Nesse período, já existiam na região lavouras de café, cacau, cana-de-açucar, arroz e tabaco, assim como existiam vária fazendas de gado. Um salto no desenvolvimento da região ocorreu com a política do Marques de Pombal, que demonstrava interesse quase que pessoal pelo território. Além de nomear parentes (irmão, sobrinho, entre outros) para cargos na região, investiu na colonização da região, trazendo milhares de famílias, muitas nobres, da África e do arquipélago dos Açoures. Levou para a região diversos profissionais, como cientistas, arquitetos, engenheiros, etc. Belém tornou-se um centro urbano já no início do século XIX.
A região envolveu-se em dois conflitos. Em 1821, os paraenses apoiaram a Revolução Constitucionalista do Porto, que logo foi sufocada. Iniciado em Belém, a Cabanagem foi uma revolução popular que se expandiu por toda a região amazônica, entre 1835 e 1840. Na época, foi instaurado na região um governo do povo, pois a revolução foi liderada pelas camadas populares. O governo do povo foi destituído em 1838, mas os conflitos continuaram até 1840.
A estagnação iniciada com a saída do Marquês de Pombal do poder só terminou próximo do fim do século XIX, com o inicio do ciclo da borracha. A prosperidade dessa época desenvolveu fortemente o comércio e a indústria da região. Belém passou a ser considerada o centro do comercio mundial de borracha.
A queda da economia seringueira levou novamente a região à estagnação, a qual só foi superada na década de 1960 – com o desenvolvimento agrícola na região sul do estado – e de 1970 – com a ampliação do extrativismo mineral (ouro na Serra Pelada e ferro da Serra dos Carajás).
Referências
A HISTÓRIA DO PARÁ. Disponível em: https://web.archive.org/web/20131204173913/http://www.topgyn.com.br/conso01/para/conso01a08.php Acesso em 28 jan. 2011.
PARÁ. Governo do Estado do Pará. Disponível em: https://web.archive.org/web/20180705220805/http://www.pa.gov.br:80/O_Para/opara.asp Acesso em 28 jan. 2011.
Texto originalmente publicado em https://www.infoescola.com/historia-do-brasil/historia-do-para/