Após o rei do Alto Egito unificar os reinos do Baixo Egito e do Alto Egito, formou-se a primeira dinastia do grandioso império que aparecia para o mundo. As duas dinastias iniciais marcaram a época Tinita do Egito, só a partir da terceira dinastia é que se identifica o início do período conhecido como Antigo Império.
No período pré-dinástico do Egito, as comunidades eram divididas nos reinos do Baixo Egito e do Alto Egito. O monarca deste último reino, chamado Narmer, promoveria por volta do ano 3.100 a.C. a unificação dos dois reinos, dando início ao Império Egípcio.
No período dinástico, a economia, o crescimento territorial e o caráter militar tomaram forma. A primeira fase desse período corresponde às duas primeiras dinastias do Império Egípcio, somente com a terceira dinastia é dada a caracterização de Antigo Império, uma vez que várias mudanças foram sentidas na realidade do Egito.
O Antigo Império tinha como limites o Mar Mediterrâneo ao norte, o deserto da Líbia a oeste, o deserto da Arábia a leste e a primeira catarata do rio Nilo ao sul. Sua história é marcada por faraós que conquistaram grandes poderes religiosos, militares e administrativos. Também coincide com a época das grandes pirâmides, sendo que o rei Djezer foi o primeiro a ordenar a construção de uma através de seu arquiteto Imhotep, em Sakara.
A sociedade do Antigo Império era formada por funcionários que auxiliavam o faraó e encarregados da agricultura, das construções e dos tributos estavam os trabalhadores que representavam uma enorme parcela da sociedade egípcia. O Antigo Império teve duas capitais, primeiro a cidade de Tinis e depois Mênfis.
A terceira, a quarta, a quinta e a sexta dinastia constituíram o período do Antigo Império no Egito. Durante a terceira dinastia a capital do Império era a cidade de Mênfis, o local se tornou o principal centro econômico e cultural. Na quarta dinastia ocorreu o domínio do Egito sobre a região da Baixa Núbia quando o primeiro rei, Seneferu, liderou campanhas militares contra Núbios, Líbios e Beduínos. A quinta dinastia fez com que os reis passassem a se considerar filhos do deus Rá, em decorrência da afirmação do clero de Heliópolis. Foi nessa dinastia que se deu a construção das principais pirâmides do Egito, o faraó Snefer construiu três pirâmides para abrigar a múmia do rei, dando prosseguimento na família, seu filho Keops, o neto Quefrem e o bisneto Mikerinos construíram as grandiosas pirâmides de Gizé. Tudo faz crer que a família da quinta dinastia do Antigo Império tenha sido a mais poderosa de toda a história do Egito.
Ao contrário do que se imaginou durante muito tempo, não eram os escravos os responsáveis pela construção de tais pirâmides, elas ficavam a cargo dos trabalhadores desocupados do reino. Segundo a crença da época, o faraó era o intermediário entre o deus Rá e os homens na terra, por isso empregar seus esforços na construção de pirâmides para o soberano fazia parte da devoção divina e garantia uma boa posição dos homens perante a visão dos deuses.
A última dinastia do Antigo Império foi a sexta, formada por sete soberanos. Revoltas lideradas pelos administradores das províncias começaram a surgir na fase final dessa dinastia, especialmente durante o reinado de Pepi II que viveu 94 anos. O intuito das revoltas era enfraquecer o poder do faraó, que realmente se verificou com a diminuição do poder real. O Egito viveu períodos de turbulência e guerra civil nessa fase, o faraó teve os poderes reduzidos e os nomarcas, como eram chamados os administradores das províncias (nomos), ficaram poderosos e independentes do poder central. O fim definitivo do Antigo Império ocorreu quando o Egito já era dominado pelo Império Romano, fato que ocorreu com a derrota da rainha Cleópatra VII na Batalha de Ácio.
Fontes:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Antigo_Egito
http://www.historiadomundo.com.br/egipcia/civilizacao-egipcio.htm